Ano A - Novembro 2023 - Evangelho, Santo e Salmo do Dia
Origens
A Solenidade de Todos os Santos de Deus é chamada por alguns de “Páscoa de outono”, é celebrada pela Igreja, que, mais uma vez, não olha para si mesma, mas olha para o céu e lhe aspira. De fato, a santidade é um caminho para o qual todos somos chamados a trilhar sob o exemplo desses nossos “irmãos mais velhos”, que nos são propostos como modelos, porque aceitaram ser encontrados por Jesus, rumo ao qual se encaminharam com confiança, com seus desejos, fraquezas e sofrimentos. “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).
Raízes Antigas
A solenidade tem raízes antigas: no século IV começou a celebração dos mártires, comuns para as diferentes Igrejas. Os primeiros sinais desta celebração foram encontrados em Antioquia, no domingo após o dia de Pentecostes, sobre a qual já falava São João Crisóstomo.
Difusão da Festa
Entre os séculos VIII e IX, esta festa começou a difundir-se também na Europa, e, em Roma, de modo particular, no século IX. Ali, o Papa Gregório III (731-741) quis que esta festa fosse comemorada no dia 1º de novembro. A data foi escolhida porque coincidia com a consagração de uma Capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias “dos santos Apóstolos, dos Santos mártires e confessores e de todos os Justos, que chegaram à perfeição e descansam em paz no mundo inteiro”. Na época de Carlos Magno, esta festa já era muito conhecida como ocasião para a Igreja, que vagueia e sofre na Terra, mas que olha para o céu, onde estão seus irmãos mais gloriosos.
É a festa da esperança, que nos recorda o objetivo da nossa vida
Memória Litúrgica
A memória litúrgica dedica um dia especial a todos aqueles que se uniram com Cristo em sua glória. Eles não nos são indicados apenas como arquétipos, mas invocados também como protetores das nossas ações. Todos os Santos são os filhos de Deus que atingiram a meta da salvação. Eles vivem, na eternidade, aquela condição de bem-aventurança expressa por Jesus no discurso da Montanha, narrado no Evangelho de Mateus (5,1-12).
Companheiros na Imitação de Cristo
Os Santos são aqueles que nos acompanham no nosso percurso de imitação de Jesus. Eles nos levam a ser pedra angular na construção do Reino de Deus. Neste dia, a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).
Um Interesse Humano
Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.
Convite para olhar para o Alto
A Igreja nos convida a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. É um convite a olharmos para o Alto, pois, neste mundo escurecido pelo pecado, eles brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, como São João havia dito: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).
Somos chamados a imitar o exemplo de Santidade
Sinal do Espírito Santo
Todos esses combatentes de Deus merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho atuando na Igreja e na sociedade.
Modelos para os fiéis
Portanto, a vida desses modelos acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças. Esses constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perder o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef. 2,19).
Oração:
“Jesus, que o mundo salvastes, dos que remistes cuidais, E vós, Mãe santa de Deus, por nós a Deus suplicai. Os coros todos dos Anjos, patriarcal legião, profetas de tantos méritos, pedi por nós o perdão. Ó precursor do Messias, ó Ostiário dos céus, com os Apóstolos todos, quebrai os laços dos réus. Santa Assembleia dos Mártires; vós, Confessores, Pastores, Virgens prudentes e castas, rogai por nós pecadores. Que os monges peçam por nós e todos que o céu habitam: a vida eterna consigam os que na terra militam. Honra e louvor tributemos ao Pai e ao Filho também, com seu Amor um só Deus, por todo o sempre. Amém.”
Minha oração
“Na solenidade de todos os santos, recordamos que é possível ser santo, recordamos que é possível contar com suas orações e intercessão, por isso pedimos as graças de que precisamos no tempo presente e a conversão dos pecadores da nossa família e amigos. Amém.”
Todos os Santos de Deus, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 1º de novembro
- Em Terracina, litoral do Lácio, na atual Itália, São Cesário, mártir. († data inc.)
- Em Dijon, na Gália Lionense, França, São Benigno, presbítero e mártir. († data inc.)
- Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Austremónio, bispo. († s. III)
- Em Paris, na Gália Lionense, França, São Marcelo, bispo. († s. IV f.)
- No território de Bourges, na Aquitânia, França, São Rómulo, presbítero e abade. († s. V)
- Em Tívoli, no Lácio, na atual Itália, São Severino, monge. († c. s. VI)
- Em Milão, na Lombardia, na Itália, São Magno, bispo. († s. VI)
- Em Bayeux, na Gália Lionense, hoje na França, São Vigor, bispo, que foi discípulo de São Vedasto. († a. 538)
- Em Angers, na Nêustria, na França, São Licínio, bispo. († c. 606)
- Em Larchant, cidade do Gatinais da Aquitânia,na França, São Maturino, presbítero. († c. s. VII)
- No território de Thérouanne, em Flandres, França, Santo Audemaro,bispo dos Morinos. († c. 670)
- Em Sansepolcro, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Rainério de Arezzo, religioso da Ordem dos Menores. († 1304)
- Em Lisboa, Portugal, São Nuno de Santa Maria , religioso da Ordem dos Carmelitas. († 1431)
- Em Shimabara, no Japão, os beatos Pedro Paulo Navarro, presbítero, Dionísio Fujishima e Pedro Onizuka Sandayu, religiosos da Companhia de Jesus, e Clemente Kyuemon, mártires. († 1622)
- Em Hai Duong, cidade do Tonquim, hoje Vietnam, Jerónimo Hermosilla e Valentim Bérrio Ochoa, bispos, e Pedro Almató Ribeira, presbítero, da Ordem dos Pregadores. († 1861)
- Em Munique, na Alemanha, o Beato Ruperto Mayer, presbítero da Companhia de Jesus. († 1945)
- Em Mukacevo, cidade da Ucrânia, o Beato Teodoro Jorge Romzsa, bispo e mártir(† 1947)
Fonte:
- Catecismo da Igreja Católica
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Primeira leitura: Romanos 8, 18-25
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criaçóo está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 125 (126)
- Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
- Entre os gentios se dizia: 'Maravilhas fez com eles o Senhor!' Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
- Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
- Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 18-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 18Jesus dizia: 'A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos.' 20Jesus disse ainda: 'Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
Em vez de propor-nos, hoje, a veneração de um santo, a Igreja nos convida a comemorar, pelo nosso sufrágio, as almas dos fiéis já falecidos. A comemoração de todos os fiéis defuntos foi instituída neste dia a fim de socorrer, por boas obras gerais, os que não se beneficiam de preces especificamente dedicadas a eles. Deve-se a uma iniciativa tomada pelos monges beneditinos por volta do ano 1000.
A data
O abade São Odilo, superior mosteiro de Cluny na França, deu ordem para que em todos os conventos filiados a esta Ordem se celebrasse um ofício pelos defuntos na tarde do dia 1º de novembro. Essa comemoração foi adotada pela autoridade da Igreja, de tal modo que, aos poucos, se tornou universal a dedicação de dois de novembro à memória dos irmãos já falecidos.
Exortação de Paulo
Essa exortação de Paulo é dirigida também a cada um de nós:
“Irmãos, nos diz São Paulo apóstolo, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não tem esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morrerem.” (ITs 4,13-14).
Dia dos Fiéis Defuntos: um dia para recordação, não tristeza
Dia de Saudosa Reflexão
O Dia dos Finados não é dia de tristeza nem lamúrias, como o é para aqueles que não tem fé, mas é dia de saudosa recordação, confortada pela fé, que nos garante que nosso relacionamento com as almas dos finados não está interrompido pela morte, mas é sempre vivo e atuante pela oração de sufrágio. A doutrina relativa aos finados põe em admirável luz a harmonia entre a justiça e a bondade de Deus Pai, de tal modo que também os corações mais frios não resistem hoje a um saudoso pensamento de piedade religiosa em favor dos irmãos falecidos.
Purgatório: o lugar de purificação
A fé nos ensina que existe um lugar de purificação pelas almas depois da morte, pois toda criatura que morre carrega faltas, misérias, dívidas espirituais por pecados cometidos, mesmo morrendo reconciliada com Deus. Essas faltas o impedem de entrar diretamente no Reino de Deus, que é o reino da santidade perfeita, da luz e felicidade. Deus, em Sua bondade, providenciou um lugar de purificação que a tradição da Igreja chamou de purgatório. O Catecismo da Igreja Católica afirma:
“O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama «pena eterna» do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório. Esta purificação liberta do que se chama «pena temporal» do pecado. Estas duas penas não devem ser consideradas como uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado. Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).” (CIC 1472)
Temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório
A Solidariedade Espiritual
Pela solidariedade espiritual que existe entre os batizados por força de nossa inserção no Corpo Místico de Cristo, temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório que ficam assim beneficiadas em suas penas. Esta doutrina já era conhecida no Antigo Testamento. De fato, lemos, no Segundo livro do Macabeus que, depois de uma batalha do povo judeu contra os inimigos, Judas Macabeu mandou recolher ofertas a serem enviados ao Templo de Jerusalém solicitando orações e sacrifícios em sufrágio dos soldados tombados na guerra, pois ele concluiu: “É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos para que sejam livres dos seus pecados” (2Mc 14,45). Também Jesus Cristo fez alusão aos pecados que não são perdoados nem nesta terra nem na outra vida.
Orações de Sufrágio
Orações de sufrágio em favor das almas dos mortos sempre foram praticadas nas Igrejas desde os primeiros séculos. Nas catacumbas romanas onde se sepultavam os cristãos há inúmeras inscrições alusivas a preces que os defuntos solicitam dos irmãos na fé. Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, ao falecer perto de Roma, enquanto viajava para África, assim falava aos dois filhos que a acompanhavam: “Ponde meu corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Só vos peço que, no altar de Deus, vos lembreis de mim, onde quer que estiveres”.
As almas dos nossos falecidos parecem dizer com o patriarca Jó: “Compadecei-vos de mim, ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão do meu Senhor me tocou”.
“Santo e salutar é o pensamento de orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.”
A Indulgência e a Oração pelos falecidos
Indulgência:
No dia de Finados, “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchr. Indulgentiarum, n.13)”.
“Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-Nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai-Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (pg. 462 do Diretório Litúrgico da CNBB).
Oração pelos falecidos:
Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! (Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.)
Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém.
Minha oração
“Senhor, nosso Deus, resgatai as almas dos nossos conhecidos e familiares do purgatório, além daquelas que necessitam das nossas orações. Pedimos também a intercessão para que sejamos santos e purificados nessa vida, a fim de chegar diretamente ao Céu. Amém.”
Almas do purgatório, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 2 de novembro
- Comemoração de São Vitorino, bispo de Poetóvio, na Panónia. († c. 303)
- Em Trieste, na Ístria, atualmente na Itália, São Justo, mártir. († c. s. IV)
- Em Sebaste, na Arménia, hoje Sivas, na Turquia, os santos Cartério, Estiríaco, Tobias, Eudóxio, Agápio e companheiros, mártires. († c. 320)
- Na antiga Pérsia, os santos Acindino, Pegásio, Aftónio, Elpidíforo, Anempodisto e numerosos companheiros mártires. († s. IV)
- Em Vienne, cidade da Gália Lionense, hoje na França, São Donino, bispo, que se dedicou à obra da redenção dos cativos. († c. 538)
- Comemoração de São Marciano, eremita, que, nascido em Ciro, se retirou para o deserto na Calcedónia.(† s. IV f.)
- No mosteiro de Agaune, entre os Helvécios, hoje Saint-Maurice-en-Valais, na Suíça, Santo Ambrósio, abade. († c. 520)
- Junto a uma fonte situada em Holywell, localidade do País de Gales, Santa Vinfreda, virgem, que é venerada como monja insigne. († c. s. VII)
- Em Vienne, cidade da Borgonha, na moderna França, São Jorge, bispo. († c. 670)
- No mosteiro de Claraval, também na Borgonha, o sepultamento de São Malaquias, bispo de Down e Connor. († 1148)
- Em Mortagne, cidade da Normandia, na França, a Beata Margarida de Lorena, ao ficar viúva, abraçou a vida religiosa no mosteiro das Clarissas. † 1521)
- Em Andover, no condado de Hampshire, na Inglaterra, o Beato João Bodey, mártir. († 1583)
- Em Casale, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Pio de São Luís, religioso da Congregação da Paixão. († 1889)
Fonte:
- Catecismo da Igreja Católica
- Livro: O Santo do dia – Dom Servilio Conti, I.M.C.
- Vatican.va
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Primeira leitura: Filipenses 1, 18-26
Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses:
Irmãos, 18de qualquer maneira, com segundas intenções ou com sinceridade, Cristo é anunciado. E eu me alegro com isso e sempre me alegrarei. 19Pois eu sei que isso resultará na minha salvação graças à vossa oração e à assistência do Espírito de Jesus Cristo. 20Segundo a minha viva expectativa e a minha esperança, não terei de corar de vergonha. Se a minha firmeza continuar total, como sempre, então Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo - o que para mim seria de longe o melhor -, 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 25Por isso, sei com certeza que vou ficar e continuar com vós todos, para que possais progredir e alegrar-vos na fé. 26Assim, com a minha volta para junto de vós, vai aumentar ainda a razão de vos gloriardes em Cristo Jesus.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 41 (42)
- Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minha alma por vós, ó meu Deus!
R: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
- Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
R: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
- Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.
R: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 1.7-11
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então, contou-lhes uma parábola: 8"Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. E isso vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado".
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comenário ao Evangelho por São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja
Palestra 5
«Quem se humilha será exaltado»
A humildade não consiste apenas em desconfiarmos de nós mesmos, mas também em confiarmos em Deus; a desconfiança de nós e das nossas próprias forças produz a confiança em Deus, e desta confiança nasce a generosidade de espírito. Nossa Senhora, a Santíssima Virgem, deu-nos um exemplo notável disto quando pronunciou estas palavras: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Quando diz que é a serva do Senhor, demonstra uma enorme humildade, tanto mais que opõe o que diz aos louvores que o anjo lhe dirige: que será Mãe de Deus, que o Menino que sairá do seu ventre será chamado Filho do Altíssimo, uma dignidade maior do que se poderia imaginar; ora, ela opõe, como eu dizia, a todos estes louvores e grandezas a sua baixeza e a sua indignidade, afirmando que é a serva do Senhor. Mas reparai que, após ter prestado tributo à humildade, tem de imediato uma atitude de enorme generosidade ao dizer: «Faça-se em mim segundo a tua palavra».
É certo, queria ela dizer, que não tenho qualquer capacidade para receber esta graça, tendo em consideração o que sou; mas na medida em que aquilo que é bom em mim pertence a Deus e em que aquilo que me dizes é a sua santa vontade, creio que pode fazer-se e se fará; e, sem a mínima hesitação, diz: «Faça-se em mim segundo a tua palavra».
Origens
São Martinho nasceu em Lima, no dia 9 de dezembro de 1579, filho de um nobre cavaleiro espanhol, João Porres, e de uma negra do Panamá, de origem africana, Ana Velásquez. Por causa da pele escura, o pai não o quis reconhecer, e, no livro de batizado, foi registrado como filho de pai ignorado.
O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser ele uma dessas “misturas” da América, como um cronista do século XVI definia ironicamente os mulatos.
Vida Simples
São Martinho viveu pobremente até os oitos anos de idade e na companhia da mãe e de uma irmãzinha, nascida dois anos depois dele. Educado por sua mãe, no santo temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era uma profissão manual e também desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza, porém, naquela época, essa profissão não era como de hoje em dia, pois, naquele tempo, o barbeiro era também dentista e cirurgião.
São Martinho: pela Caridade alcançou a Santidade
Caridade
Martinho, alma extremamente sensível e de profundidade mística, fez de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres, principalmente depois que se tornou ajudante de um médico.
O Convento
Com a idade de 15 anos, abandonou tudo e foi bater na porta do convento dos dominicanos em Lima. Aqui o espera uma nova humilhação. Foi admitido apenas como terciário e incumbido dos trabalhos mais humildes da comunidade. As suas funções eram as mais humildes, mas a sua vida espiritual, a mais profunda. Por fim, os superiores perceberam o que representava aquela alma para a Ordem e, acolhendo-o como membro efetivo no dia 2 de junho de 1603, admitiram-no então a profissão solene.
Solicitude pelos Irmão
A sua solicitude pelos irmãos doentes era viva. Encontravam-no junto deles para os aliviar, mesmo, segundo se diz, que a porta estivesse fechada à chave. Considerava-se escravo de todos e de cada um, e se a doença de algum irmão que ele cuidava piorava, o zelo crescia.
Feitos Extraordinários
Quis assim permanecer a escória do convento, mas a sua santidade começou a refulgir para além dos limites do convento, pelos extraordinários carismas com as quais era dotado, como profecias, os êxtases, as bilocações. Embora nunca tenha se distanciado de Lima, foi visto na África, na China e no Japão para confortar missionários em dificuldade. A este humilde irmão leigo recorriam para conselho; teólogos, bispos e autoridades civis, mais de uma vez o próprio vice-rei teve de aguardar diante da sua cela, porque frei Martinho estava em êxtase.
De Escória do Convento a Santidade
A Fundação do Hospital
Durante uma peste epidêmica, curou os que recorreram a ele, e os seus sessenta confrades curou-os prodigiosamente. Dedicava sua vida literalmente aos pobres: mendigo por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um hospital para os meninos abandonados e jejuava para dar de comer aos pobres. Jejuava todo o ano, quase não comendo senão restos de pão, mas discretamente, a tal ponto que ninguém reparava. Tudo isso era regado pelas orações que fazia durante a noite, assim como Jesus orava (Lucas 6,12).
Assim, sem fazer coisas extraordinárias além da prática de caridade, Martinho chegou a um alto grau de santidade.
Páscoa
Faleceu, santamente, em Lima no dia 3 de novembro de 1639, com sessenta anos de idade e imediatamente foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado, em 1837, pelo Papa Gregório XVI; foi canonizado, no dia 6 de maio de 1962, por São João XXIII; e no ano de 1966, o Papa São Paulo VI o proclamou patrono dos barbeiros.
Minha oração
“Oh, Deus, que exaltou o humilde, que fizestes São Martinho, teu confessor, entrar no Reino celestial, concedei através do seu mérito e intercessão de modo que possamos seguir o exemplo da sua humildade e caridade na terra e um dia estarmos com ele no Céu, através de Cristo, Nosso Senhor.”
São Martinho de Lima, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 03 de novembro
- Em Cesareia, na Capadócia, hoje Turquia, os santos Germano, Teófilo e Cirilo, mártires. († data inc.)
- Em Agrigento, na Sicília, região da Itália, São Libertino, bispo e mártir. († s. III/IV)
- No território de Lauraguais, na atual França, São Pápulo, venerado como mártir. († s. III/IV)
- Em Viterbo, hoje no Lácio, região da Itália, os santos Valentim, presbítero, e Hilário, diácono, mártires. († data inc.)
- Na Bretanha Menor, na atual França, São Guenael, venerado como abade de Landévenec. († s. VI)
- Em Roma, a comemoração de Santa Sílvia, mãe do papa São Gregório Magno. († s. VII)
- No mosteiro de Hornbach, no território da atual França, o sepultamento de São Pirmino, bispo e abade de Reichenau.(† c. 755)
- No cenóbio de Antídio, na Bitínia, hoje na Turquia, São Joanício, monge. († 846)
- Em Alem, cidade da Flandres, na atual Holanda, o sepultamento de Santa Odrada, virgem. († c. s. XI)
- Em Urgel, na Catalunha, região da Espanha, Santo Ermengol ou Ermengáudio, bispo. († 1035)
- No território dos Marsos, nos Abruzos, região da Itália, São Berardo, bispo. († 1130)
- Em Cudot, no território de Sens, na França, a Beata Alpaídes, virgem. († 1211)
- Junto do mosteiro de Fischingen, na atual Suíça, Santa Ida, reclusa. († c. 1226)
- Em Rímini, no litoral da Flamínia, hoje na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Simão Balácchi, religioso da Ordem dos Pregadores. († 1319)
- Em Milão, na Lombardia, região da Itália, o dia natal de São Carlos Borromeu, bispo, cuja memória se celebra amanhã.(† 1584)
- Junto à fortaleza Xa Doai, no Tonquim, atualmente no Vietnam, São Pedro Francisco Néron, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir.(† 1860)
- Em Valldibrera, perto de Barcelona, na Espanha, os beatos Cândido Alberto , Cirilo Pedro , Crisóstomo e Leónides Francisco, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
Fonte:
- Livro Santos de cada dia – Editora A.O.Braga
- Livro Um santo para cada dia – Mario Sgarbossa – Luigi Giovanni
- Livro O Santo do dia – Dom Servilio Conti, I.M.C
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Primeira leitura: Romanos 9, 1-5
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 1Não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. 2Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, 3a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. 4Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém!
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 147 (147B)
- Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
R. Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.
R. Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.
R. Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 1-6
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 2Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: 'A Lei permite curar em dia de sábado, ou não? 4Mas eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5Depois lhes disse: 'Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?' 6E eles não foram capazes de responder a isso.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
Carlos, da ilustre família Borromeu, nasceu em 2 de outubro de 1538, em Arona, Itália. O menino revelou ótimo talento e uma inteligência rara. Ao lado dessas qualidades, manifestou forte inclinação para a vida religiosa, pela piedade e pelo temor a Deus.
Ainda criança, era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o aborrecimento aos divertimentos profanos eram os sinais mais positivos da vocação sacerdotal.
O Sacerdócio e a Reorganização da Igreja Católica
O ano de 1562 veio a Carlos a graça do sacerdócio. No silêncio da meditação, Carlos lançou planos grandiosos para a reorganização da Igreja Católica. Esses todos se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa.
Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para essa necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, ainda que, por essa obediência, tivesse de deixar sua posição para ocupar outra inferior.
São Carlos Borromeu: dom da Caridade
A Caridade que abre corações
São Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações também à religião. Por isso, grande parte de sua receita pertencia aos pobres, reservando para si só o indispensável. Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família, distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isso não aguenta comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou. Quando, em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à peste, invadiram a cidade de Milão, não tendo mais o que dar, pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes de auxílio que teriam ficado fechadas.
Consolava os Pobres
Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste e o povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos.
Tendo-se esgotado todas as fontes de recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de cem sacerdotes tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo, e esse se aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios e ricos esquecidos de Deus.
Encontro com o Papa
Gregório XIII não só rejeitou as acusações infundados feitas ao Arcebispo, como também recebeu Carlos Borromeu em Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a esse gesto do Papa, o governador de Milão organizou, no primeiro domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora da missa celebrada pelo Arcebispo.
São Carlos Borromeu possui um coração bondoso com os malfeitores
O mesmo governador, que tanta guerra ao Prelado movera e tantas hostilidades contra São Carlos estimulara, no leito de morte, reconheceu o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica. O Arcebispo gozou desse período só dois anos.
Páscoa
Quando, em outubro de 1584, como era de costume, retirara-se para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor de almas deve saber suportar três febres, antes de se meter na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha alcançado a idade de 46 anos.
Via de Santificação
Foi beatificado em 1602, por Clemente VIII e, depois, canonizado em 1610, por Paulo V, que fixou a festa do santo para o dia 4 de novembro. A grande influência de São Carlos Borromeu, pelo que realizou em Milão, serviu de exemplo para que a reforma da Igreja acontecesse em muitos outros países, no espírito do Concílio de Trento.
Minha oração
“ Óh, grande bispo, que, na tua sabedoria, soubeste organizar a Igreja e adequá-la ao tempo, dai a mesma sabedoria aos nossos bispos e responsáveis para que sejamos sempre atuantes na sociedade e propagadores do evangelho como grande obra de caridade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. ”
São Carlos Borromeu, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 04 de novembro
- Em Bolonha, na atual Emília-Romanha, região da Itália, os santos Vital e Agrícola, mártires. († 304)
- Em Mira, na Lícia, na hodierna Turquia, os santos mártires Nicandro, bispo, e Hermes, presbítero. († c. s. IV)
- Comemoração de São Piério, presbítero de Alexandria. († s. IV)
- Em Rodez, na Aquitânia, atualmente em França, Santo Amâncio, bispo, que é considerado o primeiro pontífice desta cidade. († s. V)
- Em Maastricht, no Brabante da Austrásia, atualmente na Holanda, São Perpétuo, bispo. († c. 620)
- Em Tréveris, na Austrásia, hoje na Alemanha, Santa Modesta, abadessa. († s. VII f.)
- Em Alba Regia, na Panónia, hoje Szekesfehervar, na Hungria, Santo Henrique ou Emerico, filho de Santo Estêvão, rei dos Húngaros, que teve morte prematura. († 1031)
- Em Pádua, no Véneto, região da Itália, a Beata Helena Enselmíni, virgem da Ordem das Clarissas. († 1231)
- Em Cerfroid, no território de Meaux, na França, São Félix de Valois, companheiro de São João da Mata na fundação da Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos. († s. XIII)
- No convento de Nossa Senhora dos Escoceses, em Nantes, na França, a Beata Francisca de Amboise, fundou em Vannes o primeiro Carmelo feminino da França. († 1485)
- Em Montefusco, na Campânia, região da Itália, a Beata Teresa Manganiello, virgem da Ordem Terceira de São Francisco. († 1876)
- Em Madrid, na Espanha, o Beato José Gafo Muñiz, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936)
Fonte:
- Livro ‘O Santo do dia’ – Dom Servilio Conti, I.M.C.
- Martirológio Romano
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Primeira leitura: Romanos 11, 1-2.11-12.25-29
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 1Eu pergunto: Será que Deus rejeitou o seu povo? - De modo algum. Pois também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim... 2aDeus não rejeitou o seu povo, que ele desde sempre considerou. 11Eu pergunto: Acaso eles tropeçaram para cair? - Não, de modo algum. De fato, o passo em falso que eles deram serviu para a salvação dos pagãos, e a salvação dos pagãos, por sua vez, deve servir para despertar ciúme neles. 12Ora, se o passo em falso deles foi riqueza para o mundo e o pequeno número de crentes dentre eles foi riqueza para os pagãos, que riqueza não será a adesão de todos eles ao Evangelho! 25Irmãos, para não serdes presunçosos por causa da vossa sabedoria, é importante que conheçais o mistério, a saber: o endurecimento de uma parte de Israel é para durar até que a totalidade dos pagãos tenha entrado na salvação. 26E então todo o Israel será salvo, como está escrito: 'De Sião virá o libertador; ele tirará as impiedades do meio de Jacó. 27Essa será a realização da minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados'. 28De fato, com relação ao Evangelho, eles são inimigos, para benefício vosso, mas com relação à escolha divina, eles são amados, por causa dos patriarcas. 29Pois os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 93 (94)
- É feliz, ó Senhor, quem formais e educais nos caminhos da Lei, para dar-lhe um alívio na angústia
R: O Senhor não rejeita o seu povo!
- O Senhor não rejeita o seu povo e não pode esquecer sua herança: voltarão a juízo as sentenças; quem é reto andará na justiça.
R: O Senhor não rejeita o seu povo!
- Se o Senhor não me desse uma ajuda, no silêncio da morte estaria! Quando eu penso: 'Estou quase caindo!' Vosso amor me sustenta, Senhor!
R: O Senhor não rejeita o seu povo!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 1.7-11
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de coração humilde e manso! (Mt 11, 29)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8'Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São Bernardo (1091-1153)
Monge cisterciense, Doutor da Igreja
Sermão 37 sobre o Cântico dos Cânticos
O segredo do último lugar
Se soubéssemos claramente em que lugar Deus coloca cada um de nós, aceitaríamos tal decisão sem nunca nos colocarmos nem acima nem abaixo desse lugar. Mas, no nosso estado presente, os decretos de Deus estão envoltos em trevas e a sua vontade está-nos oculta. Por isso, o mais seguro, de acordo com o conselho da própria Verdade, é escolhermos o último lugar, de onde nos tirarão depois com honra, para nos darem um melhor. Ao passarmos debaixo de uma porta muito baixa, podemos baixar-nos tanto quanto quisermos sem nada temer; mas, se nos levantarmos um dedo que seja acima da altura da porta, bateremos com a cabeça. É por isso que não devemos recear nenhuma humilhação, mas antes temer e reprimir o menor movimento de auto-suficiência.
Não vos compareis, nem com os que são maiores que vós, nem com os vossos inferiores, nem com quaisquer outros, nem sequer com um só. Que sabeis sobre eles? Imaginemos um homem que parece o mais vil e desprezível de todos, cuja vida infame nos horroriza. Pensais que o podeis desprezar, não só por comparação convosco mesmos, que aparentemente viveis em sobriedade, justiça e piedade, mas até por comparação com outros malfeitores, dizendo que ele é o pior de todos. Mas sabeis se ele não será um dia melhor que vós e se o não é já aos olhos do Senhor? Por isso é que Deus não quis que ocupássemos um lugar intermédio, nem o penúltimo, nem sequer um dos últimos, mas disse: «Toma o último lugar», a fim de ficarmos verdadeiramente sós na última fila. Desse modo não pensareis, já não digo em preferir-vos, mas simplesmente em comparar-vos com quem quer que seja.
Primeira leitura: São João 7, 2-4.9-14
Leitura do Livro do Apocalipse de São João:
Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3"Não façais mal à terra, nem ao mar nem às arvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus". 4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel. 9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: "A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro". 11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos e dos quatro Seres vivos e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12"Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém" 13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: "Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?" 14Eu respondi: "Tu é que sabes, meu senhor". E então ele me disse: "Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro".
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 23 (24)
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
- "Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?" "Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
- Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador". "É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face".
R: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
Segunda leitura: São João 3, 1-3
Leitura da Primeira Carta de São João:
Caríssimos, 1vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5, 1-12
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo: 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Primeira leitura: Romanos 11, 29-36
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 29Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. 30Outrora, vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, em conseqüência da desobediência deles. 31Assim são eles agora os desobedientes, para que, em conseqüência da misericórdia usada convosco, alcancem finalmente misericórdia. 32Com efeito, Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos. 33Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! 34De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? 35Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? 36Na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém!
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 68 (69)
- Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria!
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
- Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
- Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, reconstruindo as cidades de Judá, onde os pobres morarão, sendo seus donos. A descendência de seus servos há de herdá-las, e os que amam o santo nome do Senhor dentro delas fixarão sua morada!
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 12-14
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 12dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: 'Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santo Agostinho, Bispo, Doutor da Igreja
Discurso sobre o salmo 121
«Ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos»
O amor é muito poderoso: ele é a nossa força. Sem ele, de nada nos servirá o resto. «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos», diz o apóstolo Paulo, «se não tiver amor, sou como bronze que ressoa, ou como címbalo que tine» (1Cor 13,1). Escutai em seguida esta palavra magnífica: «Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a fim de ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita» (v. 3). Se não tens senão o amor, mesmo que não possas distribuir nada pelos pobres, ama. Darás apenas «um copo de água fresca» (Mt 10,42), e isso valer-te-á a mesma recompensa que Zaqueu, que distribuiu metade da sua fortuna (Lc 19,8). Como será isso? Um dá pouco, o outro muito e os seus gestos têm o mesmo valor? Pois sim: os recursos são desiguais, mas o amor é igual. [...]
O salmista diz: «Vamos à casa do Senhor» (Sl 121,4). Vejamos se de facto lá vamos. Não são os nossos pés, mas o nosso coração que nos leva. Vejamos se de facto lá vamos; que cada um de vós se interrogue: Que fazes pelo pobre fiel, pelo teu irmão indigente, pelo mendigo que te estende a mão? Vê se o teu coração não será estreito. [...] «Procurai o que faz a paz de Jerusalém» (v.6). O que faz a paz em Jerusalém? «A abundância para os que te amam» (Vulg.). O salmista dirige a palavra a Jerusalém: «Os que te amam estarão na abundância» - a abundância depois da pobreza. Aqui em baixo, a miséria, lá em cima, a abundância; aqui a fraqueza, lá, a força; os que são pobres aqui serão ricos lá em cima. Donde vem a sua riqueza? De terem dado, aqui, os bens que durante algum tempo receberam de Deus; lá, recebem o que Deus lhes dá, por toda a eternidade.
Meus irmãos, aqui os ricos são pobres; é bom que o rico descubra a sua pobreza. Julga-se repleto? Isso é inchaço e não plenitude. Que reconheça o seu vazio a fim de poder ser cumulado. Que possui ele? Ouro. Que lhe falta? A vida eterna. Que olhe bem para o que tem e para o que lhe falta. Irmãos, que dê o que possui, a fim de receber o que não tem.
Texto tirado do site Católico Orante: https://www.catolicoorante.com.br/
Primeira leitura: Romanos 12, 5-16
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 5assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, todos membros uns dos outros. 6Temos dons diferentes, de acordo com a graça dada a cada um de nós: se é a profecia, exerçamo-la em harmonia com a fé; 7se é o serviço, pratiquemos o serviço; se é o dom de ensinar, consagremo-nos ao ensino; 8se é o dom de exortar, exortemos. Quem distribui donativos, faça-o com simplicidade; quem preside, presida com solicitude; quem se dedica a obras de misericórdia, faça-o com alegria. 9O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. 10Que o amor fraterno vos una uns aos outros com terna afeição, prevenindo-vos com atenções recíprocas. 11Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor, 12alegres por causa da esperança, fortes nas tribulações, perseverantes na oração. 13Socorrei os santos em suas necessidades, persisti na prática da hospitalidade. 14Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. 16aMantende um bom entendimento uns com os outros; não vos deixeis levar pelo gosto de grandeza, mas acomodai-vos às coisas humildes.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 130 (131)
- Senhor, meu coração não é orgulhoso, nem se eleva arrogante o meu olhar; não ando à procura de grandezas, nem tenho pretensões ambiciosas!
R. Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
- Fiz calar e sossegar a minha alma; ela está em grande paz dentro de mim, como a criança bem tranqüila, amamentada no regaço acolhedor de sua mãe.
R. Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
- Confia no Senhor, ó Israel, desde agora e por toda a eternidade!
R. Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 15-24
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 15Um homem que estava à mesa, disse a Jesus: 'Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!' 16Jesus respondeu: 'Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: 'Vinde, pois tudo está pronto'. 18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: 'Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas'. 19Um outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas'. 20Um terceiro disse: 'Acabo de me casar e, por isso, não posso ir'. 21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: 'Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos'. 22O empregado disse: 'Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar'. 23O patrão disse ao empregado: 'Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São Boaventura, Franciscano, Doutor da Igreja
«Da vida perfeita», cap. 8, §§ 2-4
O pão da boda nupcial
Se possuís algumas virtudes, que são fonte de boas obras, ou antes, precisamente por serdes rico em virtudes, perseverai na sua prática, fazei progressos constantes e, através delas, levai o combate de Cristo até à morte, a fim de que no último dia, no termo da vossa vida, recebais, por salário e recompensa do vosso trabalho, a coroa de glória e de honra. É por isso que Cristo, vosso único amor, vos diz no Apocalipse: «Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida» (Ap 2,10). Essa coroa não é senão a recompensa da vida eterna, cuja posse deve inflamar de desejo todos os cristãos. Levantai-vos pois, amiga de Deus, esposa de Jesus Cristo, pomba do Rei eterno, vinde, apressai-vos para as núpcias do Filho de Deus, porque toda a corte celeste vos espera, «está tudo pronto» (cf Mt 22,4; Lc 14,17).
Um servo belo e nobre está pronto para vos servir; um manjar delicado e delicioso está preparado para vos restabelecer; uma companhia doce a amável está pronta a partilhar a vossa alegria. Levantai-vos, pois, e apressai-vos!
Correi a estas núpcias porque um servo de grande beleza está preparado para vos servir. Este servo é a assembleia dos anjos, que digo eu? É o próprio Filho do Deus eterno! Pois não é Ele que Se apresenta como tal no santo evangelho? «Em verdade vos digo: vai cingir-Se, mandará que se ponham à mesa e há de servi-los» (Lc 12,37). Oh! Como será grande a glória dos pobres e dos desprezados quando forem servidos pelo Filho de Deus, o soberano Rei, e por todo o exército do Reino celeste.
Um alimento delicado e delicioso está também preparado para vos alimentar. O próprio Filho de Deus porá a mesa com suas mãos. Ele o afirma no santo evangelho: «Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino» (Lc 22,29-30). Oh! Como é suave e delicioso este alimento que Deus, na sua bondade, preparou para o pobre! Oh! Ditoso o que comer no Céu este pão preparado no seio da Virgem pelo fogo do Espírito Santo! «Quem come deste pão viverá eternamente» (Jo 6,58). O Rei celeste alimenta e restaura os eleitos com este pão, com este alimento, como está dito no Livro da Sabedoria: «Deste ao teu povo o alimento dos anjos» (Sab 16,20).
Primeira leitura: Romanos 13, 8-10
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 8Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, - pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei-. 9De fato, os mandamentos: 'Não cometerás adultério', 'Não matarás', 'Não roubarás', 'Não cobiçarás', e qualquer outro mandamento se resumem neste: 'Amarás a teu próximo como a ti mesmo'. 10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 111 (112)
- Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
- Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
- Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 25-33
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 25Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26'Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30'Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!' 31Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São Basílio
Monge, Bispo de Cesareia da Capadócia, Doutor da Igreja
Grandes Regras Monásticas; questão 8
Nada preferir a Cristo
Nosso Senhor Jesus Cristo disse a todos, por várias vezes e apresentando diversas provas: «Se alguém quiser vir após Mim, que renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga»; e também: «Aquele de entre vós que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo». Parece, pois, exigir a renúncia mais completa. [...] «Onde estiver o teu tesouro», diz noutra altura, «aí estará o teu coração» (Mt 6,21). Portanto, se reservamos para nós bens terrenos ou qualquer provisão fugaz, o nosso espírito permanece aí atolado, como que na lama. É então inevitável que a nossa alma seja incapaz de contemplar a Deus e se torne insensível ao desejo dos esplendores do céu e dos bens que nos foram prometidos. Só poderemos obter esses bens se os pedirmos sem cessar, com um desejo ardente, que, de resto, nos tornará leve o esforço para os atingir.
Renunciar a nós mesmos é, pois, soltar os laços que nos prendem a esta vida terrena e passageira, libertar-nos das contingências humanas, a fim de sermos mais capazes de caminhar na via que conduz a Deus. É libertar-nos dos entraves, a fim de possuirmos e usarmos bens que são «muito mais preciosos do que o ouro e a prata» (Sl 18,11). Em suma, renunciar a nós mesmos é transportar o coração humano para a vida no céu, de tal forma que possamos dizer: «A nossa pátria está nos céus» (Fil 3,20). E, sobretudo, é começarmos a tornar-nos semelhantes a Cristo, que Se fez pobre por nós, Ele que era rico (2Cor 8,9). Temos de nos assemelhar a Ele se quisermos viver em conformidade com o Evangelho.
Texto tirado do site Católico Orante: https://www.catolicoorante.com.br/
Origens
São Leão Magno é natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma por volta do ano 430. Dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.
Convenceu Átila a mudar de ideia
No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano” – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Impediu a cidade de ser incendiada
Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão. Nas Basílicas, a população encontrou abrigo e se salvou.
Por: CN
Primeira leitura: Romanos 15, 14-21
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:
Meus irmãos, 14de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, de que tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu. 16Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo. 17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer de eu construir sobre alicerce alheio. 21Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: "Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão".
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 97 (98)
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
- O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16, 1-8
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente (1Jo 2, 5)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas: Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'. 3O administrador então começou a refletir: 'O Senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' 6Ele respondeu: 'Cem barris de óleo! "O administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!' 7Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. 8E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz".
- Palavra da Salvação
- Glória a vós, Senhor
Comentário do dia por São Gregório de Nazianzo (330-390)
Bispo, Doutor da Igreja
14ª homilia sobre o amor aos pobres, 38.40
«Um pobre estava deitado à sua porta»
«Felizes os misericordiosos», diz o Senhor, «pois alcançarão misericórdia» (Mt 5,7). A misericórdia não é a menor das bem-aventuranças: «feliz o que compreende o pobre e o fraco»; e também: «o homem bom compadece-se e partilha»; ou ainda: «sempre o justo se compadece e empresta». Façamos, pois nossa esta bem-aventurança: saibamos compreender, sejamos bons.
Nem a noite deve deter a tua misericórdia; «não digas: volta amanhã e logo te darei» (Prov 3,28). Que não haja hesitação entre a tua primeira reacção e a tua generosidade. [...] «Partilha o teu pão com aquele que tem fome, recolhe em tua casa o infeliz sem abrigo» (Is 58,7) e fá-lo de boa vontade. «Aquele que exerce a misericórdia», diz S. Paulo, «que o faça com alegria» (Rom 12,8).
O teu mérito será redobrado pelo teu zelo; uma dádiva feita com contrariedade e por obrigação não tem graça nem fulgor. É com um coração em festa e sem lamentos que devemos fazer o bem. [...] Então a luz jorrará como a aurora, e as nossas forças não tardarão a restabelecer-se. E haverá quem não deseje a luz e a cura? [...]
Por isso, servos de Cristo, seus irmãos e seus co-herdeiros (Gal 4,7), sempre que tenhamos oportunidade, visitemos Cristo, alimentemos Cristo, agasalhemos Cristo, abriguemos Cristo, honremos Cristo (cf Mt 25,31s). Não só sentando-O à nossa mesa, como alguns fizeram, ou cobrindo-O de perfumes, como Maria Madalena, ou participando na sua sepultura, como Nicodemos. [...] Nem com ouro, incenso e mirra, como os magos, [...] pois o Senhor do universo «quer a misericórdia e não o sacrifício» (Mt 9,13), prefere a nossa compaixão a milhares de cordeiros gordos (Miq 6,7). Apresentemos-Lhe pois a nossa misericórdia pela mão desses infelizes que jazem hoje por terra, para que, no dia em que partirmos daqui, eles nos «conduzam à morada eterna» (Lc 16,9), ao próprio Cristo, nosso Senhor.
Primeira leitura: Sabedoria 2, 23-3, 9
Início do Livro da Sabedoria:
23Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; 24foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. 3,1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vóo julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 33 (34)
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
- O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
- Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 17, 7-10
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus: 7Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: 'Vem depressa para a mesa?' 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?' 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer'.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«A simple path»
«Somos inúteis servos»
Não vos inquieteis à procura da causa dos grandes problemas da humanidade; contentai-vos em fazer o que puderdes pela sua resolução, ajudando aqueles que precisam. Há quem me diga que, praticando a caridade com os outros, libertamos o Estado das suas responsabilidades para com os pobres e os necessitados. É coisa que não me preocupa porque, em geral, os Estados não dão amor. Por mim, faço tudo o que posso; o resto não me compete.
Deus foi tão bom connosco! Trabalhar no amor é sempre uma maneira de nos aproximarmos dele. Reparai no que Cristo fez durante a sua vida na terra: passou fazendo o bem (At 10,38). Eu recordo às minhas irmãs que Ele passou os três anos da sua vida pública a cuidar dos doentes, dos leprosos, das crianças e de muitos outros. É exatamente isso que nós fazemos, pregando o Evangelho com as obras.
Consideramos que servir os outros é um privilégio e procuramos fazê-lo, a cada instante, com todo o nosso coração. Sabemos perfeitamente que os nossos atos são uma gota de água no oceano, mas sem eles faltaria essa gota.
Santo Alberto Magno 15/11
Origens
Santo Alberto Magno nasceu na Alemanha, em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa. Partiu muito jovem para a Itália, em Pádua, dedicando-se ao estudo das chamadas “artes liberais”. Aplicou-se à gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música, ou seja, manifestando interesse pelas ciências naturais.
Igreja dos Dominicanos
Frequentou a igreja dos Dominicanos enquanto esteve em Pádua. Grande administrador do Reino de Deus e devotíssimo da Virgem Maria, optou pelos desejos do coração de Deus. Por sua grande paixão, entrou para a família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, na santidade e no apostolado.
Ordenação Sacerdotal
Após sua ordenação sacerdotal, seus superiores destinaram-no ao ensino em vários centros de estudos teológicos, anexos aos conventos dos Padres Dominicanos. Suas qualidades intelectuais permitiram-lhe aperfeiçoamento nos estudos de teologia na universidade mais célebre dessa época, a de Paris. A partir de então, Santo Alberto Magno dedicou-se à atividade de escritor.
Santo Alberto Magno: Patrono dos Cultores das Ciências Naturais
Estúdio Teológico
Em 1248, foi encarregado de abrir um estúdio teológico na Colônia (Alemanha), onde viveu por alguns anos. Levou consigo para a Colônia, Tomás de Aquino, um discípulo extraordinário. Instaurou-se entre esses dois grandes teólogos um relacionamento de grande amizade, que contribuiu muito para o desenvolvimento da ciência.
Superior da Província Teutônia dos padres Dominicanos
No ano de 1254, Alberto foi eleito Superior da Província Teutônia dos padres Dominicanos, que incluía comunidades distribuídas entre a Europa Central e a do Norte. Santo Alberto Magno distinguiu-se pelo zelo com que exerceu tal ministério, visitando as comunidades e exortando os irmãos à fidelidade, aos ensinamentos e aos exemplos de São Domingos.
Bispo de Regensburg
Alexandre IV, Papa na época, percebeu os dotes de Santo Alberto e quis tê-lo ao seu lado em Anagni, em Roma e em Viterbo. O mesmo Papa, nomeou-o Bispo de Regensburg, numa diocese que passava por um momento difícil. De 1260 a 1262, Alberto exerceu este ministério com dedicação, levando a paz e a concórdia à região.
Dedicação
Entre os anos 1263 e 1264, pregou na Alemanha e na Boêmia, sendo encarregado pelo Papa Urbano IV. Foi ordenado depois para retornar para a Colônia e dedicar-se novamente à missão de estudioso e escritor.
Favoreceu a União entre as Igrejas Latina e Grega
Em 1274, foi convocado pelo Papa Gregório X para favorecer a união entre as Igrejas latina e grega, após o grande cisma do Oriente. Albert
Por: CN
Evangelho do dia: São Lucas 17, 11-19
Primeira leitura: Sabedoria 6, 1-11
Leitura do Livro da Sabedoria:
1Escutai, ó reis, e compreendei. Instrui-vos, governadores dos confins da terra! 2Prestai atenção, vós que dominais as multidões e vos orgulhais do número de vossos súditos. 3Pois o poder vos foi dado pelo Senhor e a soberania, pelo Altíssimo. É ele quem examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções; 4apesar de estardes ao serviço do seu reino, não julgastes com retidão, nem observastes a Lei, nem procedestes conforme a vontade de Deus. 5Por isso, ele cairá de repente sobre vós, de modo terrível, porque um julgamento implacável será feito sobre os poderosos. 6O pequeno pode ser perdoado por misericórdia, mas os poderosos serão examinados com poder. 7O Senhor de todos não recuará diante de ninguém nem se deixará impressionar pela grandeza, porque o pequeno e o grande, foi ele quem os fez, e a sua providência é a mesma para com todos; 8mas para os poderosos, o julgamento será severo. 9A vós, pois, governantes, dirigem-se as minhas palavras, para que aprendais a Sabedoria e não venhais a tropeçar. 10Os que observam fielmente as coisas santas serão justificados; e os que as aprenderem vão encontrar sua defesa. 11Portanto, desejai ardentemente minhas palavras, amai-as e sereis instruídos.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 81 (82)
- Fazei justiça aos indefesos e aos órfãos, ao pobre e ao humilde absolvei! Libertai o oprimido, o infeliz, da mão dos opressores arrancai-os!'
R: Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!
- Eu disse: 'Ó juízes, vós sois deuses, sois filhos todos vós do Deus Altíssimo! E, contudo, como homens morrereis, caireis como qualquer dos poderosos!'
R: Levantai-vos, ó Senhor, julgai a terra!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 17, 11-19
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Critos, o Senhor (1Ts 5,18);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: 'Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!' 14Ao vê-los, Jesus disse: 'Ide apresentar-vos aos sacerdotes.' Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. 17Então Jesus lhe perguntou: 'Não foram dez os curados? E os outro nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?' 19E disse-lhe: 'Levanta-te e vai! Tua fé te salvou.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: Vida de São Francisco de Assis, chamada «Colectânea de Perugia» (c. 1311)
§43
«Dar glória a Deus»
Dois anos antes da sua morte, o bem-aventurado Francisco estava já muito doente, sofrendo especialmente dos olhos. [...] Esteve mais de cinquenta dias sem poder suportar a luz do sol durante o dia, nem a claridade do lume durante a noite. Permanecia na obscuridade dentro de casa, na sua cela. [...] Certa noite, refletindo acerca das tribulações que sofria, teve pena de si mesmo e disse: «Senhor, socorre-me nas minhas enfermidades, para que eu tenha força para suportá-las com paciência!» E, de repente, ouviu em espírito uma voz: «Diz-me, irmão: se, como compensação dos teus sofrimentos e tribulações, te dessem um tesouro imenso e precioso, [...] não te alegrarias? [...] Compraz-te e vive na alegria, no meio das tuas enfermidades e tribulações: a partir de agora, vive em paz como se participasses já do meu Reino».
No dia seguinte, disse aos seus companheiros [...]: «Deus deu-me uma tal graça e bênção que, na sua misericórdia, Se dignou assegurar-me, a mim, seu indigno servo que ainda vivo aqui em baixo, que participarei do seu Reino. Assim, para sua glória, para minha consolação e edificação do próximo, quero compor um novo louvor ao Senhor pelas suas criaturas. Todos os dias estas atendem às nossas necessidades, sem elas não poderíamos viver, e por elas o género humano ofende muito o Criador. E todos os dias nós ignoramos tão grande bem, não louvando como deveríamos o Criador e dispensador de todos este dons». [...]
A esse louvor ao Senhor, que começa por: «Altíssimo, omnipotente e bom Senhor», chamou-lhe Cântico do irmão Sol. Com efeito, essa é a mais bela das criaturas, que podemos, mais que qualquer outra, comparar a Deus. E ele dizia: «Ao nascer do Sol, todo o homem deveria louvar a Deus por ter criado esse astro que durante o dia dá aos olhos a sua luz; à tardinha, quando cai a noite, todo o homem deveria louvar a Deus por esta outra criatura, o nosso irmão fogo, que, nas trevas, permite que os nossos olhos vejam claro. Somos todos como cegos, e é por estas duas criaturas que Deus nos dá a luz. Por isso, por estas criaturas e pelas outras que nos servem diariamente, devemos louvar muito particularmente o seu glorioso Criador».
Ele próprio o fazia de todo o coração, estivesse doente ou são, e incitava os outros a cantarem a glória do Senhor. Já doente, entoava muitas vezes este cântico e pedia aos seus companheiros que o prosseguissem; esquecia, deste modo, considerando a glória do Senhor, a violência das suas dores e dos seus males. Procedeu assim até ao dia da sua morte.
Santa Gertrudes 16/11
Primeira leitura: Sabedoria 7, 22-8,1
Leitura do Livro da Sabedoria:
22Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, perspicaz, imaculado, lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante, 23desimpedido, benfazejo, amigo dos homens, constante, seguro, sem inquietação, que tudo pode, que tudo supervisiona, que penetra todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis. 24Pois a Sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza. 25Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do Todo-poderoso; por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela: 26ela é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade. 27Sendo única, tudo pode; permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os profetas. 28Pois Deus ama tão somente aquele que vive com a Sabedoria. 29De fato, ela é mais bela que o sol e supera todas as constelações; comparada à luz, ela tem a primazia: 30pois a luz cede lugar à noite, ao passo que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece. 8,1Ela se estende com vigor de uma extremidade à outra da terra e com suavidade governa todas as coisas.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 118 (119)
- É eterna, ó Senhor, vossa palavra, ela é tão firme e estável como o céu.
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
- De geração em geração, vossa verdade permanece como a terra que firmastes.
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
- Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
- Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
- Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
- Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 17, 20-25
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Eu sou a videira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 20Os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: 'O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: 'Está aqui'ou 'Está ali', porque o Reino de Deus está entre vós.' 22E Jesus disse aos discípulos: 'Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: 'Ele está ali'ou 'Ele está aqui'. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até ao outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Cassiano, Fundador de Mosteiro em Marselha
Conferências, n.º 1
O Reino de Deus no meio de nós e dentro de nós
A meu ver, seria indigno afastarmo-nos da contemplação de Cristo, nem que fosse um momento. Quando a nossa vida começar a desviar-se deste objetivo divino, voltemos para ele os olhos do nosso coração e remetamos novamente para ele o olhar do nosso espírito. Tudo repousa no santuário profundo da alma; quando o demónio é dele expulso e o mal deixa de reinar, o reino de Deus estabelece-se em nós. Mas «o reino de Deus», escreve o evangelista, «não vem de maneira visível; [...] porque o reino de Deus está no meio de vós».
Ora, em nós não pode haver senão ignorância ou conhecimento da verdade, amor do vício ou da virtude, pelos quais entregamos o reinado do nosso coração ao demónio ou a Cristo.
O apóstolo Paulo, por sua vez, descreve assim a natureza deste reino: «o Reino de Deus não é uma questão de comer e beber, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo» (Rom 14,17). Assim, pois, se o reino de Deus está dentro de nós e consiste em justiça, paz e alegria, quem permanece nestas virtudes está sem dúvida no reino de Deus. [...] Elevemos o olhar da nossa alma para este reino, que é alegria sem fim.
Texto tirado do site Católico Orante: https://www.catolicoorante.com.br/
Santa Isabel da Hungria 17/11
Origens
Santa Isabel da Hungria e da Turíngia era filha de André II da Hungria e da rainha Gertrudes de Andechs-Meran, descendente da família dos condes de Andechs-Meran. Do lado materno, era sobrinha de Santa Edwiges, tia das santas Cunegundes (Kinga) e Margarida da Hungria, e tia-avó de Santa Isabel de Portugal. Do lado paterno, prima de Santa Inês da Boêmia.
Casamento com o Duque Luís da Turíngia
Casara-se com o Duque Luís da Turíngia, filho do Landgrave Hermano I e de Sofia da Bavária, soberano de um dos feudos mais ricos do Sacro Império Romano-Germânico. O noivado foi realizado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, capital do Ducado da Turíngia. Isabel tinha apenas 4 anos e Luís 11.
Um exemplar matrimônio
Os dois príncipes tiveram três filhos e, realmente, apaixonaram-se e viveram uma grande e intensa história de amor. Tinham um matrimônio exemplar, que atraiu sobre Isabel os ciúmes de sua sogra, a duquesa Sofia, e demais parentes do esposo.
Santa Isabel da Hungria: a Solidária Rainha
A influência franciscana em sua vida
Foi fortemente influenciada pela espiritualidade franciscana, cuja ordem surgiu naquela época. Quis viver uma pobreza voluntária total. Contudo, foi desaconselhada pelo seu diretor espiritual, Conrado de Marburgo, que a aconselhou a viver as virtudes do seu estado.
As provisões para os pobres que se tornaram flores
Conta-se que, certa vez, quando levava algumas provisões para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça. Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores. Dizendo-lhe que prosseguisse seu caminho, apanhou uma das rosas, que guardou pelo resto de sua vida.
A imagem de Cristo Crucificado
Em outra situação, avisado pela mãe de que a esposa havia acolhido um leproso sobre o próprio leito, Luís IV correu para lá, mas os olhos de sua alma se abriram, e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado. Luís IV apoiava e auxiliava a amada esposa em suas grandes obras de caridade. Porém, tamanha prodigalidade para com os pobres irritava os seus cunhados, os príncipes Henrique e Conrado da Turíngia.
A morte do esposo
Ao partir para as cruzadas acompanhando o imperador Frederico II, Luís IV faleceu de peste em Otranto, o que causou enorme dor em Santa Isabel, que recebera a notícia da morte em outubro, após o nascimento da terceira filha, Gertrudes. Esta dor, entretanto, foi ainda acrescida de maiores agruras quando seus cunhados, livres do temor que nutriam pelo irmão mais velho, expulsaram-na do castelo com seus filhos, em pleno inverno, sem dinheiro e sem mantimentos, e ainda proibindo o povo de agasalhá-la e a seus filhos.
Entrada para a Ordem Terceira de São Francisco
O hábito
Resgatada mais tarde por sua tia Matilda, Abadessa do Convento Cisterciense de Ktizingen, Isabel preferiu confiar a seus parentes a educação dos três filhos – Hermano, Sofia e Gertrudes – e quis tomar o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, junto de suas duas fiéis damas de companhia, Jutta e Isentrude.
O pedido de perdão a Santa Isabel
Seu confessor e Mestre, algum tempo depois, juntamente com os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada, corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido, e exortaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades.
O hospital
Mestre Conrado de Marburgo a orientou numa vida de renúncia, não sem ele mesmo impor-lhe uma rígida e sufocante disciplina que precisou da intervenção dos amigos para ser abrandada. Ela usou parte de sua fortuna para construir um Hospital em honra a São Francisco de Assis em Marburgo.
A santidade que se manifestava
Nesta época de sua vida, a santidade de Isabel manifestou-se de forma extraordinária, e seu nome tornou-se famoso em todas as montanhas da Alemanha. Dizia-se que São João Batista vinha lhe trazer pessoalmente a comunhão e que inúmeras vezes ela foi visitada pelo próprio Jesus Cristo e pela Virgem Maria, que a consolavam em seus sofrimentos.
A fé e a paixão de Santa Isabel da Hungria, permitiu-a levitar
Levitações
Uma de suas amigas depôs no processo de canonização que surpreendeu várias vezes a santa elevada no ar a mais de um metro do chão, enquanto contemplava o Santíssimo Sacramento absorta em êxtase contemplativo. Perguntada certa vez sobre que fim queria dar à herança que lhe pertencia, disse: “Minha herança é Jesus Cristo!”.
Páscoa
Em Marburgo, prestou assistência direta aos pobres e doentes, onde veio a falecer poucos anos depois, em 1231, com apenas 24 anos. Foi sepultada com grandes honras. Na Alemanha, também seu marido Luís IV e sua filha Gertrudes são honrados como santos.
Via de santificação
Foi canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. Por ocasião do VII Centenário do seu nascimento (20 de novembro de 2007), a Cidade do Vaticano fez uma emissão extraordinária de selo comemorativo do evento com 300.000 séries completas, com 10 selos por folha. É padroeira da Ordem Franciscana Secular.
Santa Isabel da Hungria viveu com os pobres
Papa Bento XVI sobre Santa Isabel da Hungria
Por: CN
Evangelho do dia: São Lucas 17, 26-37
Primeira leitura: Sabedoria 13, 1-9
Leitura do Livro da Sabedoria:
1São insensatos por natureza todos os homens que ignoram a Deus, os que, partindo dos bens visíveis, não foram capazes de conhecer aquele que é; nem tampouco, pela consideração das obras, chegaram a reconhecer o Artífice. 2Tomaram por deuses, por governadores do mundo, o fogo e o vento, o ar fugidio, o giro das estrelas, a água impetuosa, os luzeiros do dia. 3Se, encantados por sua beleza, tomaram estas criaturas por deuses, reconheçam quanto o seu Senhor está acima delas: pois foi o autor da beleza quem as criou. 4Se ficaram maravilhados com o seu poder e a sua atividade, concluam daí quanto mais poderoso é aquele que as formou: 5de fato, partindo da grandeza e da beleza das criaturas, pode-se chegar a ver, por analogia, aquele que as criou. 6Contudo, estes merecem menor repreensão: talvez se tenham extraviado procurando a Deus e querendo encontrá-lo. 7Com efeito, vivendo entre as obras dele, põem-se a procurá-lo, mas deixam-se seduzir pela aparência, pois é belo aquilo que se vê! 8Mesmo assim, nem a estes se pode perdoar: 9porque, se chegaram a tão vasta ciência, a ponto de investigarem o universo, como é que não encontraram mais facilmente o seu Senhor?
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 18 (19)
- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; 3o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
R: Os céus proclamam a glória do Senhor!
- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
R: Os céus proclamam a glória do Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 17, 26-37
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21, 28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida, vai perdê-la; e quem a perde, vai conservá-la. 34Eu vos digo: nessa noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado.' 37Os discípulos perguntaram: 'Senhor, onde acontecerá isso?' Jesus respondeu: 'Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São Romano, o Melodista (?-c. 560)
compositor de hinos - Hino de Noé
Deus espera a nossa conversão
Quando contemplo a ameaça suspensa sobre os culpados no tempo de Noé, tremo, eu que também sou culpado de pecados abomináveis. [...] O Criador começou por ameaçar os homens de então, porque esperava o tempo da sua conversão. Também para nós virá a hora final, que desconhecemos, e que até aos anjos foi ocultada (Mt 24,36). Nesse último dia, Cristo, o Senhor de antes dos séculos, virá cavalgando nas nuvens, para julgar a Terra, como viu Daniel (7,13). Antes de esta hora cair sobre nós, supliquemos-Lhe: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do Universo» [...]
O Amigo dos homens, vendo a maldade que então reinava, disse a Noé: «O fim de toda a humanidade chegou diante de Mim, pois ela encheu a Terra de violência. Vou exterminá-la juntamente com a Terra» (Gn 6,13); «só a ti reconheci como justo nesta geração» (Gn 7,1). Constrói uma arca de madeiras resinosas; [...] como matriz, ela carregará as sementes das espécies futuras. Fá-la-ás como uma casa, à imagem da Igreja. [...] Nela te guardarei, a ti, que Me rezas com fé: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!»
Com inteligência, o eleito cumpriu a sua obra [...], e pedia com fé aos homens sem fé: «Depressa! Saí do pecado, rejeitai a maldade, arrependei-vos! Lavai com lágrimas a mácula das vossas almas, reconciliai-vos pela fé no poder do nosso Deus [...].» Mas os filhos da rebelião não se converteram. À perversidade, acrescentaram ainda a dureza de coração. Então Noé implorou a Deus com lágrimas: «Fizeste-me nascer do seio da minha mãe; salva-me dentro desta arca. Porque vou fechar-me nesta espécie de sepultura mas, quando me chamares, dela sairei pela tua força! Nela, vou prefigurar desde agora a ressurreição de todos os homens, quando salvares os justos do fogo, como a mim me salvas das ondas do mal, arrancando-me do meio dos ímpios, eu que Te rezo com fé, a Ti, compassivo Juiz: 'Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!'»
Textos tirados do site Católico Orante: https://www.catolicoorante.com.br/
São Frediano 18/11
Primeira leitura: Sabedoria 18, 14-16; 19, 6-9
Leitura do Livro da Sabedoria:
14Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, 15a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; 16defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. 19,6Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. 7Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, 8por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. 9Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 104 (105)
- Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
- Matou na própria terra os primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
- Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 18, 1-8
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2'Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: `Faze-me justiça contra o meu adversário!' 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!'' 6E o Senhor acrescentou: 'Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Clímaco, monge do Monte Sinai
«A Escada Santa»
Deus, único mestre de oração
A oração é, quanto à sua natureza, a conversa e a união da alma com Deus; quanto à sua eficácia, é a conservação do mundo e a sua reconciliação com Deus, um ponto elevado acima das tentações, uma muralha contra as tribulações, a extinção das guerras, a alegria futura, a atividade que não cessa, a fonte das graças, a dadora dos carismas, um progresso invisível, o alimento da alma, a iluminação do espírito, o machado que corta o desespero, a expulsão da tristeza, a redução da ira, o espelho do progresso, a manifestação da nossa medida, o teste ao estado da nossa alma, a revelação das coisas futuras, o anúncio seguro da glória.
Tem coragem e terás o próprio Deus como mestre de oração. É impossível aprender a ver por meio de palavras, porque ver é um efeito da natureza. Assim também é impossível aprender a beleza da oração através dos ensinamentos de outros. A oração só se aprende na oração e o seu mestre é Deus, que ensina ao homem a ciência [...], que concede o dom da oração àquele que ora, que abençoa os anos dos justos.
Primeira leitura: Provérbios 31, 10-13.19-20.30-31
Leitura do Livro dos Provérbios:
10Uma mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as jóias. 11Seu marido confia nela plenamente, e não terá falta de recursos. 12Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias de sua vida. 13Procura ló e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos. 19Estende a mão para a roca e seus dedos seguram o fuso. 20Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre. 30O encanto é enganador e a beleza é passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor. 31Proclamem o êxito de suas mãos, e na praça louvem-na as suas obras!
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 127 (128)
- Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
- A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
- Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
Segunda leitura: Tessalonicenses 5, 1-6
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:
1Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. 2Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite. 3Quando as pessoas disserem: 'Paz e segurança!', então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto sobre a mulher grávida. E não poderão escapar. 4Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. 5Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. 6Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 25, 14-30
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; quem em mim permanece, esse dá muito fruto (Jo 15,4s);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 14Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: `Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. 21O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: `Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. 23O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: `Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence'. 26O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.' 28Em seguida, o patrão ordenou: `Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Crisóstomo
Presbítero de Antioquia, Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n.° 78, 2-3
A parábola dos talentos
Um dos servos diz: «Senhor, confiaste-me cinco talentos»; outro diz que lhe couberam dois a guardar. Reconhecem que receberam dele o meio de fazer o bem; dão-lhe testemunho de grande reconhecimento e prestam-lhe contas dos bens confiados. Que lhes responde o seu Senhor? «Muito bem, servo bom e fiel (porque o próprio da bondade é ver o seu próximo); porque foste fiel nas pequenas coisas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do Senhor.» Assim designa Jesus a beatitude completa.
Mas o que apenas tinha recebido um talento foi enterrá-lo. «Quanto a este servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes.» Repara, não é só o ladrão, o homem que procura enriquecer sem olhar a meios, aquele que faz o mal, que é castigado no fim; é também aquele que não faz o bem […]. Que são estes talentos, com efeito? São o poder de cada um, a autoridade de que se dispõe, a fortuna que se possui, o conselho que se pode dar e toda esta sorte de coisas. Que ninguém venha portanto dizer: só tenho um talento, nada posso fazer. Porque tu, mesmo com um único talento, podes agir de maneira louvável.
Texto tirado do site Católico Orante: https://www.catolicoorante.com.br/
Santo Edmundo 20/11
Primeira leitura: Macabeus 1, 10-15.41-43.54-57.62-64
Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus:
Naqueles dias: 10Brotou uma raiz iníqua, Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco. Estivera em Roma, como refém, e subiu ao trono no ano cento e trinta e sete da era dos gregos. 11Naqueles dias apareceram em Israel pessoas ímpias, que seduziram a muitos, dizendo: 'Vamos fazer uma aliança com as nações vizinhas, pois, desde que nos isolamos delas, muitas desgraças nos aconteceram'. 12Estas palavras agradaram, 13e alguns do povo entusiasmaram-se e foram procurar o rei, que os autorizou a seguir os costumes pagãos. 14Edificaram em Jerusalém um ginásio, de acordo com as normas dos gentios. 15Aboliram o uso da circuncisão e renunciaram à aliança sagrada. Associaram-se com os pagãos e venderam-se para fazer o mal. 41Então o rei Antíoco publicou um decreto para todo o reino, ordenando que todos formassem um só povo, obrigando cada um a abandonar seus costumes particulares. 42Todos os pagãos acataram a ordem do rei 43e inclusive muitos israelitas adotaram sua religião, sacrificando aos ídolos e profanando o sábado. 54No dia quinze do mês de Casleu, no ano cento e quarenta e cinco, Antíoco fez erigir sobre o altar dos sacrifícios a Abominação da desolação. E pelas cidades circunvizinhas de Judá construíram altares. 55Queimavam incenso junto às portas das casas e nas ruas. 56Os livros da Lei, que lhes caíam nas mãos, eram atirados ao fogo, depois de rasgados. 57Em virtude do decreto real, era condenado à morte todo aquele em cuja casa fosse encontrado um livro da Aliança, assim como qualquer pessoa que continuasse a observar a Lei. 62Mas muitos israelitas resistiram e decidiram firmemente não comer alimentos impuros. 63Preferiram a morte a contaminar-se com aqueles alimentos. E, não querendo violar a aliança sagrada, esses foram trucidados. 64Uma cólera terrível se abateu sobre Israel.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 118 (119)
- Apodera-se de mim a indignação, vendo que os ímpios abandonam vossa lei.
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
- Mesmo que os ímpios me amarrem com seus laços, nem assim hei de esquecer a vossa lei.
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
- Libertai-me da opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos!
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
- Meus opressores se aproximam com maldade; como estão longe, ó Senhor, de vossa lei!
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
- Como estão longe de salvar-se os pecadores, pois não procuram, ó Senhor, vossa vontade!
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
- Quando vejo os renegados, sinto nojo, porque foram infiéis à vossa lei.
R: Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 18, 35-43
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: 'Filho de Davi, tem piedade de mim!' 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41'O que queres que eu faça por ti?' O cego respondeu: 'Senhor, eu quero enxergar de novo.' 42Jesus disse: 'Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou.' 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.
Voto de Virgindade Perpétua
A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I.
A Prisão dos Irmãos
Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles.
A fé de Santa Cecília venceu a morte
As Frustradas tentativas de Almachio
Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça.
Páscoa
Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das m
Por: CN
Primeira leitura: Macabeus 7, 1.20-31
Leitura do segundo livro dos Macabeus:
Naqueles dias: 1Aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida. 20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor. 21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22'Não sei como aparecestes em minhas entranhas: não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos. 23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vós dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis'. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados. 25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: 'Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento. 28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia'. 30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: 'Que esperais? Não obedecerei às ordens do rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda a espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 16 (17)
- Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
- Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
- Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas, Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19, 11-28
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15, 16)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: 'Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um, e disse: 'Procurai negociar até que eu volte'. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: 'Nós não queremos que esse homem reine sobre nós'.15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais.' 17O homem disse: 'Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades'. 18O segundo chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais'. 19O homem disse também a este: 'Recebe tu também o governo de cinco cidades'. 20Chegou o outro empregado e disse: 'Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste'. 22O homem disse: 'Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, porque tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros'. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: 'Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil'. 25Os presentes disseram: 'Senhor, esse já tem mil moedas!' 26Ele respondeu: 'Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente'.' 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
São Clemente I é o terceiro sucessor de São Pedro como Bispo de Roma, depois de Lino e Anacleto. São Paulo o nomeia na Carta aos Filipenses: “Peço-vos que auxilieis também aqueles que, como Clemente e outros, comigo labutaram pelo Evangelho, cujos nomes estão escritos no livro da vida”. Com
Por: CN
Evangelho do dia: São Lucas 19, 41-44
Primeira leitura: Macabeus 2, 15-29
Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus:
Naqueles dias: 15Os delegados do rei Antíoco, encarregados de obrigar os judeus à apostasia, chegaram à cidade de Modin para organizarem os sacrifícios. 16Muitos israelitas aproximaram-se deles, mas Matatias e seus filhos ficaram juntos, à parte. 17Tomando a palavra, os delegados do rei dirigiram-se a Matatias, dizendo: 'Tu és um chefe de fama e prestígio na cidade, apoiado por filhos e irmãos. 18Sê o primeiro a aproximar-te e executa a ordem do rei, como fizeram todas as nações, os homens de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Tu e teus filhos sereis contados entre os amigos do rei. E sereis honrados, tu e teus filhos, com prata e ouro e numerosos presentes'. 19Com voz forte, Matatias respondeu: 'Ainda que todas as nações, incorporadas no império do rei, passem a obedecer-lhe, abandonando a religião de seus antepassados e submetendo-se aos decretos reais, 20eu, meu filhos e meus irmãos, continuaremos seguindo a aliança de nossos pais. 21Deus nos guarde de abandonarmos sua Lei e seus mandamentos. 22Não atenderemos às ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião nem para a direita nem para a esquerda'. 23Mal ele concluiu estas palavras, um judeu adiantou-se à vista de todos para oferecer um sacrifício no altar de Modin segundo a determinação do rei. 24Ao ver isso, Matatias inflamou-se de zelo e ficou profundamente indignado. Tomado de justa cólera, precipitou-se contra o homem e matou-o sobre o altar. 25Matou também o delegado do rei, que queria obrigar a sacrificar, e destruiu o altar. 26Ardia em zelo pela Lei, como Finéias havia feito com Zambri, filho de Salu. 27E Matatias saiu gritando em alta voz pela cidade: 'Quem tiver amor pela Lei e quiser conservar a aliança, venha e siga-me!' 28Então fugiu, ele e seus filhos, para as montanhas, abandonando tudo o que possuíam na cidade. 29Também muitos, seguidores da justiça e do direito, desceram para o deserto e ali se estabeleceram.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 49 (50)
- Falou o Senhor Deus, chamou a terra, do sol nascente ao sol poente a convocou. De Sião, beleza plena, Deus refulge.
R: A todos os que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
- 'Reuni à minha frente os meus eleitos, que selaram a Aliança em sacrifícios!' Testemunha o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.
R: A todos os que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
- Imola a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. Invoca-me no dia da angústia, e então te livrarei e hás de louvar-me'.
R: A todos os que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19, 41-44
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 41Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42'Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! 43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há oito bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos e de todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e abjurar da fé cristã.
A Chegada do Cristianismo no Vietnã
O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.
A vida do Santo André Dung-Lac
Santo André Dung-Lac
Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se vice-pároco, em Dongchuan, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo.
A Primeira Prisão
Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela primeira vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.
O Chamado para o Martírio
No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação.
Páscoa
Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitaçã
Por: CN
Evangelho do dia: São Lucas 19, 45-48
Primeira leitura: Macabeus 4, 36-37.52-59
Leitura do primeiro livro dos Macabeus:
36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: 'Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo'. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora, 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais colocaram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos. 59De comum acordo com os irmãos e toda a assembléia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 1Cr 29
- Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai. desde sempre e por toda a eternidade!R.
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
- A Vós pertencem a grandeza e o poder toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
- A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais! Toda glória e riqueza vêm de vós!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
- Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19, 45-48
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10, 27)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: 'Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões.' 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Missal Romano
Prefácio para a festa da dedicação de uma igreja
«A minha casa será uma casa de oração»
É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças sempre e em todo a parte,
Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente,
por Cristo, nosso Senhor.
Nesta casa que Tu nos deste
e onde acolhes o teu povo que caminha para Ti,
ofereces-nos um sinal maravilhoso da tua aliança:
aqui, constróis, para tua glória,
o templo vivo que somos nós;
aqui, edificas a Igreja, a tua Igreja universal,
para que se constitua o Corpo de Cristo;
e essa obra completar-se-á na visão beatífica
na Jerusalém celeste.
Por isso, com a multidão imensa dos santos,
neste lugar que Tu consagraste,
bendizemos-Te, glorificamos-Te
e damos-Te graças, cantando:
«Santo, Santo, Santo!
Senhor Deus do universo!»
Primeira leitura: Macabeus 6, 1-13
Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus:
Naqueles dias: 1O rei Antíoco estava percorrendo as províncias mais altas do seu império, quando ouviu dizer que Elimaida, na Pérsia, era uma cidade célebre por suas riquezas, sua prata e ouro, 2e que seu templo era fabulosamente rico, contendo véus tecidos de ouro e couraças e armas ali deixadas por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedônia, que fora o primeiro a reinar entre os gregos. 3Antíoco marchou para lá e tentou apoderar-se da cidade, para saqueá-la, mas não o conseguiu, pois seus habitantes haviam tomado conhecimento do seu plano 4e levantaram-se em guerra contra ele. Obrigado a fugir, Antíoco afastou-se acabrunhado, e voltou para a Babilônia. 5Estava ainda na Pérsia, quando vieram comunicar-lhe a derrota das tropas enviadas contra a Judéia. 6O próprio Lísias, tendo sido o primeiro a partir de lá à frente de poderoso exército, tinha sido posto em fuga. E os judeus tinham-se reforçado em armas e soldados, graças aos abundantes despojos que tomaram dos exércitos vencidos. 7Além disso, tinha derrubado a Abominação, que ele havia construído sobre o altar de Jerusalém. E tinham cercado o templo com altos muros, e ainda fortificado Betsur, uma das cidades do rei. 8Ouvindo as notícias, o rei ficou espantado e muito agitado. Caiu de cama e adoeceu de tristeza, pois as coisas não tinham acontecido segundo o que ele esperava. 9Ficou assim por muitos dias, recaindo sempre de novo numa profunda melancolia, e sentiu que ia morrer. 10Chamou então todos os amigos e disse: 'O sono fugiu de meus olhos e meu coração desfalece de angústia. 11Eu disse a mim mesmo: A que grau de aflição cheguei e em que ondas enormes me debato! Eu, que era tão feliz e amado, quando era poderoso! 12Lembro-me agora das iniqüidades que pratiquei em Jerusalém. Apoderei-me de todos os objetos de prata e ouro que lá se encontravam, e mandei exterminar sem motivo os habitantes de Judá. 13Reconheço que é por causa disso que estas desgraças me atingiram, e com profunda angústia vou morrer em terra estrangeira'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 9A (9)
- Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!
R: Cantarei de alegria, ó Senhor, pois me livrastes!
- Voltaram para trás meus inimigos, perante a vossa face pereceram; repreendestes as nações, e os maus perdestes, apagastes o seu nome para sempre.
R: Cantarei de alegria, ó Senhor, pois me livrastes!
- Os maus caíram no buraco que cavaram, nos próprios laços foram presos os seus pés. Mas o pobre não será sempre esquecido, nem é vã a esperança dos humildes.
R: Cantarei de alegria, ó Senhor, pois me livrastes!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 20, 27-40
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 27Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: 'Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela.' 34Jesus respondeu aos saduceus: 'Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor 'o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele.' 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: 'Mestre, tu falaste muito bem.' 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São Paciano de Barcelona, Bispo
Sermão sobre o batismo, 6; PL 13, 1093 (breviário)
Viver é Cristo
Assim, irmãos caríssimos, nunca mais morreremos. Ainda que este nosso corpo se dissolva, viveremos em Cristo, como Ele próprio diz: «Aquele que acredita em Mim, ainda que morra, viverá» (Jo 11,25). Temos a certeza, fundada no testemunho do Senhor, de que Abraão, Isaac e Jacob e todos os santos de Deus estão vivos. É o próprio Senhor que diz a respeito deles: «para Ele todos estão vivos, porque [Deus ] não é um Deus de mortos, mas de vivos»; e, falando de si próprio, o próprio Apóstolo afirma: «para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro. [...] Tenho o desejo de partir e estar com Cristo» (Fil 1,21-23). [...]
É esta a nossa fé, irmãos caríssimos. De resto, «se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens» (1Cor 15,19). A nossa vida terrena, como vós mesmos podeis observar, é semelhante à dos animais, das feras e das aves. O que é próprio do homem, o que Cristo nos deu pelo seu Espírito, é a vida eterna, desde que deixemos de pecar. Porque, assim como a morte vem por causa do pecado, assim nos livramos dela por meio da santidade; portanto, a vida perde-se com o pecado e salva-se com a santidade. «É que o salário do pecado é a morte; ao passo que o dom gratuito que vem de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rom 6,23).
Origens
São Leonardo, o grande missionário do século XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto Maurício, perto de Gênova, Itália, em 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio.
Vocação
Encontrou cedo sua vocação ao sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo, foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem Franciscana, no Convento de São Boaventura; e com 26 anos já era padre.
Vivenciou a riqueza do Evangelho
Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso, ocupou posições cada vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Foi devoto da Virgem Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose). São Leonardo era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma da adoração ao Jesus Eucarístico.
São Leonardo de Porto Maurício: grande apóstolo do exercício da Via-Sacra
Grande Franciscano
No século XVIII, foi o grande apóstolo do santo exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana. Por toda vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação das almas.
Admirável Pregador
Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo, que repassavam em suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para, depois, o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo “que nunca ouvira pregador mai
Por: CN
Primeira leitura: Ezequiel 34, 11-12.15-17
Leitura da Profecia de Ezequiel:
11Assim diz o Senhor Deus: Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta deles. 12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão. 15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar - oráculo do Senhor Deus - . 16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito. 17Quanto a vós, minhas ovelhas - assim diz o Senhor Deus - eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 22 (23)
- Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
- Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.
R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
- Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
Segunda leitura: Coríntios 15, 20-26.28
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 20Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 25, 31-46
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o reino que vem seja bendito; ao que vem e a seu reino, o louvor! (Mc 11,10);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: `Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar'. 37Então os justos lhe perguntarão: `Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?' 40Então o Rei lhes responderá: `Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!' 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: `Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'. 44E responderão também eles: `Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' 45Então o Rei lhes responderá: `Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!' 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna'.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 13
Rei e Senhor
Todos os homens são chamados ao novo povo de Deus. Por isso, este povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus, que [...] quis juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cf Jo 11,52). Foi para isto que Deus enviou o seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas (cf Heb 1,2), para ser Mestre, Rei e Sacerdote universal, cabeça do novo e universal povo dos filhos de Deus. Para isto, Deus enviou finalmente também o Espírito de seu Filho, Senhor e fonte de vida, o qual é para toda a Igreja e para cada um dos crentes princípio de agregação e de unidade na doutrina e na comunhão dos Apóstolos, na fração do pão e na oração (cf At 2,42).
E assim, o povo de Deus encontra-se entre todos os povos da Terra, já que de todos recebe os cidadãos, que o são dum reino não terreno mas celeste. Pois todos os fiéis espalhados pelo orbe comunicam com os restantes por meio do Espírito Santo [...]. Mas, porque o reino de Cristo não é deste mundo (cf Jo 18,36), a Igreja, ou seja, o povo de Deus, ao implantar este reino, não subtrai coisa alguma ao bem temporal de nenhum povo, mas, pelo contrário, fomenta e assume as qualidades, as riquezas, os costumes e o modo de ser dos povos, na medida em que são bons; e, assumindo-os, purifica-os, fortalece-os e eleva-os. Pois lembra-se de que lhe cumpre ajuntar-se com aquele Rei a quem os povos foram dados em herança (cf Sl 2,8), e dirigir-se para a cidade à qual levam dons e ofertas (cf Sl 71,10; Is 60,47; Apoc 21,24). Este carácter de universalidade que distingue o povo de Deus é dom do Senhor; por ele, a Igreja católica tende eficaz e constantemente à recapitulação total da humanidade com todos os seus bens, sob a cabeça, Cristo, na unidade do seu Espírito.
Primeira leitura: Daniel 1,1-6.8-20
Início da Profecia de Daniel:
1No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses. 3Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus. 5O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu serviço. 6Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar. 9Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhes: 'Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei'. 11Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12'Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados'. 14O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei. 16O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões. 18Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que havia em todo o reino.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo (Dn 3)
- Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória eternamente! Obras todas do Senhor, glorificai-o. A ele louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21, 1-4
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disto, ele disse: 'Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Crisóstomo
Presbítero de Antioquia, Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Sermão sobre o diabo tentador
«Na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».
Dou-te a conhecer os cinco caminhos da conversão: o primeiro é o arrependimento pelos nossos pecados; depois, o perdão concedido às ofensas do próximo; o terceiro consiste na oração; o quarto, na esmola; o quinto, na humildade. Não fiques, pois, inativo, mas toma cada dia todos estes caminhos. São caminhos fáceis e não podes apresentar como pretexto a tua miséria.
Pois, mesmo que vivas na maior pobreza, podes abandonar a cólera, praticar a humildade, rezar assiduamente e arrepender-te dos teus pecados [...]. Uma vez que estejas no caminho da conversão, dá o que possuis. Nem a pobreza nos impede de cumprir este mandamento: vemo-lo na viúva que deu as duas moedas que tinha.
Esta é a maneira decurarmos as nossas feridas: apliquemos, pois, estes remédios. Tendo retomado a saúde da alma, aproximar-nos-emos da mesa santa e, com muita glória, iremos ao encontro do Rei da glória, Cristo. Ganhemos os bens eternos pela graça, a misericórdia e a bondade de Jesus Cristo Nosso Senhor.
Primeira leitura: Leitura da Profecia de Daniel 2,31-45
Leitura da Profecia de Daniel:
Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34Estavas olhando, quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar, e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra. 36Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro. 39Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze, e dominará toda a terra. 40O quarto reino será forte como ferro; e assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço. 43Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá de certo ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo (Dn 3)
- Obras do Senhor, bendizei o Senhor. Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim! Céus do Senhor, bendizei o Senhor! Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Águas do alto céu, bendizei o Senhor! Potências do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21, 5-11
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 5Algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6'Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.' 7Mas eles perguntaram: 'Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer? 8Jesus respondeu: 'Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' - e ainda: 'O tempo está próximo.' Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim.' 10E Jesus continuou: 'Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Paulo II, Papa
Mensagem aos católicos da Áustria, Junho 1982
«Há de erguer-se povo contra povo»
Perante os múltiplos perigos e ameaças contra a existência da humanidade, os cristãos lutam, com toda a força da sua esperança e em união com todos os homens de boa vontade, por um futuro mais seguro, mais digno de ser vivido. Aliás, o que nos anima não é apenas uma esperança puramente terrena, mas é também, e sobretudo, a esperança que provém da fé, cujos fudamento e cujo objetivo são o próprio Deus: Deus que, em Cristo Jesus, disse o seu sim definitivo ao homem. Com a sua cruz e ressurreição, Cristo venceu todo o sofrimento e todas as calamidade do mundo, tornando-Se assim para todos nós sinal da esperança.
A esperança é uma virtude divina; é basicamente um dom que obtereis desde já [...] se o pedirdes inisistentemente a Deus, com os outros e pelos outros. [...] Nós, os cristãos, temos simultaneamente o dever de manifestar publicamente a nossa esperança e de a partilhar com os outros. Pelas nossas palavras e ações, ricas de esperança, ajudaremos os outros a vencerem o medo de viver, a resignação e a indiferença, e a terem confiança em Deus e nos homens. Como discípulos de Cristo [...], oferecereis ao Homem de hoje, cercado por mil ameaças e cheio de confusão, a palavra e a esperança que libertam.
Primeira leitura: Daniel 5, 1-6.13-14.16-17.23-28
Leitura da Profecia de Daniel:
Naqueles dias: O rei Baltasar ofereceu um grande banquete aos mil dignitários de sua corte, tomando vinho em companhia deles. 2Já embriagado, Baltasar mandou trazer os vasos de ouro e prata, que seu pai Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém, para beberem deles o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas. 3Foram, pois, trazidos os vasos de ouro e prata, retirados do templo de Jerusalém, e deles se serviram o rei e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; 4bebiam vinho e engrandeciam seus deuses de ouro e prata, de bronze e ferro, de madeira e pedra. 5Naquele mesmo instante, apareceram dedos de mão humana que iam escrevendo, diante do candelabro, sobre a superfície da parede do palácio, e o rei via os dedos da mão que escrevia. 6Alterou-se o semblante do rei, confundiram-se suas idéias e ele sentiu vacilarem os ossos dos quadris e tremerem os joelhos. 13Então Daniel foi introduzido à presença do rei, e este lhe disse: 'És tu Daniel, um dos cativos de Judá, trazidos de Judá pelo rei, meu pai? 14Ouvi dizer que possuis o espírito dos deuses, e que em ti se acham ciência, entendimento e sabedoria em grau superior. 16Ora, ouvi dizer também que sabes decifrar coisas obscuras e deslindar assuntos complicados; se, portanto, conseguires ler o escrito e dar-me sua interpretação, tu te vestirás de púrpura, e levarás ao pescoço um colar de ouro, e serás o terceiro homem do reino.' 17Em resposta, disse Daniel perante o rei: 'Fiquem contigo teus presentes e presenteia um outro com tuas honrarias; contudo, vou ler, ó rei, o escrito e fazer-te a interpretação. 23Tu te levantaste contra o Senhor do céu; os vasos de sua casa foram trazidos à tua presença e deles bebestes vinho, tu e os grandes do reino, suas mulheres e concubinas; ao mesmo tempo, celebravas os deuses de prata e ouro, de bronze e ferro, de madeira e pedra, deuses que não vêem nem ouvem, e nada entendem, - e ao Deus, que tem em suas mãos tua vida e teu destino, não soubeste glorificar. 24Por isso, foram mandados por ele os dedos da mão, que fez este escrito. 25Assim se lê o escrito que foi traçado: mâne, técel, pársin. 26E esta é a explicação das palavras: mâne: Deus contou os dias de teu reinado e deu-o por concluído; 27técel: foste pesado na balança, e achado com menos peso; 28pársin: teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas.'
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo (Dn 3)
- Lua e sol, bendizei o Senhor! Astros e estrelas, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Chuvas e orvalhos bendizei o Senhor! Brisas e ventos, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Fogo e calor, bendizei o Senhor! Frio e ardor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21, 12-19
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Origens
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus. De início, foi discípulo de João Batista, até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e, com São João, começou a segui-Lo. Santo André é reconhecido pela Liturgia como o “Protocleto”, ou seja, o primeiro a ser chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”.
O Abandono e o Seguimento de Cristo
A Liturgia conta que, quando Jesus se apresentou pela segunda vez na região do Jordão, onde João Batista batizava, ele exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. “No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus’” (João 1,35-36). André e João, ouvindo essas palavras, decidiram deixar tudo para seguir Cristo.
Evangelho
Santo André expressa-se no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele quem se coloca entre seu irmão Simão e Jesus. “Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)” (João 1,41).
Santo André: a ponte do Salvador
O Chamado de Jesus
Segundo a narrativa de São João, este foi o primeiro encontro de André com Jesus. Entretanto, André e Pedro não ficaram def
Por: CN
Primeira leitura: Romanos 10, 9-18
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos:
Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: "Todo aquele que nele crer não ficará confundido". 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo sem antes crer nele? E como crer sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir sem alguém que pregue? 15E como pregar sem ser enviado para isso? Assim é que está escrito: "Quão belos são os pés dos que anunciam o bem". 16Mas nem todos obedeceram à Boa-Nova. Pois Isaías diz: "Senhor, quem acreditou em nossa pregação?" 17Logo, a fé vem da pregação, e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois "a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo".
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 18 (19A)
- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite essa mensagem, a noite à noite publica essa notícia.
R: Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
R: Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 4, 18-22
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". 20Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai, Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles, imediatamente, deixaram a barca e o pai e o seguiram.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
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