Ano C - Abril 2022 - Evangelho, Santo e Salmo do dia
São Hugo 01/04
Dia 1º de Abril - Sexta-feira
IV SEMANA DA QUARESMA (Roxo Ofício do Dia) / Missa Volitiva - SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (branco Missal, pág. 946/382)
Salvai-me, ó Deus, por vosso nome, libertai-me por vosso poder. Deus, ouvi a minha oração, escutai as palavras que vos digo (Sl 53,3s).
Senhor Deus, revesti-nos das virtudes do coração de vosso Filho e inflamai-nos com seu amor, para que, assemelhando-nos a ele, possamos participar da redenção eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro da Sabedoria.
2 1 Dizem, com efeito, nos seus falsos raciocínios: "Curta é a nossa vida, e cheia de tristezas; para a morte não há remédio algum; não há notícia de ninguém que tenha voltado da região dos mortos".
12 "Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação.
13 Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor!
14 Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar.
15 Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes.
16 Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai.
17 Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte,
18 porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários.
19 Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência.
20 Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir".
21 Eis o que pensam, mas enganam-se, sua malícia os cega:
22 eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras.
Palavra do Senhor.
Do coração atribulado está perto o Senhor.
O Senhor volta a sua face contra os maus
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege,
e nenhum deles haverá de se quebrar.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.
Glória a Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 7 1 depois disso, Jesus percorria a Galiléia. Ele não queria deter-se na Judéia, porque os judeus procuravam tirar-lhe a vida.
2 Aproximava-se a festa dos judeus chamada dos Tabernáculos.
10 Mas quando os seus irmãos tinham subido, então subiu também ele à festa, não em público, mas despercebidamente.
25 Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: "Não é este aquele a quem procuram tirar a vida?
26 Todavia, ei-lo que fala em público e não lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram de fato as autoridades que ele é o Cristo?
27 Mas este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja".
28 Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: "Ah! Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou! Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, e vós não o conheceis.
29 Eu o conheço, porque venho dele e ele me enviou".
30 Procuraram prendê-lo, mas ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus, Pai de misericórdia, que na vossa imensa caridade nos destes o vosso Filho único, fazei que, formando com ele um só corpo, possamos oferecer-vos um culto digno de vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Elevado na cruz, entregou-se por nós com imenso amor. E de seu lado aberto pela lança fez jorrar, com a água e o sangue, os sacramentos da Igreja, para que todos, atraídos ao seu coração, pudessem beber, com perene alegria, na fonte salvadora. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos à multidão dos anjos e dos santos, cantando (dizendo) a uma só voz:
Temos a redenção em Cristo pelo seu sangue e, pela riqueza de sua graça, o perdão dos pecados (Ef 1,7).
Tendo participado do vosso sacramento de amor, imploramos, ó Deus, que, conformados ao Cristo na terra, nos associemos no céu à sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Padroeiro
Ocupa o encargo da Calábria (Itália) e da cidade de Pelotas (RS).
Milagre na infância
Nasceu em Paola, hoje província de Cosenza, em 27 de março de 1416. Acometido por um abcesso maligno no olho esquerdo, seus pais o confiaram à intercessão de Francisco de Assis: em caso de cura, a criança usaria, por um ano inteiro, o hábito franciscano. Foi o que aconteceu.
Descoberta vocacional
Perfeitamente curado, cumpriu o voto entrando para o convento de São Marcos Argentano, em Cosenza, com a idade de 15 anos; ali ele manifestou, imediatamente, fortes dons de piedade e inclinação à oração. Ao término da sua permanência no convento, fez uma verdadeira peregrinação, com seus pais, em busca de uma vida religiosa mais apropriada para si: esteve em Assis, Montecassino, Roma, Loreto e Monte Luco. Em Roma, perturbado pelas pompas da corte papal, comentou: “Nosso Senhor não era assim!”. Esse foi o primeiro indício do seu espírito reformador. Retornando à Paola, iniciou um período de vida eremítica em um lugar inacessível das propriedades da família. Aos poucos, outros, cada vez mais numerosos, se uniram à sua experiência, reconhecendo-o como guia espiritual.
Vida eremítica e construções
Com seus pais, construiu uma capela e três dormitórios. Em 1452, conseguiu a aprovação diocesana e a permissão para instituir um oratório, um mosteiro e uma igreja. Os próprios nobres da cidade de Paola, entusiasmados pela experiência de Francisco, contribuíram, como simples operários, para a conclusão das obras.
Aprovações papais
A fama da santidade de Francisco espalhou-se rapidamente. Em 1467, o Papa Paulo II enviou à Paola um emissário para saber notícias do eremita. Depois de apresentar uma relação positiva sobre o mosteiro, o próprio Legado pontifício decidiu aderir à comunidade.
Fundador
Em 17 de maio de 1474, o Papa Sisto IV reconheceu, oficialmente, a nova Ordem, que recebeu o nome de Congregação Paulina dos Eremitas de São Francisco de Assis. O reconhecimento da Regra, com o nome atual da Ordem dos Mínimos, ocorreu com o Papa Alexandre VI. Nessa nova Ordem, acrescentou aos três votos oficiais da Igreja, o quarto voto que seria o do jejum quaresmal. Da Quarta-feira de Cinzas até o Sábado Santo deveriam comer somente peixes, pães, verduras e água. Voto perpétuo de abstinência de carne vermelha.
Fatos Extraordinários
Amado e procurado como guia espiritual, Francisco também era considerado a única autoridade, capaz de se opor aos abusos da corte aragonesa no reino de Nápoles, colocando-se do lado dos pobres. Sobre eles, narra-se alguns fatos prodigiosos a ele atribuídos. Em 1464, ano de grave escassez, alguns operários se dirigiam à planície de Terranova para encontrar trabalho. No território de Galatro (Régio Calábria), depararam-se com São Francisco, que ia para a Sicília, a quem pediram um pouco de pão porque estavam famintos e nada tinham para comer. Então, Francisco lhes disse: “Mostrem-me seus alforjes porque dentro há pão”. E assim foi! Em seus pobres bornais os operários encontraram pão branquíssimo, fresquinho e quentinho. Quanto mais eles comiam, mais aumentavam os pães. Segundo outra narração, um barqueiro recusou-se transportar Francisco e seus companheiros para a Sicília. Então, o santo estendeu sua túnica sobre o mar e assim puderam atravessar o estreito. Outro “carisma”, atribuído ao santo eremita, foi uma profecia: ele previu que a cidade de Otranto cairia nas mãos dos turcos, em 1480, mas, depois, seria novamente conquistada pelo rei de Nápoles.
Do eremitério à Corte
Por meio dos mercadores napolitanos, a fama de Francisco chegou até à corte de Luís XI, na França. Enfermo, o rei pediu ao Papa Sisto IV para mandar o eremita a ir ter com ele em seu leito. Tanto o Papa como o rei de Nápoles notaram neste convite a possibilidade de vantagens políticas. Francisco, no entanto, obedeceu, com um pouco de desprazer, ao pedido do Papa, pois ele estava acostumado a seu eremitério e não se adaptaria facilmente à vida de corte. À sua chegada, o rei Luís XI ajoelhou-se aos seus pés, mas nunca recobrou sua saúde; porém, a presença do eremita na corte contribuiu para melhorar as relações entre o papado e a monarquia francesa. Ali, Francisco manteve encontros com pessoas simples, mas também com acadêmicos em busca de um guia espiritual.
Crescimento da Ordem
Francisco permaneceu 25 anos além dos Alpes, trabalhando a terra como camponês, mas a sua fama aumentava sempre mais como reformador e penitente. Com a agregação de alguns beneditinos e franciscanos, a Congregação mudou sua vida de eremita para a de cenobita. Tal reviravolta levou a fundação a contar com a Ordem Terceira Secular e, depois, com as Monjas. As respectivas regras foram aprovadas, definitivamente, por Júlio II, em 28 de julho de 1506.
Morte e canonização
Francisco de Paula morreu em Tours, em 2 de abril de 1507. Sua fama difundiu-se logo pela Europa, por meio dos três ramos da família dos Mínimos: frades, monjas e terciários. Foi canonizado em 1° de maio de 1519, apenas doze anos após a sua morte, durante o pontificado do Papa Leão X, do qual ele havia previsto sua eleição para o trono papal quando ainda era criança.
Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula – Pelotas (RS)
Além de Padroeiro da cidade de Pelotas, foi erigida a sua catedral com o patrocínio do santo. O lugar é enriquecido de pinturas compostas por artistas italianos, somado a isso, todos os anos comemora-se com devoção este santo.
Oração
Ó glorioso São Francisco de Paula, que tanto vos aprofundastes na humildade, único alicerce de todas as virtudes, alcançando por meio dela um grande prestígio junto de Deus, a tal ponto de jamais lhe terdes pedido graça alguma que prontamente não vos fosse concedida. Aqui venho aos vossos pés para suplicar-vos. Extinga do meu coração todo afeto de soberba, de vaidade e, em seu lugar, floresçam os preciosos frutos da humildade, para que possa ser verdadeiro devoto e imitador vosso; e merecer o grande patrocínio que de vossa eficaz intercessão espero. Rogo, para alcançar de Deus, a graça de que tanto necessito, desde que não seja contra a vontade do Altíssimo. Amém.
A minha oração
“Ó Francisco, grande milagreiro e exemplo de vida devota, ajudai-nos a viver uma vida profundamente piedosa. Ensina-nos o caminho da penitência e da pobreza que me cabe, mas sobretudo o amor e a santidade.”
São Francisco de Paula, rogai por nós!
Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 2 de abril:
- Santo Anfiano ou Apiano, mártir em Cesareia da Palestina. († 306)
- Santa Teodora, virgem de Tiro, Cesareia da Palestina. († 307)
- Santo Abúndio, bispo em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália. († 468)
- São Vítor, bispo em Cápua, na Campânia, também região da Itália. († 554)
- São Nicécio, bispo em Lião, na Gália, atualmente na França. († 573)
- Santo Eustásio, abade no mosteiro de Luxeuill, na Borgonha, também na atual França. († 629)
- São João Paine, presbítero e mártir em Chelmsford, na Inglaterra. († 1582)
- São Pedro Calungsod, catequista, e o Beato Diogo Luís de San Vítores, presbítero da Companhia de Jesus em Tom Gm, localidade da ilha de Guam, na Oceania. († 1672)
- Beato Leopoldo de Gaiche, presbítero da Ordem dos Frades Menores em Spoleto, na Úmbria, região da Itália. († 1815)
- São Domingos Tuoc, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir em Xuong Dien, no Tonquim, hoje no Vietnam. († 1839)
- Beata Isabel Vendramini, virgem em Pádua, no Vêneto, região da Itália.(† 1860)
- São Francisco Coll y Guitart, presbítero da Ordem dos Pregadores em Vich, cidade da Catalunha, na Espanha. († 1875)
- Beato Guilherme Apor, bispo e mártir em Gyor, na Hungria. († 1945)
- Beato Nicolau Carneckyj, bispo em Lviv, na Ucrânia. († 1959)
- beata Maria de São José Alvarado (Laura Alvarado Cardozo), virgem, que fundou a Congregação das Agostinhas Recoletas do Sagrado Coração em Maracay na Venezuela. († 1967)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]
- Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 2 de Abril - Sábado
IV SEMANA DA QUARESMA* (Roxo Ofício do Dia)
As ondas da morte me cercavam, tragavam-me as torrentes infernais; na minha angústia, chamei pelo Senhor, de seu templo ouviu a minha voz (Sl 17,5ss).
Ó Deus, na vossa misericórdia, dirigi os nossos corações, pois, sem o vosso auxílio, não vos podemos agradar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Jeremias.
11 18 Instruído pelo Senhor, eu o desvendei. Vós me fizestes conhecer seus intentos.
19 E eu, qual manso cordeiro conduzido à matança, ignorava as maquinações tramadas contra mim: “destruamos a árvore em seu vigor. Arranquemo-la da terra dos vivos, e que seu nome caia no esquecimento”.
20 Vós sois, porém, Senhor dos exércitos, justo juiz que sondais os rins e os corações. Serei testemunha da vingança que tomarei deles e a vós confio minha causa.
Palavra do Senhor.
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio;
vinde salvar-me do inimigo, libertai-me!
Não aconteça que agarrem minha vida
como um leão que despedaça a sua presa,
sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!
Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço
e segundo a inocência que há em mim!
Ponde um fim à iniqüidade dos perversos
e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça,
vós que sondai os nossos rins e corações.
O Deus vivo é um escudo protetor
e salva aqueles que têm reto coração.
Deus é juiz e ele julga com justiça,
mas é um Deus que ameaça cada dia.
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
7 40 Ouvindo Jesus falar, alguns daquela multidão diziam: “Este é realmente o profeta”.
41 Outros diziam: “Este é o Cristo”. Mas outros protestavam: “É acaso da Galileia que há de vir o Cristo?
42 Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?”
43 Houve por isso divisão entre o povo por causa dele.
44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos.
45 Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?”
46 Os guardas responderam: “Jamais homem algum falou como este homem!”
47 Replicaram os fariseus: “Porventura também vós fostes seduzidos?
48 Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele?
49 Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!”
50 Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar:
51 “Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz?”
52 Responderam-lhe: “Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galileia não saiu profeta”.
53 E voltaram, cada um para sua casa.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus, pelas oferendas que vos apresentamos, possamos ser reconciliados convosco, e nossas vontades mesmo rebeldes, sejam reconduzidas a vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Pelo sangue precioso de Cristo, cordeiro sem mancha e sem defeito, fomos resgatados (1Pd 1,19).
Nós vos pedimos, ó Deus, que o vosso sacramento nos purifique e possamos agradar-vos, graças à ação do seu poder. Por Cristo, nosso Senhor.
Francisco de Paula nasceu na Itália em 1416 e faleceu na França em 1507. Desde Jovem, sentiu forte desejo de abraçar a espiritualidade franciscana. Fundou a Ordem dos Mínimos, assentada em regime rigoroso de oração e penitência. Embora fosse eremita, não deixava de atender a todos, principalmente os pobres, que o procuravam sem cessar. A seu exemplo, pratiquemos a humildade e intensa vida de comunhão com Deus. Oração: Ó Deus, que exaltais os humildes, vós elevastes à glória dos vossos santos São Francisco de Paula. Auxiliados por seus méritos e seguindo o seu exemplo, possamos alcançar o prêmio que prometestes aos humildes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 3 de Abril - Domingo
V DOMINGO DA QUARESMA (Roxo, Creio I Semana do Saltério)
A mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro (Sl 42,1s).
Senhor nosso Deus, dai-nos, por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Isaías.
16Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas;
17que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se:
18“Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos.
19Eis que eu farei coisas novas e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca.
20Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos.
21Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores”.
Palavra do Senhor.
Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar;
Encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!”
Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto.
Os que lançam as sementes entre lágrimas ceifarão com alegria.
Chorando de tristeza, sairão, espalhando suas sementes;
Cantando de alegria, voltarão, carregando os seus feixes!
Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses.
Irmãos, 8na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, eu perdi tudo. Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, 9não com minha justiça provindo da Lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé. 10Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força da sua ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, 11para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos. 12Não que já tenha recebido tudo isso ou que já seja perfeito. Mas corro para alcançá-lo, visto que já fui alcançado por Cristo Jesus. 13Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. 14Corro direto para a meta, rumo ao prêmio que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.
Agora, eis o que diz o Senhor: de coração convertei-vos a mim, pois sou bom, compassivo e clemente (Jl 2,12s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”. – Palavra da salvação.
Sobre as Oferendas
Deus todo-poderoso, concedei aos vossos filhos e filhas que, formados pelos ensinamentos da fé cristão, sejam purificados por este sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.
Mulher, ninguém te condenou? - Ninguém, Senhor. - Nem eu te condeno. Vai, não peques mais! (Jo 8, 10s)
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que sejamos sempre contados entre os membros de Cristo, cujo Corpo e Sangue comungamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Berço
Nasceu numa família hispânica-romana muito cristã. Seu pai chamava-se Severiano, foi prefeito de Cartagena e a administrava dentro dos preceitos católicos. Sua mãe, com o nome de Teodora, educou os filhos dentro da fé cristão católica. Como fruto, quatro deles foram elevados aos altares da Igreja: Isidoro (4/4), Fulgêncio (14/1), Leandro (27/2) e Florentina (20/6).
Vida cotidiano
Teve como referencial de vida a figura do irmão Leandro, pois o pai falecera cedo. Formou-se em Sevilha, estudando o latim, grego e hebraico. Ordenou-se sacerdote e, mais tarde, como bispo, sucedeu seu irmão como Bipo de Sevilha por quase quatro décadas.
Fragilidade
Isidoro, quando iniciou os seus estudos, teve muitas dificuldades de aprendizagem, inclusive gazeando aulas, trazendo grande preocupação para a família e os professores. Conta-se que, observando certa vez num poço, como as frágeis cordas fizeram sulcos profundos na dura rocha, tirou uma grande lição. E a Divina Providência completou a obra, tornando-o como homem mais sábio de sua época.
Via de santificação
Dedicou a vida aos estudos, sendo autor de numerosos livros que tratam de todo o ser humano, da agronomia à medicina, da teologia à economia doméstica.
Trabalhou na conversão dos visigodos arianos, foi responsável pela conversão dos judeus espanhóis.
Como bispo, organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários.
Presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importante para a Igreja.
Referência na Igreja
Foi chamado “Pai dos Concílios” e “mestre da Igreja” da Idade Média.
Morte
No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando dele, dividiu os seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu, pela última vez, a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.
Doutor da Igreja
Em 1722, foi proclamado pelo Papa Bento XIV Santo Isidoro de Sevilha, doutor da Igreja.
Oração
Ouvi, ó Deus, as nossas preces na comemoração de Santo Isidoro, para que a sua intercessão ajude a Igreja, por ele alimentada com a vossa doutrina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 4 de abril:
- São Caetano Catanoso, presbítero, que fundou a Congregação das Irmãs Verónicas da Santa Face para assistência dos pobres e dos marginados, na Itália († 1953).
- Santos mártires Agatópodo, diácono, e Teódulo, leitor, que pela sua confissão da fé cristã, sob o regime do imperador Maximiano, por ordem do prefeito Faustino, foram lançados ao mar com uma pedra atada ao pescoço, na Grécia († s. IV in.).
- Santo Ambrósio, bispo, que no dia de Sábado Santo, foi ao encontro de Cristo triunfante. A sua memória celebra-se a 7 de dezembro, dia da sua ordenação na Itália († 397).
- São Platão, hegúmeno, que combateu durante vários anos os opositores ao culto das sagradas imagens e com seu sobrinho São Teodósio Studita instituiu o célebre mosteiro de Stúdion, na Turquia († 814).
- São Pedro, bispo que favoreceu os inícios da Ordem de Fontevralt e, injustamente removido da sua sede, morreu exilado em Chauvigny, na atual França († 1115).
- São Guilherme Cuffitélli, eremita que, abandonando a paixão pela caça, passou 57 anos na solidão e na pobreza, na Sicília, região da Itália († 1411)
- São Bento Massarári, chamado o Negro por causa da cor da pele, foi eremita e depois religioso na Ordem dos Frades Menores, sempre humilde em todas as circunstâncias e cheio de confiança na divina providência, na Sicília, região da Itália († 1589).
- Beato José Bento Dusmet, bispo da Ordem de São Bento, promoveu diligentemente o culto divino, a instrução cristã do povo e o zelo do clero; e na epidemia da peste, prestou grande auxílio aos enfermos, na Sicília, região da Itália († 1894).
Fontes:
- Missal cotidiano
- Martirológio Romano – um Santo para cada dia
- site da Arquidiocese de São Paulo
– Pesquisa e redação: Isidoro Paula da Silva – SDB Salesiano de Dom Bosco – Inspetoria Sul
– Produção: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 4 de Abril - Segunda-feira
V SEMANA DA QUARESMA (Roxo, Prefácio da Quaresma I Ofício do Dia)
Tende piedade de mim, Senhor, pois me atormentam; todos os dias me oprimem os agressores (Sl 55,2).
Ó Deus, que pela vossa graça inefável nos enriqueceis de todos os bens, concedei-nos passar da antiga è nova vida, preparando-nos assim para o Reino da glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo. Amém.
Leitura da profecia de Daniel – (a forma breve está entre colchetes a partir do versículo 41).
Naqueles dias, 1na Babilônia vivia um homem chamado Joaquim. 2Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, que era muito bonita e temente a Deus. 3Também os pais dela eram pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés. 4Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5Ora, naquele ano, tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia dito: “Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por condutores do povo”. 6Eles frequentavam a casa de Joaquim, e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles. 7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar de seu marido. 8Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear e acabaram por se apaixonar por ela. 9Ficaram desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos julgamentos. 15Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas. E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. 16Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos, que estavam escondidos e a espreitavam. 17Então ela disse às empregadas: “Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho”. 19Apenas as empregadas tinham saído, os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: 20“Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo. Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! 21Caso contrário, deporemos contra ti que um moço esteve aqui e que foi por isso que mandaste embora as empregadas”. 22Gemeu Susana, dizendo: “Estou cercada de todos os lados! Se eu fizer isso, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!” 24Então, ela pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela. 25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. 26As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo. 27Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana. 28No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo reunido: 29“Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim!” E foram chamá-la. 30Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de todos os seus parentes. 33Os que estavam com ela e todos os que a viam, choravam. 34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. 35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois seu coração tinha confiança no Senhor. 36Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento: “Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as servas embora. 37Então, veio ter com ela um moço, que estava escondido, e com ela se deitou. 38Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos essa infâmia. Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas, fugiu. 40A ela, porém, agarramos e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer. Disso nós somos testemunhas”.
[41A assembleia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte. 42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!” 44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente de nome Daniel. 46E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue dessa mulher!” 47Todo o povo, então, voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é essa que acabas de dizer?” 48De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? 49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!” 50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Tu não farás morrer o inocente e o justo!’ 54Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”. 55Daniel replicou: “Mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas, por medo, sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!” 60Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.]
Palavra do Senhor.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes, ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo;
Com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida;
E na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos.
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, / mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 12disse Jesus aos fariseus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. 13Então os fariseus disseram: “O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti mesmo”. 14Jesus respondeu: “Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis donde venho nem para onde vou. 15Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, 16e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai, que me enviou. 17Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. 18Ora, eu dou testemunho de mim mesmo e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim”. 19Perguntaram então: “Onde está o teu Pai?” Jesus respondeu: “Vós não conheceis nem a mim nem o meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. 20Jesus disse estas coisas enquanto estava ensinando no templo, perto da sala do tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.
Palavra da salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei-nos, ó Deus, que, ao celebrarmos os santos mistérios, apresentemos como fruto da penitência corporal a alegria e a pureza do espírito. Por Cristo, nosso Senhor.
Eu sou a Luz do mundo, diz o Senhor: aquele que me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8, 12)
Revigorados, Ó Deus, pelos benefícios deste sacramento, nós vos pedimos que ele nos purifique sempre dos vícios, para que, seguindo a Cristo, corramos ao vosso encontro. Por Cristo, nosso Senhor.
Isidoro nasceu por volta do ao 560, na Espanha, e lá faleceu em 636. Foi bispo e promoveu os estudos teológicos, a liturgia e a legislação canônicas, tornando-se renomado mestre em sua época. Escreveu várias "enciclopédias", principalmente para a formação do clero. É doutor da Igreja. Que seu empenho pastoral incentive os líderes da Igreja a investir seriamente na formação religiosa do povo. Oração: Ouvi, ó Deus, as nossas preces na comemoração de Santo Isidoro, para que sua intercessão ajude a Igreja, por ele alimentada com a vossa doutrina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo. Amém.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Naturalidade e despertar vocacional
Nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Seu pai era um tabelião que se chamava Guilherme Ferrer, e sua mãe se chamava Constância Miguel. Veio de um berço nobre na sua época, porém passou sua infância e juventude muito próximo aos Padres Dominicanos, que tinham um convento muito perto de sua casa.
Sonho profético da mãe
Ainda antes de nascer, sua mãe teve um sonho, onde ela via a grandeza do futuro de seu filho. Por ter muita proximidade com os padres Dominicanos, logo percebeu sua vocação, e então com 17 anos pediu ingresso na Ordem dos Pregadores (Dominicanos).
Vida Religiosa
Ingressou na vida religiosa assim bem jovem e professou os votos com 18 anos. Após a sua ordenação, por ser um pregador com um dom muito especial, começou a peregrinar por toda a Europa.
Vivendo em tempos difíceis
Viveu em um período difícil da história da Igreja, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas eram capazes de intervir fortemente nas eleições papais. Chegando até o Grande Cisma da Igreja do Ocidente, que durou quase 40 anos.
Um grande pregador
Recebeu do Senhor, em sonho, o chamado para pregar durante 20 anos por boa parte da Europa. Andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões. Fazendo tudo isso de modo muito simples, andando por todas essas cidades montado num burro, porém sempre com a revelação de um Dom extraordinário que era o da pregação. Isso fazia ter com ele sempre homens, mulheres e crianças, clérigos, teólogos que o acompanhavam pelo caminho. Pregava com muita paixão fervor. Além disso, mortificava-se e buscava penitências para ter mais tempo para a oração.
O objetivo da sua pregação
Queria com suas pregações defender sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Era apelidado de “anjo do Apocalipse”, pois pregava sobre o iminente fim dos tempos e dos eventos que o precederiam, chamando todos à conversão, para a salvação de suas almas.
Um ensinamento
“A respeito do próximo, exerça estas outras sete disposições: tenra compaixão, alegria jubilosa, tolerância paciente e perdão das injúrias, afabilidade repleta de boa vontade, respeito humilde, concórdia perfeita, doação da sua vida sob o exemplo de Jesus. Como Ele, você estará pronto para doar-se aos seus irmãos”. (dos escritos de São Vicente Ferrer)
Milagre em vida
Contemporâneos de São Vicente Ferrer relatam que milhares de pessoas se reuniam para ouvi-lo, e o fato mais impressionante é que até mesmo pessoas que não falavam a sua língua o entendiam.
Certa vez, uma mulher judia, que durante uma de suas pregações na igreja de Ecija, Espanha, saiu durante um dos sermões falando com sarcasmo e todos os presentes ficaram com raiva. Mas São Vicente disse para que a deixassem sair, porém que se afastasse dela. O povo obedeceu, deixando-a passar até o pórtico, quando o telhado caiu sobre ela, e ela veio a falecer ali mesmo. Permanecendo morta por algum tempo e espanto de todos, São Vicente caminhou até o corpo da mulher e ordenou com voz forte: “Mulher, em nome de Jesus Cristo, volte à vida!” E esta ressuscitou. Todos ficaram maravilhados! Após o milagre, a senhora se converteu ao catolicismo. O fato se tornou conhecido, e durante muito tempo se fizeram procissões até o local do milagre.
Morte e Canonização
São Vicente Ferrer morreu em viagem – mas já era venerado como Santo pelo povo da época. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, em 3 de junho de 1455, na igreja dominicana de Santa Maria Sopra Minerva, Roma.
Minha Oração
“Oh Deus, que concedestes a São Vicente Ferrer ter uma vida conduzida pelo fervor e desejo de anunciar o teu Reino Glorioso e a necessidade de conversão, para a salvação de nossas almas. Concedei-me, eu vos peço, que eu também possa viver uma vida em expectativa da iminente volta do Cristo, com a ousadia e fervor para também pregar a sua Palavra em vista da salvação e conversão de tantos que ainda não te conhecem. Para a maior Glória de Deus. Amém.”
São Vicente Ferrer, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 5 de abril:
- Beato Mariano da Mata Aparício, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, em São Paulo, no Brasil († 1983).
- Santa Irene, virgem e mártir que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as suas irmãs Ágape e Quiónia, na Grécia († 304)
- Santa Ferbuta, viúva, irmã de São Simeão, bispo, a qual, juntamente com a sua serva, sofreu o martírio no reinado de Sapor II, no Iraque († c. 342).
- Cento e onze homens e nove mulheres, mártires, que, reunidos de vários lugares nas cidades régias da Pérsia, por recusarem firmemente negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei, no Iraque († 344).
- Santos mártires que, na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num dia da Páscoa; entre eles estava o leitor, que foi atravessado por uma flecha na garganta quando cantava do púlpito o «Aleluia», na Argélia († s. V).
- São Geraldo, abade, que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta, na França († 1095).
- Santo Alberto, bispo, que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à solicitude pelo bem comum dos pobres, na Itália († 1127).
- Santa Juliana, virgem da Ordem de Santo Agostinho, que tinha sido prioresa do mosteiro de Mont-Cornillon, em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e humano, promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa, na França († 1258).
- Santa Catarina Tomás, virgem, que, entrando na Ordem das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si mesma e na abnegação da sua vontade, na Espanha († 1574).
- Santa Maria Crescência Höss, virgem da Ordem Terceira de São Francisco, que procurou comunicar aos outros o fogo do Espírito Santo que nela ardia, na Alemanha († 1744).
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- franciscanos.org.br
– Pesquisa: Vinícius Fonsêca – Comunidade Canção Nova – São José dos Campos (SP)
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 5 de Abril - Terça-feira
V SEMANA DA QUARESMA (Roxo, Prefácio da Quaresma I Ofício do Dia)
Espera no Senhor e sê corajoso! Fortifique-se teu coração; espera no Senhor! (Sl 26,14)
Concedei-nos, ó Deus, perseverar no vosso serviço para que, em nossos dias, cresça em número e santidade o povo que vos serve. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro dos Números.
21 4 Partiram do monte Hor na direção do mar Vermelho, para contornar a terra de Edom.
5 Mas o povo perdeu a coragem no caminho, e começou a murmurar contra Deus e contra Moisés: “Por que, diziam eles, nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento.”
6 Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos.
7 O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes.” Moisés intercedeu pelo povo,
8 e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.”
9 Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.
Palavra do Senhor.
Ouvi, Senhor, e escutai minha oração,
e chegue até vós o meu clamor.
Ouvi, Senhor, e escutai minha oração,
e chegue até vós o meu clamor!
De mim não oculteis a vossa face
no dia em que estou angustiado!
Inclinai o vosso ouvido para mim,
ao invocar-vos, atendei-me sem demora!
As nações respeitarão o vosso nome,
e os reis de toda a terra, a vossa glória;
quando o Senhor reconstruir Jerusalém
e aparecer com gloriosa majestade,
ele ouvirá a oração dos oprimidos
e não desprezará a sua prece.
Para as futuras gerações se escreva isto,
e um povo novo a ser criado louve a Deus.
Ele inclinou-se de seu templo nas alturas,
e o Senhor olhou a terra do alto céu,
para os gemidos dos cativos escutar
e da morte libertar os condenados.
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
8 21 Jesus disse aos judeus fariseus: “Eu me vou, e procurar-me-eis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”.
22 Perguntavam os judeus: “Será que ele se vai matar, pois diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?”
23 Ele lhes disse: “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
24 Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado; porque, se não crerdes o que eu sou, morrereis no vosso pecado”.
25 “Quem és tu?”, perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: “Exatamente o que eu vos declaro.
26 Tenho muitas coisas a dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que dele ouvi eu o digo ao mundo”.
27 Eles, porém, não compreenderam que ele lhes falava do Pai.
28 Jesus então lhes disse: “Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou.
29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado”.
30 Tendo proferido essas palavras, muitos creram nele.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício que nos reconcilia convosco, para que perdoeis os nossos pecados e orienteis os corações vacilantes. Por Cristo, nosso Senhor.
Quando eu for exaltado da terra, diz o Senhor, atrairei a mim todas as coisas (Jo 12,32).
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, desejando continuamente os vossos dons, nos aproximemos sempre mais dos bens celestes. Por Cristo, nosso Senhor.
Vicente nasceu em 1350 na Espanha e faleceu na França em 1419. Foi padre dominicano, destacando-se por sua incansável e inflamada pregação em grande parte da Europa. Empenhou -se vivamente em favor da unidade da Igreja. A comemoração deste santo nos motive a, cada vez mais, conhecer e pôr em prática o Evangelho. Oração: Ó Deus, que suscitastes na Igreja o presbítero São Vicente Ferrer para a pregação do vosso Evangelho, dai-nos a alegria de contemplar no céu o Cristo, nosso rei, cuja vinda como juiz foi por ele anunciada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 6 de Abril - Quarta-feira
V SEMANA DA QUARESMA (Roxo, Prefácio da Paixão I Ofício do dia da I Semana)
Vós me livrais, Senhor, de meus inimigos; vós me fazeis suplantar o agressor e do homem violento me salvais! (17,48s)
Ó Deus de misericórdia, iluminai nossos corações purificados pela penitência. E ouvi com paternal bondade aqueles a quem dais o afeto filial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura da profecia de Daniel.
Naqueles dias, 3 14 Nabucodonosor disse-lhes: "É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que recusais o culto a meus deuses e a adoração à estátua de ouro que erigi?
15 Pois bem, estais prontos, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, a vos prostrardes em adoração diante da estátua que eu fiz? Se não o fizerdes, sereis precipitados de relance na fornalha ardente; e qual é o deus que poderia livrar-vos de minha mão?"
16 Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: "De nada vale responder-te a esse respeito.
17 Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, ó rei, de tua mão.
18 E mesmo que não o fizesse, saibas, ó rei, que nós não renderemos culto algum a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste".
19 Então a fúria de Nabucodonosor desencadeou-se contra Sidrac, Misac e Abdênago; os traços de seu rosto alteraram-se e ele elevou a voz para ordenar que se aquecesse a fornalha sete vezes mais que de costume.
20 Depois deu ordem aos soldados mais vigorosos de suas tropas para amarrar Sidrac, Misac e Abdênago, e jogá-los na fornalha ardente.
49 Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo.
91 Então Nabucodonosor, admirado, levantou-se precipitadamente, dizendo a seus conselheiros: "Não foram três homens amarrados que jogamos no fogo?" "Certamente, majestade", responderam.
92 "Pois bem", replicou o rei, "eu vejo quatro homens soltos, que passeiam impunemente no meio do fogo; o quarto tem a aparência de um filho dos deuses".
95 Nabucodonosor tomou a palavra: "Bendito seja, disse, o Deus de Sidrac, de Misac e de Abdênago! Ele enviou seu anjo para salvar seus servos, os quais, depositando nele toda a sua confiança, e transgredindo as ordens do rei, preferiram expor suas vidas a se prostrarem em adoração diante de um deus que não era o seu".
Palavra do Senhor.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, nome santo e glorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
No templo santo onde refulge a vossa glória.
A vós louvor honra e glória eternamente!
E em vosso trono de poder vitorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, que sondais as profundezas.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
E superior aos querubins vos assentais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito no celeste firmamento.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Obras todas do Senhor, glorificai-o.
A ele louvor, honra e glória eternamente!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor.
Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 8 31 E Jesus dizia aos judeus que nele creram: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos;
32 conhecereis a verdade e a verdade vos livrará".
33 Replicaram-lhe: "Somos descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém. Como dizes tu: Sereis livres?"
34 Respondeu Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo.
35 Ora, o escravo não fica na casa para sempre, mas o filho sim, fica para sempre.
36 Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
37 Bem sei que sois a raça de Abraão; mas quereis matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós.
38 Eu falo o que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai".
39 "Nosso pai", replicaram eles, "é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
40 Mas, agora, procurais tirar-me a vida, a mim que vos falei a verdade que ouvi de Deus! Isso Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras de vosso pai". Retrucaram-lhe eles: "Nós não somos filhos da fornicação; temos um só pai: Deus".
42 Jesus replicou: "Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou".
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas que nos destes a fim de que, oferecidas em vossa honra, possam tornar-se remédio para nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Deus nos transportou para o reino do seu Filho amado, no qual temos a redenção pelo seu sangue, o perdão dos pecados (Cl 1,13s).
Ó Deus, que o sacramento recebido nos seja um remédio do céu, para que expulse os vícios de nossos corações e nos mantenha sob a vossa proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Destaques de sua vida
Nascido em 30 de abril de 1651, na França. Deus quis que La Salle fosse o primogênito de uma nobre família de 10 filhos. Recebeu como testemunho dos pais uma formação cristã desde cedo. Ficou órfão muito cedo, fazendo com que ele ficasse responsável por seus irmãos, porém, isso em nada impediria sua sólida formação, em vista do sacerdócio. Atuou como cônego da Catedral de Reims, cidade natal, com apenas 15 anos de idade, e, em 1678, foi ordenado.
Chamado à educação
Desde pequeno, a vocação à educação era formada em seu interior. Pouco tempo após a sua ordenação e a obtenção do título de doutor em teologia, passa a compor a direção da mesma universidade onde foi estudante, mas é no encontro com Adriano Nyel, um leigo que tinha o desejo de iniciar uma instituição para a educação dos jovens, La Salle assume conjuntamente essa missão pela educação dos jovens.
Início da congregação
Depois de um tempo trabalhando na educação dos jovens, percebe que o ensino oferecido pelos professores não é suficiente, por conta de um certo despreparo e falta de qualificação. Decide então chamar os professores e ir morar com eles, a fim de garantir uma melhor formação em todas áreas. Posteriormente, funda a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que encontra inicialmente forte oposição por parte do clero da época, que não aceitava a formação de um novo modo de vida religiosa.
A “Congregação do Santo” no Brasil
A presença Lassalista, como também são conhecidos, no Brasil iniciou em 1907. As unidades educativas e de assistência social em que os Irmãos atuam estão presentes em nove estados brasileiros e no Distrito Federal, atendendo a mais de 47 mil alunos com o trabalho de mais de 5 mil educadores.
Morte e canonização
É na Sexta-feira Santa de 1719, dia 7 de abril, que São João Batista La Salle faleceu em Ruã, sendo sepultado na Igreja de São Severo.
Em 1900 é proclamado santo pelo Papa Leão XIII. E em 1950 é proclamado patrono universal dos educadores pelo Papa Pio XII.
A minha oração
“Senhor Jesus, São João Batista de La Salle, ousou seguir a inspiração que recebeu de Deus, iniciando uma nova congregação religiosa. Que cada pessoa que lê esse post obedeça a direção que o Senhor dá, a cada um, em seu coração. Amém.”
São João Batista de La Salle, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 7 de abril:
- Beata Maria Assunta Pallotta, virgem das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que, ocupando-se dos serviços humildes, levou uma vida simples e oculta pelo reino de Cristo, na China († 1905)
- Santo Hegesipo, que viveu em Roma no tempo dos papas Aniceto e Eleutério e escreveu em linguagem simples a história da Igreja, desde a Paixão do Senhor até ao seu tempo. († c. 180)
- São Pelúsio, presbítero e mártir, na Alexandria, no Egipto († d. inc.)
- Santos mártires Teodoro, bispo, Ireneu, diácono, Serapião e Amónio, leitores, na Líbia († s. IV)
- São Caliópio, mártir, na atual Turquia († s. IV)
- Duzentos santos mártires, soldados, na atual Turquia († s. IV)
- São Jorge, bispo, que, no tempo do imperador Leão o Arménio, suportou muitos tormentos por defender o culto das sagradas imagens, na Grécia († 816)
- Santo Aiberto, presbítero e monge, que todos os dias recitava na solidão, de joelhos ou prostrado em terra, todo o Saltério, e aos penitentes que a ele acorriam administrava a divina misericórdia, na França († 1140)
- Santo Hermano José, presbítero, que resplandeceu pelo seu terno amor para com a Virgem Maria e celebrou com hinos e cânticos a devoção ao divino Coração de Jesus, na Alemanha († 1241/1252)
- Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, foram presos e cruelmente atormentados por causa do seu sacerdócio e, finalmente, conduzidos ao patíbulo, enforcados e dilacerados, alcançaram a coroa eterna, na Inglaterra († 1595)
- Beatos mártires Eduardo Oldcorne, presbítero, e Rodolfo Asley, religioso, ambos da Companhia de Jesus, na Inglaterra († 1606)
- São Pedro Nguyen Van Luu, presbítero e mártir, que, no tempo do imperador Tu Duc, foi condenado à pena capital e morreu com alegria no patíbulo, no Vietnam († 1861)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- irmaosdelasalle.org
- arquisp.org.br
- diocesedeblumenau.org.br
– Pesquisa: Renato Wenceslau – candidato às ordens sacras – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 7 de Abril - Quinta-feira
V SEMANA DA QUARESMA (Roxo, Prefácio da Paixão I Ofício do dia)
Cristo é o mediador de uma nova aliança, para que, por meio de sua morte, recebam os eleitos a herança eterna que lhes foi prometida (Hb 9,15).
Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia, para que, libertos dos nossos pecados, levemos uma vida santa e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do Gênesis.
Naqueles dias, 17 3 Abrão prostrou-se com o rosto por terra. Deus disse-lhe: 4 “Este é o pacto que faço contigo: serás o pai de uma multidão de povos. 5 De agora em diante não te chamarás mais Abrão, e sim Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de povos. 6 Tornar-te-ei extremamente fecundo, farei nascer de ti nações e terás reis por descendentes. 7 Faço aliança contigo e com tua posteridade, uma aliança eterna, de geração em geração, para que eu seja o teu Deus e o Deus de tua posteridade. 8 Darei a ti e a teus descendentes depois de ti a terra em que moras como peregrino, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o teu Deus.”
9 Deus disse ainda a Abraão: “Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu e tua posteridade nas gerações futuras".
Palavra do Senhor
O Senhor se lembra sempre da aliança!
Procurai o Senhor Deus e seu poder,
buscai constantemente a sua face!
Lembrai as maravilhas que ele fez,
seus prodígios e as palavras de seus lábios!
Descendentes de Abraão, seu servidor,
e filhos de Jacó, seu escolhido,
ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus,
vigoram suas leis em toda a terra.
Ele sempre se recorda da aliança,
promulgada a incontáveis gerações;
da aliança que ele fez com Abraão
e do seu santo juramento a Isaac.
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 8 51 "Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte".
52 Disseram-lhe os judeus: "Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte.
53 És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu e os profetas também. Quem pretendes ser?"
54 Respondeu Jesus: "Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus
55 e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra.
56 Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria".
57 Os judeus lhe disseram: "Não tens ainda cinqüenta anos e viste Abraão!"
58 Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou".
59 A essas palavras, pegaram então em pedras para lhas atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo.
Palavra da Salvação
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, com bondade, este sacrifício para que seja proveitoso à nossa conversão e à salvação de todo o mundo. Por Cristo, nosso Senhor.
Deus não quis poupar seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós e deu-nos, com ele, todas as coisas (Rm 8,32).
Nutridos, ó Deus, pelo pão que nos salva, imploramos vossa misericórdia, a fim de que, pelo mesmo sacramento que nos dais como alimento neste mundo, nos leveis a participar da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
João nasceu em 1651 na França e lá faleceu em 1719. De família nobre, recebeu sólida cultura e tornou-se padre. Favoreceu o ensino em favor das classes pobres. Considerado um dos mais ilustres pedagogos modernos, fundou os irmãos das Escolas Cristãs, conhecidos como Lassalistas. O Papa Pio 12 o declarou padroeiro universal dos educadores. Celebremos em sintonia com todos os que, na sociedade e na Igreja, exercem a missão de ensinar. Oração: Ó Deus, que escolhestes João Batista de La Salle para educação cristã dos jovens, suscitai na vossa Igreja educadores que se consagrem inteiramente à formação humana e cristã da juventude. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Berço familiar
Em 12 de julho de 1751, numa pequena aldeia no norte da França, nasce Maria Rosa Júlia Billiart. Filha de camponeses pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia do seu nascimento. Ela, seus pais e seus 8 irmãos viviam do trabalho na lavoura e de um pequeno comércio.
Eucaristia, o seu único alimento
Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos, e com oito anos já havia aprendido todo o catecismo. Por uma disposição interior, ou por um chamado sobrenatural, e por fé viva na presença real de Jesus no Pão Eucarístico, a Eucaristia passou a ser o único alimento de sua vida. Ela aprendeu a ler e a escrever, porque, com este saber, ajudava no sustento da sua casa.
Caridade
Mesmo com todas as suas ocupações para ajudar a família, sempre procurava cavar tempo para visitar os enfermos e os abandonados. Ela os ajudava e orava por eles.
Paralisia
Aos treze anos, sem nutrição física por se alimentar apenas da comunhão Eucarística, ela começou a ter sérios problemas de saúde. Júlia, que já caminhava com muita dificuldade por causa do trabalho excessivo na lavoura para ajudar os pais, presenciou um atentado cometido a seu pai. Um indivíduo disparou um fuzil contra ele, e Júlia teve o seu sistema nervoso abalado. Em 1782, uma forte epidemia agravou ainda mais a saúde de Júlia, fazendo com que ela ficasse paralítica por 22 anos. Desde então, recebeu cinco vezes o sacramento da unção dos enfermos devido à grave situação de sua saúde.
Mística
Durante a sua paraplegia, Santa Júlia Billiart mergulhou nos mistérios profundos da oração, da contemplação, da vida mística. O Senhor, presente na Eucaristia, passou a ser o centro de sua vida. Ele revelou a ela os mistérios da salvação, dos sofrimentos no Calvário, da imensurável glória celeste e da luz de Deus que ilumina a vida do cristão.
Vida ativa
Os frutos da Eucaristia apareceram. Santa Júlia Billiart tinha uma vida ativa mesmo nesta situação especial de paraplegia. Ela esteve sempre ligada à catequese paroquial e dava grande atenção à educação dos pobres, sabendo que a educação é uma das chaves da libertação da pobreza. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres.
Amizades
Cultivava amizades dentro de sua família e ampliava esses laços com religiosos, com mulheres nobres que, sabendo de sua situação, procuravam arrecadar donativos que ajudavam a sua família. Mantinha amizades também com as irmãs carmelitas, que lhe davam um suporte espiritual.
O sonho de ir além
Santa Júlia Billiart, depois de muitos anos de paralisia e vida mística, sentiu em seu coração o grande desejo de se tornar religiosa. Este desejo, porém, carregava uma meta muito definida: era preciso fundar uma Congregação religiosa com o carisma de formar bons e santos educadores para educar os pobres.
A realização do sonho
Em outubro de 1794, aos 44 anos de idade, Júlia encontrou-se com Francisca Blin de Bourdon, que tinha 38 anos. Elas se conheceram no castelo da nobre família francesa, em Amiens. Essa amizade tornou-se a célula originária da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora, a qual, futuramente, se chamaria Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namür.
No dia 2 de fevereiro de 1804, em Amiens, Júlia Billiart, Francisca Blin de Bourdon e Catarina Duchâtel emitiram os votos religiosos. Essa cerimônia, presidida pelo Padre Varin, marcou o início da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namür. O objetivo do novo Instituto era a educação das crianças e a catequese.
Cura
Em 1º de junho de 1804, após 30 anos de enfermidade e 22 anos de paralisia, Júlia foi milagrosamente curada durante uma novena ao Sagrado Coração de Jesus. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou, pois ela voltou a caminhar depois de todos esses anos. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a Eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.
A obra cresce
Santa Júlia Billiart abriu sua primeira escola gratuita para crianças pobres em Amiens e começou a viajar pela França e Bélgica estendendo a obra. Era um tempo de miséria e dificuldades. Por isso, ela abria pensionatos e, com os ganhos obtidos, fundava as escolas gratuitas. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres. Sua obra se espalhou por várias cidades desses dois países.
Perseguição e mudança
Santa Júlia Billiart foi perseguida injustamente pelo bispo da cidade de Amiens. Ele chegou a afastá-la da Congregação. As irmãs, porém, decidiram ir junto com ela para Namür, uma cidade belga. Ali, a Congregação se firmou e foi em frente. Santa Júlia, então, continuou com sua obra, ajudando a milhares de crianças pobres, dando a elas formação que lhes abria uma porta para um futuro melhor.
Frase da Santa
“A educação é o caminho da plenitude da vida”.
Legado
Durante os 12 anos em que Júlia esteve à frente da Congregação, ela fundou várias comunidades e escreveu mais de 400 cartas.
Falecimento, beatificação e canonização
Vendo a obra de sua vida realizada, Santa Júlia Billiart faleceu na paz de Nosso Senhor, que era o centro de sua vida, no dia 8 de abril de 1816, aos 55 anos, enquanto recitava o Magnificat. Foi beatificada pelo Papa Pio X, em 1906, e canonizada por Paulo VI em 1969. Na ocasião, ele disse: “Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres.”
Oração a Santa Júlia Billiart
“Ó Deus, que destes a Santa Júlia Billiart a graça de ter vosso Filho Jesus Cristo como o centro de sua vida, dai também a nós esta graça essencial, para que nossa vida frutifique em bênçãos para todos aqueles que precisarem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho. Amém.”
A minha oração
“Santa Júlia Billiart, seja minha intercessora junto a Deus no céu. Quero aprender contigo a me ofertar por amor a Deus mesmo em meio às enfermidades e tribulações, e a não ter medo de confiar e me abandonar à vontade de Daquele que é tudo na minha vida. Amém”.
Santa Júlia Billiart, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 8 de abril:
- Santo Ágabo, profeta, que, segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos, anunciou uma grande fome em toda a terra e os tormentos que Paulo ia sofrer da parte dos gentios.
- Santos Herodião, Assíncrito e Flegonte, que o apóstolo São Paulo saúda na Epístola aos Romanos.
- São Dionísio, bispo de Corinto, na Grécia, que, dotado de admirável conhecimento da palavra de Deus, instruiu com a pregação os fiéis da sua cidade episcopal e da sua província, assim como, com as suas cartas, os bispos de outras cidades e províncias. († 180)
- Santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires, na Síria. († data inc.)
- São Dionísio, bispo memorável por ter professado a fé muitas vezes e insigne pelas diversas tribulações e torturas suportadas († c. 265)
- Santo Amâncio, bispo, que foi o terceiro a ocupar esta cátedra episcopal e construiu a basílica dos Apóstolos, na Itália († 449)
- Beato Clemente de Ósimo, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que dirigiu e promoveu eficazmente a Ordem e reformou sabiamente as suas leis, na Úmbria, região da Itália († 1291)
- Beato Julião de Santo Agostinho, religioso da Ordem dos Frades Menores Descalços, que foi considerado alienado mental por causa da sua rigorosa penitência e várias vezes afastado da vida religiosa († 1606)
- Beato Augusto Czartoryski, presbítero da Sociedade Salesiana, cuja enfermidade não impediu que, seguindo firmemente o chamamento de Deus, recebesse especiais dons de santidade, na Ligúria, região da Itália. († 1893)
- Beato Domingos do Santíssimo Sacramento Iturrate, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que se dedicou com todas as suas forças a promover a salvação das almas e a exaltar a glória da Santíssima Trindade, na Espanha († 1927)
Fontes:
- notredamevocare.com.br – site da congregação de Santa Júlia
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Arquidiocese de SP
– Pesquisa: Dayane Silva – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 8 de Abril - Sexta-feira
V SEMANA DA QUARESMA* (Roxo, Prefácio da Paixão I Ofício do dia)
Tende piedade de mim, Senhor, a angústia me oprime. Libertai-me das mãos dos inimigos e livrai-me daqueles que me perseguem. Não serei confundido, Senhor, porque vos chamo (Sl 30,10.16.18).
Perdoai, ó Deus, nós vos pedimos, as culpas do vosso povo. E, na vossa bondade, desfazei os laços dos pecados que em nossa fraqueza cometemos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Jeremias.
20 10 Ouço as invectivas da multidão: "Cerca-nos o terror! Denunciai-o! Vamos denunciá-lo!" Os que eram meus amigos espiam-me agora os passos. Se cair em abusos, tiraremos vantagem, e dele nos vingaremos.
11 O Senhor, porém, está comigo, qual poderoso guerreiro. Por isso, longe de triunfar, serão esmagados meus perseguidores. Sua queda os mergulhará na confusão. Será, então, a vergonha eterna, inesquecível.
12 Senhor, Deus dos exércitos, vós que sondais o justo, e que escrutais os rins e os corações, concedei-me o poder de contemplar a vingança que deles ides tirar! Pois em vossas mãos depositei a minha causa.
13 Cantai ao Senhor, glorificai-o, porque salvou a vida do miserável das mãos do mau.
Palavra do Senhor.
Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
e ele escutou a minha voz.
Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força,
minha rocha, meu refúgio e salvador!
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
minha força e poderosa salvação,
sois meu escudo e proteção: em vós espero!
Invocarei o meu Senhor: a ele a glória!
E dos meus perseguidores serei salvo!
Ondas da morte me envolveram totalmente,
e as torrentes da maldade me aterraram;
os laços do abismo me amarraram
e a própria morte me prendeu em suas redes.
Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
de seu tempo ele escutou a minha voz
e chegou a seus ouvidos o meu grito.
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai que é amor!
Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo.
Naquele tempo, 10 31 os judeus pegaram pela segunda vez em pedras para o apedrejar.
32 Disse-lhes Jesus: "Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedrejais?"
33 Os judeus responderam-lhe: "Não é por causa de alguma boa obra que te queremos apedrejar, mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem, te fazes Deus".
34 Replicou-lhes Jesus: "Não está escrito na vossa lei: ‘Eu disse: Vós sois deuses?’
35 Se a lei chama deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (ora, a Escritura não pode ser desprezada),
36 como acusais de blasfemo aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, porque eu disse: Sou o Filho de Deus?
37 Se eu não faço as obras de meu Pai, não me creiais.
38 Mas se as faço, e se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai".
39 Procuraram então prendê-lo, mas ele se esquivou das suas mãos.
40 Ele se retirou novamente para além do Jordão, para o lugar onde João começara a batizar, e lá permaneceu.
41 Muitos foram a ele e diziam: "João não fez milagre algum,
42 mas tudo o que João falou deste homem era verdade". E muitos acreditaram nele.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei, ó Deus de misericórdia, que sempre sirvamos dignamente o vosso altar, de modo que, participando dele, alcancemos a eterna salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Jesus carregou nossos pecados em seu corpo, sobre a cruz, a fim de que, mortos para nossas faltas, vivamos para a justiça; fomos curados pelas suas chagas (1Pd 2,24).
Sejamos sempre protegidos, ó Deus, pelo sacrifício que recebemos; que ele afaste sempre de nós toda espécie de pecado. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 9 de Abril - Sábado
V SEMANA DA QUARESMA (Roxo, Prefácio da Paixão I Ofício do dia)
Ó Senhor, não fiqueis longe de mim! Ó minha força, correi em meu socorro! Sou um verme, e não um homem, opróbrio dos homens e rebotalho da plebe (Sl 21,20.7).
Ó Deus, vós sempre cuidais da salvação dos homens e, nesta Quaresma, nos alegrais com graças mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já foram batizados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura da profecia de Ezequiel.
37 21 E tu dirás: eis o que diz o Senhor Javé: "Vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou congregá-los de toda parte e trazê-los para a sua terra.
22 Farei com que, em sua terra, sobre as montanhas de Israel, não formem mais do que uma só nação, que não possuam mais do que um rei. Não mais existirá a divisão em dois povos e em dois reinos.
23 Não mais se mancharão com seus ídolos nem cometerão infames abominações: libertá-los-ei de todas as transgressões de que se tornaram culpados e purificá-los-ei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
24 Meu servo Davi será o seu rei; não terão todos senão um só pastor; obedecerão aos meus mandamentos, observarão as minhas leis e as porão em prática.
25 Habitarão a terra que concedi a meu servidor Jacó, aquela em que vossos pais residiram; eles aí permanecerão; eles, seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. Davi, meu servo, será para sempre o seu rei.
26 Concluirei com eles uma aliança de paz, um tratado eterno. Eu os plantarei e multiplicá-los-ei. Estabelecerei para sempre o meu santuário entre eles.
27 Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
28 E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para sempre no meio do (meu) povo".
Palavra do Senhor.
O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a na ilhas mais distantes:
“Quem dispersou Israel vai congregá-lo
e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
Pois, na verdade, o Senhor reuniu Jacó
e o libertou do poder do prepotente.
Voltarão para o monte de Sião,
entre brados e cantos de alegria
afluirão para as bênçãos do Senhor.
Então a virgem dançará alegremente,
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto,
serei consolo e conforto após a guerra.
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniquidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara.
47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação".
49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada!
50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.
53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
54 Em consequência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.
55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que, pela fé e pelo batismo, nos restaurais para a vida eterna, acolhei as oferendas e preces dos vossos filhos e filhas para que realizeis os desejos do que em vós esperam e perdoeis os seus pecados. Por Cristo, nosso Senhor.
Cristo foi entregue para reunir num só corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos (Jo 11,52).
Ó Deus de majestade, nós vos suplicamos humildemente: assim como nos alimentais com o Corpo e o Sangue de Cristo, dai-nos participar da natureza divina. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Sofrimentos infantis que geram vocação
Madalena Gabriela de Canossa nasceu em Verona, no dia 1° de março de 1774, de família nobre e rica, terceira de seis irmãos. Com apenas cinco anos, ficou órfã de pai; dois anos depois, foi abandonada pela mãe, que recasou com o marquês Zenetti de Mântua. A educação de Madalena e de seus quatro irmãos foi confiada, nos anos seguintes, a uma governanta francesa, bastante severa, que não compreendendo o caráter da menina, a tratava com excessiva dureza. Aos quinze anos, Madalena foi acometida por uma febre misteriosa, como também por uma dor isquiática violentíssima e uma grave forma de varíola. Essas doenças causaram-lhe asma crônica e uma dolorosa contração nos braços, que pioraram com o passar dos anos. Durante a convalescença, desabrochou nela a vocação religiosa e o desejo de entrar para o convento, porém não conseguia deixar o pensamento dos pobres e necessitados, que frequentavam o átrio do palácio paterno. Ela sustentava-os de muitas maneiras.
Discernimento vocacional
Aos 17 anos, seu confessor, o carmelita Estêvão do Sagrado Coração, aconselhou-a a fazer um período de experiência no mosteiro de Santa Teresa, em Verona e, depois, naquele das Carmelitas Descalças, em Conegliano. Após alguns meses, ambas as experiências concluíram-se com sua volta a casa, por não ser idônea à vida claustral. Porém, a Priora do Convento de Verona escreveu-lhe: “Deus manifestou, com clareza, a sua não idoneidade para a vida de religiosa Descalça; porém, isso não queria dizer que a recusava como Esposa”. Então, a Priora propôs-lhe outro diretor espiritual, Padre Luís Ribera, que a exortou a prestar um serviço de caridade na sua família e no mundo. Em 1799, Madalena recolheu da rua duas jovens abandonadas e as colocou, provisoriamente, em um apartamento no bairro mal afamado de São Zeno.
As filhas da caridade
Em 1804, hospedou, em seu palácio, Napoleão Bonaparte, de passagem por Verona. Napoleão teve a oportunidade de conhecer e admirar Madalena e seu zelo apostólico; por isso, ofereceu-lhe um ex Mosteiro das Agostinianas. Assim, nasceu o primeiro Instituto das Filhas da Caridade, aprovado, em 1816, pelo Papa Pio VII. Ali, Madalena deu catecismo e assistência aos enfermos, mas, sobretudo, instituiu escolas para a educação e formação de moças. Muitas jovens foram atraídas pelo carisma de Madalena e das suas coirmãs. Com o passar do tempo, surgiram novos Institutos em Veneza, Milão, Bergamo e Trento. Na Congregação, era rejeitada toda forma de tristeza ou melancolia. A fundadora aconselhava, mais que um rigor excessivo, um sereno abandono à vontade de Deus. No Instituto de Bergamo, Madalena fundou o primeiro Centro para professoras camponesas e, a seguir, a Ordem Terceira das Filhas da Caridade, aberto também às mulheres casadas ou viúvas, que se dedicavam, sobretudo, à formação das enfermeiras e professoras.
Campo de missão
O Amor do Crucificado Ressuscitado arde no coração de Madalena que, com as companheiras, torna-se testemunha do mesmo Amor em cinco âmbitos específicos: a escola de caridade para a promoção integral da pessoa; a catequese a todas as categorias, privilegiando os distantes; a assistência voltada principalmente aos enfermos dos hospitais; os seminários residenciais para formar jovens professoras de áreas rurais e preciosas colaboradoras dos párocos nas atividades pastorais; cursos de exercícios espirituais anuais para as damas da alta nobreza, com o objetivo de incentivá-las espiritualmente e envolvê-las nas várias áreas caritativas. Em seguida, esta atividade se estende a todas as categorias de pessoas. “Sobretudo façam conhecer Jesus Cristo! A grande paixão do coração de Madalena, é a grande herança que as Filhas, e os Filhos da Caridade são chamados a viver, uma disponibilidade radical, ‘dispostos pelo divino serviço a ir a qualquer país, até mesmo o mais remoto’” (Madalena, Ep. II / I, p. 266).
Último suspiro
Nos últimos anos da sua existência, Madalena começou a ter frequentes crises de asma e fortes dores nas pernas e nos braços. Na rude cela do seu convento não havia nem um genuflexório: para rezar, – dizia -, eram suficientes os degraus diante da janela. Em 10 de abril de 1835, pediu à suas coirmãs para segurá-la em pé, a fim de rezar as três Ave-Marias a Nossa Senhora das Dores, à qual tinha uma devoção toda especial. Na terceira Ave-Maria, – narram – elevou os braços ao céu e, com um grito de alegria e de mãos postas, reclinou a cabeça no ombro de uma coirmã. Madalena Gabriela de Canossa foi beatificada, em 1941, por Pio XII e, em 1988, canonizada por João Paulo II.
Oração
Deus de amor e de bondade, que criastes o ser humano para a felicidade, ajudai-nos, pela intercessão de Santa Madalena de Canossa, a descobrir que a nossa alegria só e completa quando repartimos nosso tempo e nossos bens com aqueles os mais pobres. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
A minha oração
“Querida santa, a tua lembrança nos ensina a alegria da caridade. Não podemos viver na tristeza e no egoísmo próprios do nosso tempo, por isso ajuda-nos a viver a caridade para com os mais necessitados ao nosso lado e a descobrir aí a face de cristo crucificado, amém!”
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 10 de abril:
- Os santos Terêncio, Africano, Máximo, Pompeu, Alexandre, Teodoro e quarenta companheiros, mártires. († c. 250)
- Santo Apolônio, presbítero e mártir em Alexandria, no Egipto. († data inc.)
- São Paládio, bispo em Auxerre, cidade da Nêustria, na atual França. († 658)
- São Beda o Jovem, monge em Gavello, na Venécia, no atual Vêneto, região da Itália.(† c. 883)
- São Macário, peregrino, em Gand, na Flandres, atualmente na Bélgica. († 1012)
- São Fulberto, bispo em Chartres, na França. († 1029)
- Beato António Neyrot, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir em Túnis, no litoral da África Setentrional. († 1460)
- Beato Marcos de Bolonha Fantúzzi, presbítero da Ordem dos Menores em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália. († 1479)
- São Miguel dos Santos, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade em Valladolid, na Espanha. († 1625)
- Beato Bonifácio Zukowski, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir no campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha. († 1942)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Dia 10 de Abril - Domingo
RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR (Vermelho, Creio, Prefácio Próprio II Semana do Saltério) PROCISSÃO DE RAMOS
Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém, correram até ele os pequeninos. Trazendo em suas mãos ramos e palmas, em alta voz cantavam em sua honra: Bendito és tu que vens com tanto amor! Hosana nas alturas!
Deus eterno de todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Isaías.
50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
Palavra do Senhor.
Meus Deus, me Deus, por que me abandonastes?
Riem de mim todos aqueles que me vêem,
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
“Ao Senhor se confiou, ele o liberte
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
Cães numerosos me rodeiam furiosos,
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
e eu posso contar todos os meus ossos.
Eles repartem entre si as minhas vestes
e sorteiam entre si a minha túnica.
Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,
ó minha força, vinde logo em meu socorro!
Anunciarei o vosso nome a meus irmãos
e no meio da assembleia hei de louvar-vos!
Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,
e respeitai-o, toda a raça de Israel!
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 6 Jesus Cristo, sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,
7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.
8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9 Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.
11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.
Palavra do Senhor.
[Evangelho proclamado antes da Procissão com os Ramos]
Naquele tempo, 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada, encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele'”. 32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36E, enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!”c40Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
Palavra da salvação.
[Evangelho proclamado na liturgia da Palavra do domingo de Ramos]
N = Narrador
L = Leitor
P = Presidente
G = Grupo ou assembleia
N (Narrador) Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos.
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
Jesus Cristo se tornou obediente, / obediente até a morte numa cruz. / Pelo que o Senhor Deus o exaltou / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s).
N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo: G (Grupo ou assembleia): Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o rei. N: 3Pilatos o interrogou: L (Leitor): Tu és o rei dos judeus? N: Jesus respondeu, declarando: P (Presidente): Tu o dizes! N: 4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: L: Não encontro neste homem nenhum crime. N: 5Eles, porém, insistiam: G: Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui. N: 6Quando ouviu isso, Pilatos perguntou: L: Este homem é galileu? N: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu. 10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos. 13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo e lhes disse: L: 14Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei. N: (17)18Toda a multidão começou a gritar: G: Fora com ele! Solta-nos Barrabás! N: 19Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritavam: G: Crucifica-o! Crucifica-o! N: 22E Pilatos falou pela terceira vez: L: Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei. N: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam – aquele que fora preso por revolta e homicídio – e entregou Jesus à vontade deles. 26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse: P: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29Porque dias virão em que se dirá: “Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram”. 30Então começarão a pedir às montanhas: “Caí sobre nós!” e às colinas: “Escondei-nos!” 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca? N: 32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia: P: Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! N: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: G: A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido! N: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre 37e diziam: G: Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo! N: 38Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: L: Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós! N: 40Mas o outro o repreendeu, dizendo: L: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal. N: 42E acrescentou: L: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado. N: 43Jesus lhe respondeu: P: Em verdade eu te digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso. N: 44Já era mais ou menos meio-dia, e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46e Jesus deu um forte grito: P: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. N: Dizendo isso, expirou.
Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.
N: 47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo: L: De fato! Este homem era justo! N: 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
Palavra da salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, sejamos reconciliados convosco, de modo que, ajudados pela vossa misericórdia, alcancemos pelo sacrifício do vosso Filho o perdão que não merecemos por nossas obras. Por Cristo, nosso Senhor.
A Paixão do Senhor (Missal, páginas 231/478)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Inocente, Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado a morrer pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe vida nova. Por ele, os anjos cantam vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz...
Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade! (Mt 26,42)
Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como, pela morte de vosso Filho, nos destes esperar o que cremos, dai-nos, pela sua ressurreição, alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Intercessora dos farmacêuticos
Trajetória nesta terra
Gemma, conforme nome original em italiano, teve uma curta existência nesta terra. Nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos.
Saúde frágil e bullying
Seus sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, como também pela pobreza em que sua família caiu, pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos e por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente, e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida, depois da morte do pai, quase como uma filha adotiva.
Uma jóia
Ao nascer, Gema recebeu esse nome, que, em italiano, significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.
Infância católica x orfandade
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.
Religião como refúgio
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia, antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas, e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.
Sobrenatural
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores, devoção passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Últimos dias
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências, que se autoinfligia, acabaram por consumir a sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.
Devoção
Imediatamente após sua morte, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo Papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
A minha oração
“Ó Senhor, quantos são os órfãos de pai e mãe! Socorrei-os, te pedimos. Tantos também não reconhecem o Pai do céu e Nossa Senhor como mãe. Iluminai-os.”
Santa Gema Galgani, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 11 de abril:
* Memória de Santo Estanislau, bispo e mártir, que, no meio das injustiças do seu tempo, foi um defensor incansável dos valores humanos e do ideal cristão. Como bom pastor, dirigiu a Igreja de Cracóvia, na Polônia, ajudou os pobres e visitou todos os anos os seus clérigos. Finalmente, enquanto celebrava os divinos mistérios, foi morto pelo rei Boleslau, cuja má conduta tinha repreendido. († 1079)
- Beato Simproniano Ducki, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, durante a guerra, preso por causa da sua fidelidade a Cristo, no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. († 1942)
- Santo Antipas, que, como testemunha fiel de que fala São João no Apocalipse, sofreu o martírio pelo nome de Jesus, na atual Turquia.
- São Filipe, bispo de Gortina, na ilha de Creta, que defendeu energicamente a Igreja que lhe foi confiada, tanto do furor dos pagãos como das insídias dos hereges. († c. 180)
- São Donião, bispo e mártir, que, segundo a tradição, foi assassinado na perseguição do imperador Diocleciano, na atual Croácia. († 299)
- São Barsanúfio, anacoreta, natural do Egipto, insigne pelos seus dons extraordinários de contemplação e pela integridade da sua vida. Morreu em Gaza, na Palestina. († 540)
- Santo Isaac, monge, originário da Síria e fundador do mosteiro de Monteluco, cujas virtudes são mencionadas por São Gregório Magno, na Itália. († c. 550)
- Beato Lanuíno, companheiro de São Bruno e seu sucessor, que foi um egrégio intérprete do espírito do fundador na instituição de mosteiros da Ordem Cartusiana, na Itália. († 1119)
- Beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho I, que fundou o mosteiro de monjas cisterciense de Celas, onde tomou o hábito religioso, em Portugal. († 1229)
- Beato Ângelo de Chiavasso (António Carlétti), presbítero da Ordem dos Menores, insígne pela sua doutrina, prudência e caridade. († 1495)
- Beato Jorge Gervase, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que, mesmo preso duas vezes durante o exercício do ministério pastoral, professou sempre com admirável constância a fé católica até ao martírio na forca. († 1608)
- Beata Helena Guerra, virgem, que fundou a Congregação das Oblatas do Espírito Santo para a formação da juventude feminina e instruiu admiravelmente os fiéis sobre a cooperação do Espírito Santo na economia da salvação, em Lucca, na Itália. († 1914)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- franciscanos.org.br
– Redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 11 de Abril - Segunda-feira
SEMANA SANTA (Roxo, Prefácio da Paixão II, pág. 7 Ofício do dia)
Acusai, Senhor, meus acusadores; combatei aqueles que me combatem! Tomai escudo e armadura, levantai-vos, vinde em meu socorro! Senhor, meu Deus, força que me salva! (Sl 34, 1s; Sl 139, 8)
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Isaías.
42 1 "Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2 Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas.
3 Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá,
4 até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos".
5 Eis o que diz o Senhor Deus que criou os céus e os desdobrou, que firmou a terra e toda a sua vegetação, que dá respiração a seus habitantes, e o sopro vital àqueles que pisam o solo:
6 "Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações;
7 para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas".
Palavra do Senhor.
O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?
Quando avançam os malvados contra mim,
querendo devorar-me,
são eles, inimigos e opressores,
que tropeçam e sucumbem.
Se contra mim um exército se armar,
não temerá meu coração;
se contra mim uma batalha estourar,
mesmo assim confiarei.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
espera no Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo.
12 1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara.
2 Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas.
3 Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo.
4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse:
5 "Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?"
6 Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam.
7 Jesus disse: "Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura.
8 Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis".
9 Uma grande multidão de judeus veio a saber que Jesus lá estava; e chegou, não somente por causa de Jesus, mas ainda para ver Lázaro, que ele ressuscitara.
10 Mas os príncipes dos sacerdotes resolveram tirar a vida também a Lázaro,
11 porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Considerai, ó Deus, com bondade, os sagrados mistérios que celebramos, e o remédio que destinastes a sanar o mal que cometemos produza em nós vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Não oculteis de mim a vossa face, na hora em que a angústia me invadir; inclinai para mim o vosso ouvido; no dia em que vos chamar, respondei-me (Sl 101,3).
Visitai, ó Deus, o vosso povo e assisti com vosso amor de Pai aos que celebram os vossos mistérios, para que conservemos, pela vossa proteção, os remédios da salvação eterna que recebemos de vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Intercessor dos médicos patologistas
Contemporâneo
Entre as estrelas de primeira grandeza do século XX conta-se São José Moscati. Nasceu no dia 25 de julho de 1880 em Benevento, Itália, sétimo de nove filhos do casal Francisco Moscati, presidente do tribunal daquela cidade, Rosaria de Luca, descendente dos marqueses de Roseto. Seus pais eram católicos praticantes. Tanto que José Moscati foi batizado em sua casa no dia da festa de Santo Inácio de Loyola.
Infância e vida eucarística
No ano 1884, a família do pequeno José Moscati mudou-se para a cidade de Nápoles porque seu pai fora promovido. Lá, o menino José, com apenas oito anos, fez a primeira comunhão. Mas não foi só isso. Ele teve um encontro pessoal com Jesus na Eucaristia. Nesse dia, o embrião da vida eucarística de São José Moscati ganhou vida. A Eucaristia foi, ao longo de toda sua vida, alimento espiritual diário, que guiou toda a sua história.
Opção por ser útil
Sendo o pai nomeado Conselheiro do Tribunal de Apelação de Nápoles, é nessa cidade que José Moscati faz os seus estudos. Escolheu a carreira de medicina e não de direito, como era natural, porque lhe pareceu que, como médico, podia ser mais útil ao próximo.
Dizeres do santo
“Desde criança – escreverá ele mais tarde – olhava com interesse para o Hospital dos incuráveis, que meu pai me apontava do terraço da casa, inspirando-me sentimentos de piedade pela dor anômica escondidas atrás daqueles muros”
Generoso
Quem ficou perplexa com a escolha foi a mãe: “José é um rapaz generoso, capaz de qualquer sacrifício. Numa carreira como esta, dará até a última gota de energia para aliviar os sofrimentos alheios”.
Castidade perpétua
Aos dezessete anos, sentiu no coração o desejo de fazer voto de castidade perpétua, porém não se sentia chamado à vida religiosa nem tampouco ao sacerdócio. Isso surgiu claramente por conta da sua devoção à Virgem Maria e à Eucaristia. Ele já intuía que seu caminho seria como leigo ativo na Igreja.
Espiritualidade encarnada
Como fruto de sua devoção, revelava-se seu amor para com os pobres e necessitados. Sua devoção não era vazia nem alienada. José Moscati, na sua juventude, foi bastante ativo na vida paroquial, de missa e comunhão diária, sentia especial compaixão pelos pobres, doentes e, em especial, os incuráveis. A convivência com esses que eram esquecidos pela sociedade, o ajudou a perceber que, de fato, a vida é passageira, de que só o céu é eterno!
Caridade com o irmão
Na juventude de São José Moscati, seu irmão Alberto começou a sofrer ataques de epilepsia. A partir de então, José passou a cuidar de seu irmão. Dispensava horas e horas de seu dia aos cuidados de Alberto. Este cuidado despertou ainda mais em José o desejo de estudar medicina.
Carreira caritativa
José Moscati cursou a universidade de medicina em Nápoles e conseguiu com esforço e vontade de Deus segundo ele o título de doutor em 1903 com apenas 23 anos. Seu ideal era dedicar-se à profissão médica como um campo vastíssimo para praticar a caridade cristã servindo a Cristo na pessoa do doente. Nos casos de calamidades públicas que se abateram sobre Nápoles pela erupção do vulcão vesúvio, em 1906, e pela cólera que grassava naquela cidade em 1911, José Moscati não só não abandonou o posto de serviço, mas estava na dianteira prodigalizando-se com o incansável, com heroica e dedicação na assistência aos feridos e aos atacados pela contagiosa e terrível doença.
Pai dos pobres
São José Moscati recebeu o título em Nápoles de médico e pai dos pobres. De fato, em sua profissão não visava somente a doença e seu tratamento, mas a dignidade cristã do paciente transformando sua profissão num verdadeiro apostolado. Foi um homem de profunda vida espiritual, viveu sua consagração a Cristo do celibato voluntário para sentir-se mais à vontade no serviço dos doentes.
Morte e santidade comprovada
São José Moscati faleceu aos 47 anos. Previu sua morte que se deu no dia 12 de abril de 1927, consumido pela dedicação ao trabalho. Pouco depois da morte, foi iniciado o processo de beatificação. Seu corpo hoje é venerado na Nova Igreja de Jesus em Nápoles onde se verificam numerosas curas milagrosas, continuando no céu sua caridade heroica.
Ele foi beatificado, em 1975, pelo Papa Paulo VI. E em 25 de outubro de 1987, ele foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Um leigo, médico que dedicou sua vida aos doentes incuráveis, aliviando seus sofrimentos e confortando seus corações.
A minha oração
“Ó Deus que destes a São José Moscati a graça de unir a ciência, a caridade e a fé, dai-nos também o espírito de amor ao próximo, para que nos nossos trabalhos o Vosso Nome seja sempre glorificado por Nosso Senhor Jesus Cristo o Vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.”
São José Moscati, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 12 de abril:
- Santa Vísia, virgem e mártir, na Itália († data inc.)
- São Júlio I, papa, que convocou o Concílio de Sárdica, em Roma. († 352)
- São Zenão, bispo, cuja diligência e pregação conduziu a cidade ao batismo de Cristo, na Itália. († c. 372)
- São Sabas o Godo, mártir, que foi morto por recusar comer alimentos imolados aos ídolos, depois de sofrer cruéis tormentos, foi lançado ao rio. († 372)
- São Constantino, bispo, na atual França († d. 517)
- São Damião, bispo na Lombardia, região da Itália, cuja carta sobre a verdadeira fé acerca da vontade e ação em Cristo foi lida no Concílio III de Constantinopla. († 697)
- São Basílio, que, por defender as imagens sagradas, sofreu a flagelação, o cárcere e o exílio, na Turquia († 735)
- Santo Erkembodo, abade de Saint-Omer e simultaneamente bispo de Therouanne, na França († 742)
- Santo Alfério, fundador e primeiro abade do mosteiro onde viveu, na Campânia, região da Itália. († 1050)
- Beato Lourenço, presbítero da Ordem de São Jerônimo, a quem muitos penitentes acorriam por causa da sua insigne piedade, em Portugal. († s. XIV)
- Santa Teresa de Jesus (Joana Fernandez Solar), virgem, que, sendo noviça da Ordem das Carmelitas Descalças, consagrou a sua vida a Deus – como ela dizia – pela salvação do mundo pecador. Morreu aos 20 anos, no Chile. († 1920)
- São David Uribe, presbítero e mártir, que, durante a tempestuosa perseguição contra a Igreja, sofreu o martírio por Cristo Rei, no México († 1927)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Livro: “É possível ser santo hoje!” de Padre Antonio Maria Martins
- pvdeus.com.br
- Canal no Youtube – A Palavra Viva de Deus Oficial
– Pesquisa: Luis Eduardo Sá – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 12 de Abril - Terça-feira
SEMANA SANTA (Roxo, Prefácio da Paixão II, pág. 7 Ofício do dia)
Não me deixeis, Senhor à mercê de meus adversários, pois contra mim se levantaram testemunhas falsas, mas volta-se contra eles a sua iniquidade (Sl 26,12).
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Isaías.
49 1 Ilhas, ouvi-me; povos de longe, prestai atenção! O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome.
2 Tornou minha boca semelhante a uma espada afiada, cobriu-me com a sombra de sua mão. Fez de mim uma flecha penetrante, guardou-me na sua aljava.
3 E disse-me: "Tu és meu servo, (Israel), em quem me rejubilarei".
4 E eu dizia a mim mesmo: "Foi em vão que padeci, foi em vão que gastei minhas forças. Todavia, meu direito estava nas mãos do Senhor, e no meu Deus estava depositada a minha recompensa".
5 E agora o Senhor fala, ele, que me formou desde meu nascimento para ser seu Servo, para trazer-lhe de volta Jacó e reunir-lhe Israel, (porque o Senhor fez-me esta honra, e meu Deus tornou-se minha força).
6 Disse-me: "Não basta que sejas meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel; vou fazer de ti a luz das nações, para propagar minha salvação até os confins do mundo".
Palavra do Senhor.
Minha boca anunciará vossa justiça.
Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor,
que eu não seja envergonhado para sempre!
Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!
Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Porque sois a minha força e meu amparo,
o meu refúgio, proteção e segurança!
Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,
em vós confio desde a minha juventude!
Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,
desde o seio maternal, o meu amparo.
Minha boca anunciará todos os dias
vossa justiça e vossas graças incontáveis.
Vós me ensinastes desde a minha juventude
e até hoje canto as vossas maravilhas.
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 13 21 Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: "Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!"
22 Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem falava.
23 Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus.
24 Simão Pedro acenou-lhe para dizer-lhe: "Dize-nos, de quem é que ele fala".
25 Reclinando-se este mesmo discípulo sobre o peito de Jesus, interrogou-o: "Senhor, quem é?"
26 Jesus respondeu: "É aquele a quem eu der o pão embebido". Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: "O que queres fazer, faze-o depressa".
28 Mas ninguém dos que estavam à mesa soube por que motivo lho dissera.
29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe falava: "Compra aquilo de que temos necessidade para a festa". Ou: "Dá alguma coisa aos pobres".
30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair. E era noite.
31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: "Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve.
33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir".
36 Perguntou-lhe Simão Pedro: "Senhor, para onde vais?" Jesus respondeu-lhe: "Para onde vou, não podes seguir-me agora, mas seguir-me-ás mais tarde".
37 Pedro tornou a perguntar: "Senhor, por que te não posso seguir agora? Darei a minha vida por ti!"
38 Respondeu-lhe Jesus: "Darás a tua vida por mim! Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo até que me negues três vezes".
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Considerai, ó Deus, com bondade, as oferendas da vossa família. Se podemos agora participar dos vossos dons sagrados, fazei-nos chegar à sua plenitude. Por Cristo, nosso Senhor.
Deus não quis poupar seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós (Rm 8,32).
Nutridos pelos dons que nos salvam, imploramos, ó Deus, vossa misericórdia, para que o mesmo sacramento que nos alimenta na terra nos faça participar da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 13 de Abril - Quarta-feira
SEMANA SANTA (Roxo, Prefácio da Paixão II, pág. 7 Ofício do dia)
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e na mansão dos mortos, pois o Senhor se fez obediente até a morte e morte de cruz e por isso Jesus Cristo é Senhor na glória de Deus Pai (Fl 2,10.8.11).
Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos e servas a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do profeta Isaías.
50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
8 Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente!
9 O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.
Palavra do Senhor.
Respondei-me, pelo vosso imenso amor,
neste tempo favorável, Senhor Deus.
Por vossa causa é que sofri tantos insultos
e o meu rosto se cobriu de confusão;
eu me tornei como um estranho a meus irmãos,
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.
Pois meu zelo e meu amor por vossa casa
me devoram como fogo abrasador;
e os insultos de infiéis que vos ultrajam
recaíram todos eles sobre mim!
O insulto me partiu o coração.
eu esperei que alguém de mim tivesse pena;
procurei quem me aliviasse e não achei!
Deram-me fel como se fosse um alimento,
em minha sede ofereceram-me vinagre!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!
Humildes, vede isso e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 26 14 um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes:
15 "Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei". Ajustaram com ele trinta moedas de prata.
16 E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus.
17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Onde queres que preparemos a ceia pascal?"
18 Respondeu-lhes Jesus: "Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos’".
19 Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa.
20 Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos.
21 Durante a ceia, disse: "Em verdade vos digo: um de vós me há de trair".
22 Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: "Sou eu, Senhor?"
23 Respondeu ele: "Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá.
24 O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!"
25 Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: "Mestre, serei eu?" "Sim", disse Jesus.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, nossa oferenda e deixai agir vossa misericórdia, para que consigamos os frutos do sacramento em que celebramos a paixão do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.
O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para a salvação de todos (Mt 20,28).
Ó Deus todo-poderoso, pela morte do vosso Filho, proclamada em cada eucaristia, concedei-nos crer profundamente que nos destes a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Segundo a tradição
É invocada como intercessora dos doentes crônicos
Origem Holandesa
Santa Ludovina nasceu em 1380 na Holanda. Sua família era humilde, caridosa e, principalmente, riquíssima em espiritualidade.
Infância caridosa
Ainda quando criança, Ludovina recolhia alimentos e roupas para doar aos pobres e doentes. Foi uma jovem viva, eficaz e cheia de brincadeiras.
Possibilidades
Antes dos 15 anos de idade, ela recebeu muitas propostas de casamento, mas, por amor a Jesus, permaneceu fiel em sua vocação por uma vida consagrada ao Senhor.
Em sua adolescência sofreu um acidente e ficou praticamente paralisada. Enfrentou a enfermidade com ajuda da família e de seu diretor espiritual. Encontrou, nessa situação, uma oportunidade de se unir-se à cruz gloriosa do Senhor.
Espiritualidade da cruz
Tinha uma forte intimidade com a cruz do Senhor. E pautava sua vida pela ciência da cruz. Enfrentou vários desafios. Ao longo de sua vida, foi incompreendida por muitos e até acusada de mentirosa. Seu legado não para por aí, diante de todas as realidades, a jovem resolveu dar a mesma resposta de Jesus no alto da cruz. Enxergando todas essas realidades, a partir do amor e do perdão, a santa oferecia todas as suas dores pela conversão dos pecadores, e pela salvação das almas. Por fim, não pedia mais que o Senhor aliviasse suas dor, pois todas as coisas eram ordenadas para o amor.
Vida penitencial intensa
Segundo a história, passou cerca de 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia, como alimento, Jesus Eucarístico. No dia 14 de abril do ano de 1433, foi chamada à eternidade. Morreu de forma serena e em paz.
Em 1890, o Papa Leão XII elevou a santa ao altar e autorizou o seu culto para o dia de sua morte.
A minha oração
“Senhor Jesus, perdoe nossas ansiedades e desespero nos momentos de dor. Concedei-nos, pelas preces de Santa Ludovina, que soube manter a serenidade durante sua enfermidade, a paciência para enfrentar com coragem e paz as dores e as tristezas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Santa Ludovina, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 14 de abril:
- Santos Tibúrcio, Valeriano e Máximo, mártires em Roma. († data inc.)
- Santas mártires Bérnica e Prosdoca, virgens, com sua mãe Senhorinha, que, em tempo de perseguição, ao fugirem para se salvar dos que atentavam contra a sua pureza, encontraram no rio o seu martírio, na Turquia. († s. IV)
- São Frontão, abade, que, com cerca de setenta companheiros, se retirou para a vida eremítica, no Egito. († s. IV)
- Santo Asaco ou Asico, bispo, que é considerado discípulo de São Patrício e primeiro bispo desta Igreja, na Irlanda. († s. V)
- Santa Tomaides, mártir, no Egito. († 476)
- São Lamberto, bispo, que tinha sido monge e depois abade de Fontenelle, na França. († c. 688)
- São João, bispo, que colocou todo o ardor da sua atividade na assistência aos pobres e na santificação do clero, na Campânia, região da Itália. († s. XI/XII)
- São Bernardo, abade, que por várias vezes se refugiou para a vida eremítica nos bosques e na ilha de Chausey, mas também se dedicou a instruir e conduzir à perfeição evangélica os discípulos que a ele acorriam em grande número, na França. († 1117)
- São Bento, jovem pastor, por cuja virtude, com o auxílio de Deus, foi construída a ponte sobre o Ródano, de grande utilidade para os cidadãos, na França. († 1184)
- Beato Pedro González, vulgarmente conhecido como São Telmo, presbítero da Ordem dos Pregadores, na Espanha. († 1246)
- Beata Isabel (Josefina Calduch Rovira), virgem da Ordem das Clarissas Capuchinhas e mártir, que, em tempo de perseguição contra a fé cristã, morreu por seu divino Esposo, Jesus Cristo, na Espanha. († 1936)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
– Pesquisa: Nathália Cassiano – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 14 de Abril - Quinta-feira
CEIA DO SENHOR (Branco, Glória, Prefácio da Eucaristia Ofício Próprio)
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do Êxodo.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3 Dizei a toda a assembléia de IsraeL: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo.
7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Palavra do Senhor.
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
Leitura da carta de são Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 11 23 eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão
24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim".
25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: "Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim".
26 Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
Palavra do Senhor.
Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. "Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés!"
7 Respondeu-lhe Jesus: "O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve".
8 Disse-lhe Pedro: "Jamais me lavarás os pés!" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu não tos lavar, não terás parte comigo".
9 Exclamou então Simão Pedro: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça".
10 Disse-lhe Jesus: "Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!"
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: "Nem todos estais puros".
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: "Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós".
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar dignamente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Eucaristia, sacrifício e sacramento de Cristo (Missal, páginas 439/469)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica. Por essa razão, os anjos do céu, as mulheres e homens da terra, unidos a todas as criaturas, proclamamos jubilosos, vossa glória, cantando, (dizendo) a uma só voz...
Este é o corpo que será entregue por vós, este é o cálice da nova aliança no meu sangue, diz o Senhor. Todas as vezes que os receberdes, fazei-o em minha memória (1Cor 11,24s).
Ó Deus todo-poderoso, que hoje nos renovastes pela ceia do vosso Filho, dai-nos se eternamente saciados na ceia do seu reino. Por Cristo, nosso Senhor. (Terminada esta oração, o Presidente incensa o Santíssimo e forma-se a procissão para levá-lo ao local da reposição. Enquanto isso, pode-se cantar. Em seguida, inicia-se um momento de adoração)
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 15 de Abril - Sexta-feira
PAIXÃO DO SENHOR DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA (Vermelho Ofício Próprio)
(Não há Antífona de Entrada. O Presidente da Celebração faz a reverência diante do altar e prostra-se por alguns instantes em silêncio. Em seguida, levanta-se e reza a oração seguinte)
Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura do livro do profeta Isaías.
52 13 Eis que meu Servo prosperará, crescerá, elevar-se-á, será exaltado.
14 Assim como, à sua vista, muitos ficaram embaraçados – tão desfigurado estava que havia perdido a aparência humana -,
15 assim o admirarão muitos povos: os reis permanecerão mudos diante dele, porque verão o que nunca lhes tinha sido contado, e observarão um prodígio inaudito.
1 Quem poderia acreditar nisso que ouvimos? A quem foi revelado o braço do Senhor?
2 Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos.
3 Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele.
4 Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado.
5 Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós.
7 Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.)
8 Por um iníquo julgamento foi arrebatado. Quem pensou em defender sua causa, quando foi suprimido da terra dos vivos, morto pelo pecado de meu povo?
9 Foi-lhe dada sepultura ao lado de facínoras e ao morrer achava-se entre malfeitores, se bem que não haja cometido injustiça alguma, e em sua boca nunca tenha havido mentira.
10 Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada.
11 Após suportar em sua pessoa os tormentos, alegrar-se-á de conhecê-lo até o enlevo. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades.
12 Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.
Palavra do Senhor.
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
Senhor, eu ponho em vós minha esperança;
que eu não fique envergonhado eternamente!
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
Tornei-me o opróbrio do inimigo,
o desprezo e zombaria dos vizinhos
e objeto de pavor para os amigos;
fogem de mim os que me veem pela rua.
Os corações me esqueceram como um morto,
e tornei-me como um vaso espedaçado.
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio
e afirmo que só vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo
e salvai-me pela vossa compaixão.
Fortalecei os corações, tende coragem,
todos vós que ao Senhor vos confiais!
Leitura da carta aos Hebreus.
4 14 Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé.
15 Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.
16 Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno.
7 Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade.
8 Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve.
9 E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
Palavra do Senhor.
ORAÇÃO UNIVERSAL
(Após a homilia, deve ser feita a Oração UniversaL: o Comentarista, Diácono ou Ministro anuncia a intenção de cada oração e, após breve silêncio, o Presidente reza a oração que lhe segue.)
1. Pela santa Igreja: Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua própria glória.
Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome.
Por Cristo, nosso Senhor.
2. Pelo papa: Oremos pelo nosso santo padre, o papa Bento XVI. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor.
3. Pelo clero e pelos leigos: Oremos pelo nosso bispo (...), por todos os bispos, presbíteros e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel.
Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.
4. Pelos catecúmenos: Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam incorporados em Cristo Jesus.
Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que, renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos.
5. Pela unidade dos cristãos: Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que creem em Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir e conservar na unidade da sua Igreja todos os que vivem segundo a verdade.
Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
6. Pelos judeus: Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
7. Pelos que não creem no Cristo: Oremos pelos que não creem em Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação.
Deus eterno e todo-poderoso, Dai aos que não creem em Cristo e caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida.
Por Cristo, nosso Senhor.
8. Pelos que não creem em Deus: Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro.
Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu coração o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles que creem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos.
Por Cristo, nosso Senhor.
9. Pelos poderes públicos: Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar da verdade paz e liberdade.
Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa.
Por Cristo, nosso Senhor.
10. Por todos os que sofrem provações: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos viajantes e transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que agonizam.
Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia.
Por Cristo, nosso Senhor.
ADORAÇÃO DA CRUZ
(O ministro ou o diácono descobre a cruz aos poucos, cantando três vezes em tons ascendentes)
PR: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
AS: Vinde, adoremos.
(Os membros da assembleia se aproximam e beijam a cruz. Enquanto isso pode-se cantar. A adoração da cruz também pode ser feita no final da celebração)
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
Jesus Cristo se torno obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s).
N: Narrador
P: Presidente
G: Grupo ou assembleia
L: Leitor
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João.
N: Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos. 2 Judas, o traidor, conhecia também aquele lugar, porque Jesus ia frequentemente para lá com os seus discípulos. 3 Tomou então Judas a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com lanternas, tochas e armas. 4 Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes:
P: A quem buscais?
N: 5 Responderam:
G: A Jesus de Nazaré.
N: Jesus respondeu:
P: Sou eu.
N: Também Judas, o traidor, estava com eles. 6 Quando lhes disse Sou eu, recuaram e caíram por terra. 7 Perguntou-lhes ele, pela segunda vez:
P: A quem buscais?
N: Disseram:
P: A Jesus de Nazaré.
N: 8 Replicou Jesus:
P: Já vos disse que sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai ir estes.
N: 9 Assim se cumpriu a palavra que disse: “Dos que me deste não perdi nenhum”. 10 Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. 11 Mas Jesus disse a Pedro:
P: Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?
N: 12 Então a corte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram. 13 Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo. 15 Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, porém 16 Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar. 17 A porteira perguntou a Pedro:
L: Não és acaso também tu dos discípulos desse homem?
N: Respondeu Pedro:
L: Não o sou.
N: 18 Os servos e os guardas acenderam um fogo, porque fazia frio, e se aqueciam. Com eles estava também Pedro, de pé, aquecendo-se. 19 O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20 Jesus respondeu-lhe:
P: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. 21 Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei.
N: 22 A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote? Replicou-lhe Jesus:
P: 23 Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?
N: 24 Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás. 25 Simão Pedro estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe:
G: Não és porventura, também tu, dos seus discípulos?
N: Pedro negou:
L: Não!
N: 26 Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
L: Não te vi eu com ele no horto?
N: 27 Mas Pedro negou-o outra vez, e imediatamente o galo cantou. 28 Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. 29 Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou:
L: Que acusação trazeis contra este homem?
N: 30 Responderam-lhe:
G: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.
N: 31 Disse, então, Pilatos:
L: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.
N: Responderam-lhe os judeus:
G: Não nos é permitido matar ninguém.
N: 32 Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. 33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe:
L: És tu o rei dos judeus?
N: 34 Jesus respondeu:
P: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que te disseram de mim?
N: 35 Disse Pilatos:
L: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
N: 36 Respondeu Jesus:
P: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo.
N: 37 Perguntou-lhe então Pilatos:
L: És, portanto, rei?
N: Respondeu Jesus:
P: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.
N: 38 Disse-lhe Pilatos:
L: O que é a verdade?
N: Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes:
L: Não acho nele crime algum. 39 Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
N: 40 Então todos gritaram novamente e disseram:
G: 19 1 Não! A este não! Mas a Barrabás!
N: Barrabás era um salteador. Pilatos mandou então flagelar Jesus. 2 Os soldados teceram de espinhos uma coroa e a puseram sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. 3 Aproximavam-se dele e diziam:
G: Salve, rei dos judeus!
N: E davam-lhe bofetadas. 4 Pilatos saiu outra vez e disse-lhes:
L: Eis que o trago aqui fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.
N: 5 Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse:
L: Eis o homem!
N: 6 Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram:
G: Crucifica-o! Crucifica-o!
N: Falou-lhes Pilatos:
L: Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa alguma.
N: Responderam-lhe os judeus:
G: 7 Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus.
N: 8 Estas palavras impressionaram Pilatos. 9 Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus:
L: De onde és tu?
N: Mas Jesus não lhe respondeu. 10 Pilatos então lhe disse:
L: Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?
N: 11 Respondeu Jesus:
P: Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior.
N: 12 Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam:
G: Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador.
N: 13 Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata. 14 Era a Preparação para a Páscoa, cerca da hora sexta. Pilatos disse aos judeus:
L: Eis o vosso rei!
N: 15 Mas eles clamavam:
G: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!
N: Pilatos perguntou-lhes:
L: Hei de crucificar o vosso rei?
N: Os sumos sacerdotes responderam:
G: Não temos outro rei senão César!
N: 16 Entregou-o então a eles para que fosse crucificado. Levaram então consigo Jesus. 17 Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. 18 Ali o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus”. 20 Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego. 21 Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
G: Não escrevas: “Rei dos judeus”, mas sim: “Este homem disse ser o rei dos judeus”.
N: 22 Respondeu Pilatos:
L: O que escrevi, escrevi.
N: 23 Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. 24 Disseram, pois, uns aos outros:
G: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será.
N: Assim se cumpria a Escritura: “Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica”. Isso fizeram os soldados. 25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe:
P: Mulher, eis aí teu filho.
N: 27 Depois disse ao discípulo:
P: Eis aí tua mãe.
N: E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. 28 Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse:
P: Tenho sede.
N: 29 Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. 30 Havendo Jesus tomado do vinagre, disse:
P: Tudo está consumado.
N: Inclinou a cabeça e rendeu o espírito.
(Todos se ajoelham em silêncio)
N: 31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. 32 Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. 33 Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, 34 mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. 35 O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. 36 Assim se cumpriu a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”. 37 E diz em outra parte a Escritura: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38 Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. 39 Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. 40 Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. 41 No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. 42 Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo.
Palavra da Salvação.
ORAÇÃO UNIVERSAL
(Após a homilia, deve ser feita a Oração UniversaL: o Comentarista, Diácono ou Ministro anuncia a intenção de cada oração e, após breve silêncio, o Presidente reza a oração que lhe segue.)
1. Pela santa Igreja: Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua própria glória.
Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
2. Pelo papa: Oremos pelo nosso santo padre, o papa Bento XVI. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor.
3. Pelo clero e pelos leigos: Oremos pelo nosso bispo (...), por todos os bispos, presbíteros e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel.
Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.
4. Pelos catecúmenos: Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam incorporados em Cristo Jesus.
Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que, renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos. Por Cristo, nosso Senhor.
5. Pela unidade dos cristãos: Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que creem em Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir e conservar na unidade da sua Igreja todos os que vivem segundo a verdade.
Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
6. Pelos judeus: Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
7. Pelos que não creem no Cristo: Oremos pelos que não creem em Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação.
Deus eterno e todo-poderoso, Dai aos que não creem em Cristo e caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
8. Pelos que não creem em Deus: Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro.
Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu coração o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles que creem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos. Por Cristo, nosso Senhor.
9. Pelos poderes públicos: Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar da verdade paz e liberdade.
Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor.
10. Por todos os que sofrem provações: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos viajantes e transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que agonizam.
Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
ADORAÇÃO DA CRUZ
(O ministro ou o diácono descobre a cruz aos poucos, cantando três vezes em tons ascendentes)
PR: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
AS: Vinde, adoremos.
(Os membros da assembleia se aproximam e beijam a cruz. Enquanto isso pode-se cantar. A adoração da cruz também pode ser feita no final da celebração)
Sobre as Oferendas
Hoje não há oferendas. Prepara-se o altar, traz-se o pão consagrado e convida-se ao pai-nosso. (Após ser preparado o altar e trazidas as hóstias consagradas, o presidente convida a rezar o Pai-Nosso e segue-se o rito até a comunhão).
Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição do vosso Cristo, conservai em nós a obra de vossa misericórdia, para que, pela participação deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo, que acaba de celebrar a morte do vosso Filho, na esperança da sua ressurreição. Venha o vosso perdão, seja dado o vosso consolo; cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme. Por Cristo, nosso Senhor. (Não há bênção final. Todos se retiram em silêncio)
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Padroeira
Protetora dos doentes, camponeses e pastores.
Naturalidade
Nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, sudeste da França, aos pés dos montes Pirineus, Bernadete viveu em grande pobreza, mas sempre com o coração dirigido a Maria.
Escolhida pela Virgem Maria
A “Senhora”, como ela sempre definia a Virgem Maria, apareceu-lhe diversas vezes. Na aparição de 25 de março de 1858, revelou-lhe ser a Imaculada Conceição. Desde 11 de fevereiro até 16 de julho daquele ano, Bernadete recebeu 18 aparições de Maria, na Gruta de Massabielle. Desde o início das aparições, Bernadete tornou-se porta-voz de um acontecimento, que ecoou pelo mundo inteiro, apesar de passar por inúmeros interrogatórios oficiais, sendo acusada de impostora. Porém, nunca desanimou, enquanto, ao longo dos anos, aumentava o fluxo incontável de pessoas na Gruta das Curas.
A gruta de Lourdes
Essa gruta foi fruto de um pedido da Virgem Maria para lhe testar a fé. Na aparição, Maria, pedia a Bernadete que cavasse um buraco no chão em certo lugar, próximo a uma gruta, e dali verteria uma fonte de águas milagrosas. Porém, ao iniciar as escavações sem máquinas ou materiais, mas simplesmente com suas forças de menina, Bernadete viu jorrar uma água suja inicialmente e dela fez a penitência de beber por fé. Entretanto, depois disso, surgiu uma imensa fonte que até hoje é a manifestação das graças e milagres divinos por intermédio da Santa Mãe de Deus.
Decidida ao escondimento
Concluído o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos. Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das almas medíocres. Viu toda a sua experiência mística ser aprovada e diversos milagres acontecerem, até mesmo a construção do santuário, tudo isso sem buscar nenhuma recompensa nem mesmo agradecimentos.
Vocação pelos enfermos
A Virgem Maria concedeu a Bernadete a vocação de servir aos enfermos, convidando-a a ser Irmã da Caridade. Com efeito, em 7 de julho de 1866, em Saint-Gildard, entrou a fazer parte da comunidade da Casa Geral da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Lá ela trabalhou como enfermeira e sacristã, mas seu coração sempre acompanhava a Virgem e os enfermos. Tinha dotada capacidade de compaixão.
Quando a doença lhe encontrou
“Maria é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente”, era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: “Não te prometo fazer-te feliz neste mundo, mas no outro”. O privilégio de ter sido escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana. Ela foi obrigada a ficar acamada por causa da asma, da tuberculose e de um tumor ósseo no joelho, teve de lutar com essas enfermidades durante 9 anos de sua vida. Faleceu com a idade de 35 anos, em 16 de abril de 1879.
Bernadete e o Papa Francisco
Em sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo de 2017, o Papa Francisco recordou que “a humilde jovem de Lourdes afirmava que a Virgem, por ela definida ‘Bela Senhora’, a olhava como se olha para uma pessoa. Estas simples palavras descrevem a plenitude de uma relação. Assim, a pobre, analfabeta e doente Bernadete, sentia-se acolhida por Maria como pessoa. A ‘Bela Senhora’ dirigia-se a ela com grande respeito, mas sem comiseração”. “Depois dos acontecimentos na Gruta, graças à oração, – acrescentou o Papa – Bernadete transformou a sua fragilidade em ajuda aos outros; graças ao amor, foi capaz de enriquecer o próximo e, sobretudo, de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade. O fato de a ‘Bela Senhora’ ter-lhe pedido para rezar pelos pecadores, nos recorda que os enfermos e os sofredores não têm somente o desejo de sarar, mas também de viver cristãmente a sua vida, chegando até a doá-la como autênticos discípulos missionários de Cristo”.
Canonização
Em 1925, foi beatificada pelo Papa Pio XI, que a proclamou santa em 8 de dezembro de 1933. Assim tornou-se grande símbolo e testemunho da divulgação e proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Sua vida está intimamente ligada à Maria e aos enfermos.
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Bernadete, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
A minha oração
“Querida Bernadete, tão íntima da Virgem Maria e imitadora das suas virtudes, concedei que eu também possa imitar-te na vida e no amor à Santíssima Mãe de Deus. Ajudai-me em meio aos meus sofrimentos, que eu tenha paciência e mansidão, em tudo saiba ofertar-me a Deus, esse Pai tão Bondoso.”
Santa Maria Bernadete, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 16 de abril:
- Os santos mártires Leónidas e sete companheiros que, depois de suportarem vários suplícios, foram afogados no mar em Corinto, cidade da Acaia, atualmente na Grécia. († s. III/IV)
- Santos Optato e dezassete companheiros mártires em Saragoça, na Hispânia Tarraconense. († s. IV)
- Santa Engrácia, virgem e mártir em Saragoça. († s. IV)
- Santos Caio e Cremêncio em Saragoça. († s. IV)
- São Turíbio, bispo em Astorga, no reino dos Suevos, também na Hispânia. († s. V)
- São Frutuoso, bispo em Braga, na Galécia, hoje em Portugal. († c. 665)
- São Magno, mártir na Escócia.(† 1116)
- São Drogão, em Sebourg, no Hainaut, atualmente na França. († c. 1186)
- São Contardo, peregrino em Broni, perto de Pavia, na Lombardia, região da Itália. († 1249)
- o Beato Joaquim, religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Sena, na Etrúria.(† 1305)
- São Bento José Labre, dedicado à extrema pobreza e à penitência em Roma. († 1783)
- Os beatos mártires Pedro Delépine, João Menard e vinte e quatro companheiras em Avrillé, junto de Angers, na França.(† 1794)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
- Arquidiocese de São Paulo
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 16 de Abril - Sábado
VIGÍLIA PASCAL (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
Não tem antífona nesta celebração e sim uma liturgia inicial com a benção do fogo e o rito de acender o Círio Pascal e a Proclamação da Páscoa, conforme se segue: BÊNÇÃO DO FOGO (A celebração da Vigília Pascal inicia com a saudação do Presidente, diante da Igreja, em torno do fogo aceso) PR: Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor. (Preparação do Círio Pascal) Cristo, ontem e hoje (incisão na haste vertical). Princípio e fim (incisão na haste horizontal). Alfa (incisão do alfa no alto da haste vertical). Ômega (incisão do ômega embaixo da haste vertical). A Ele o tempo (incisão do número 2 sobre o ângulo esquerdo superior da cruz). E a eternidade (incisão do número 0 sobre o ângulo direito superior da cruz). A glória e o poder (incisão de outro número 0 no ângulo esquerdo inferior da cruz). Pelos séculos sem fim, amém (incisão do numero 9 sobre o ângulo direito inferior da cruz). Por suas chagas, suas chagas gloriosas, o Cristo Senhor nos proteja e nos guarde. Amém. (Acende o Círio) A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente. Irmãos e irmãs, acendamos as velas na luz de Cristo ressuscitado. (Todos acendem as velas e se dirigem em procissão para o interior da Igreja. O Presidente da celebração leva o Círio e canta três vezes, enquanto se aproxima do altar) Eis a luz de Cristo! AS: Demos graças a Deus. (Ao chegar o altar, segue-se a proclamação da Páscoa) PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA (Versão breve) Exulte o céu, e os anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um rei anunciando. Alegre-se também a terra amiga, que em meio a tantas luzes resplandece; e, vendo dissipar-se a treva antiga, ao sol do eterno rei brilha e se aquece. Que a mãe Igreja alegre-se igualmente, erguendo as velas deste fogo novo, e escutem, reboando de repente, o aleluia cantado pelo povo. O Senhor esteja convosco. AS: Ele está no meio de nós. PR: Corações ao alto. AS: O nosso coração está em Deus. PR: Demos graças ao Senhor, nosso Deus. AS: É nosso dever e nossa salvação. Sim, verdadeiramente é bom e justo cantar ao Pai de todo o coração e celebrar seu Filho, Jesus Cristo, tornado para nós um novo Adão. Foi ele quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte entregou: para apagar o antigo documento, na cruz todo o seu sangue derramou. Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com divino sangue nos salvou. Esta é, Senhor, a noite em que do Egito retirastes os filhos de Israel, transpondo o mar Vermelho a pé enxuto, rumo à terra onde correm leite e mel. Ó noite em que a coluna luminosa as trevas do pecado dissipou, e aos que crêem no Cristo em toda a terra em novo povo eleito congregou! Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor: de que nos valeria ter nascido se não nos resgatasse em seu amor? Ó Deus, quão estupenda caridade vemos no vosso gesto fulgurar: não hesitais em dar o próprio Filho para a culpa dos servos resgatar. Ó pecado de Adão indispensável, pois o Cristo o dissolve em seu amor; ó culpa tão feliz que há merecido a graça de um tão grande redentor! Pois esta noite lava todo o crime, liberta o pecador dos seus grilhões; dissipa o ódio e dobra os poderosos, enche de luz e paz os corações. Ó noite de alegria verdadeira, que prostra o faraó e ergue os hebreus, que une de novo ao céu a terra inteira, pondo na treva humana a luz de Deus. Na graça desta o vosso povo acende um sacrifício de louvor; acolhei, ó Pai santo, o fogo novo: não perde, ao dividir-se, o seu fulgor. Cera virgem que acendeu as nossas velas possa esta noite toda fulgurar; misture sua luz à das estrelas, cintile quando o dia despontar. Que ele possa agradar-vos como o Filho, que triunfou da morte e vence o mal: Deus, que a todos acende no seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal. (Terminada a proclamação acima, apagam-se as velas e todos se sentam)
Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.
Leitura do livro do Gênesis.
1 1 No princípio, Deus criou os céus e a terra.
26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra."
27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
29 Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." E assim se fez. 31 Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.
Palavra do Senhor.
Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestir
e de luz vos envolveis como num manto.
A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.
Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.
De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
ORAÇÃO
Ó Deus, admirável na criação do ser humano e mais ainda na sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
SEGUNDA LEITURA - Gênesis 22,1-2.9-13.15-18 (versão breve)
Leitura do livro do Gênesis.
1 Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2 E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o ali em holocausto sobre o monte que eu te indicar”. 9 Quando chegaram ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu ali o altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha do altar. 10 Depois estendeu a mão e tomou a faca a fim de matar o filho para o sacrifício. 11 Mas o anjo do Senhor gritou-lhe do céu: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12 E o anjo disse: “Não estendas a mão contra o menino e não lhe faças mal algum. Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu único filho”. 13 Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num espinheiro. Pegou o carneiro e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 15 O anjo do Senhor chamou Abraão pela segunda vez, do céu 16 e lhe falou: Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor – já que agiste deste modo e não me recusaste teu único filho, 17 eu te abençoarei e tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do céu e como as areias da praia
do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18 Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
Palavra do Senhor.
SALMO 15/16
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!
ORAÇÃO
Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação, e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.
TERCEIRA LEITURA - Êxodo 14,15-15,1
Leitura do livro do Êxodo.
Naqueles dias, 15 o Senhor disse a Moisés: “Por que Clamas a mim por socorro? Dize aos israelitas que se ponham em marcha. 16 Quanto a ti, ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os israelitas passem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, vou endurecer o coração dos egípcios para que os persigam, e eu seja glorificado às custas do faraó e de todo seu exército, seus carros e cavaleiros. 18 Os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do faraó, dos seus carros e cavaleiros”. 19 Então o anjo de Deus, que caminhava à frente das tropas de Israel, tomou posição atrás deles: a coluna de nuvem que estava na frente postou-se atrás, 20 inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o de Israel – a nuvem era tenebrosa, mas iluminava a noite – de modo que durante a noite inteira uns não podiam ver os outros. 21 Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante a noite inteira o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte, fazendo recuar o mar e transformando- o em terra seca. As águas se dividiram 22 e os israelitas entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e outra à esquerda deles. 23 Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.24 Na vigília da manhã, de cima da coluna de fogo e de nuvem, o Senhor lançou um olhar sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25 Emperrou as rodas dos carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Então os egípcios disseram: “Vamos fugir de Israel, pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26 Mas o Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, e as águas se voltarão contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27 Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao estado normal, enquanto os egípcios em fuga corriam ao encontro das águas. Assim o Senhor lançou os egípcios ao meio do mar. 28 As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29 Os israelitas, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e outra à esquerda deles. 30 Naquele dia o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. 31 Israel viu a mão poderosa do Senhor agir contra o Egito. O povo temeu o Senhor e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1 Então Moisés e os israelitas cantaram ao Senhor este cântico:
Palavra do Senhor.
SALMO Ex 15
Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória!
Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro!
O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar,
pois foi ele neste dia para mim libertação!
Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei.
O Senhor é um Deus guerreiro; o seu nome é “onipotente”.
Os soldados e os carros do faraó jogou no mar,
seus melhores capitães afogou no mar Vermelho.
Afundaram como pedras e as ondas os cobriram.
Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável!
Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!
Vosso povo levareis e o plantareis em vosso monte,
no lugar que preparastes para a vossa habitação,
no santuário construído pelas vossas próprias mãos.
O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!
ORAÇÃO
Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestantes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição do faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo. Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor.
QUARTA LEITURA - Isaías 54,5-14
Leitura do livro do profeta Isaías.
5 Pois teu marido é o teu criador, Senhor dos exércitos é o seu nome! Quem te resgata é o Santo de Israel! Ele será chamado o Deus de toda a terra!
6 Mulher abandonada e aflita, o Senhor te chama. Esposa da juventude um dia abandonada, contigo fala o teu Deus. 7 Por um breve instante eu te abandonei, com imenso amor de novo te recolho. 8 Na raiva, por um momento eu te escondi meu rosto, com amor eterno voltei a me apaixonar por ti. É o que diz o Senhor, teu redentor. 9 Como nos tempos de Noé, agora faço a mesma coisa: A ele jurei que nunca mais derramaria dilúvio sobre a terra, da mesma forma agora eu juro que nunca mais terei raiva de ti, que nunca mais vou castigar-te. 10 Mesmo que as serras mudem de lugar, ou que as montanhas balancem, meu amor para contigo nunca vai mudar, minha aliança perfeita nunca há de vacilar – diz o Senhor, o teu apaixonado. 11 Pobrezinha, flagelada e sem consolo, agora vou assentar as tuas pedras com argamassa de rubis, teu alicerce eu faço de safira, 12 as muralhas faço de diamante e as portas, de cristal, eu te cerco toda de pedras preciosas. 13 Teus filhos serão todos discípulos do Senhor e grande será a felicidade deles. 14 Serás alicerçada na justiça. Longe estarás do opressor e não precisarás ter medo, longe do terror, que não mais se aproximará de ti.
Palavra do Senhor.
SALMO 29/30
Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes quando estava já morrendo!
Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.
Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma festa,
Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já se realizou em grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por Cristo, nosso Senhor.
QUINTA LEITURA - Isaías 55,1-11
Leitura do livro do profeta Isaías.
1 Oh! Todos que estais com sede, vinde buscar água! Quem não tem dinheiro venha também! Comprar para comer, vinde, comprar sem dinheiro vinho e mel, sem pagar! 2 Para que gastar dinheiro com coisas que não alimentam? Por que trabalhar tanto pelo que não mata a fome? Escutai, ouvi bem o que eu digo e comereis o que há de melhor, o vosso paladar se deliciará com o que há de mais saboroso. 3 Atenção! Vinde procurar-me, ouvi-me e tereis vida nova, farei convosco uma aliança definitiva, um compromisso firme com Davi. 4 Fiz dele uma autoridade entre os povos, um guia que dá ordens às nações. 5 E vais, agora, convocar uma gente que não conhecias, gente que nunca te conheceu virá correndo te procurar, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. 6 Procurai o Senhor enquanto é possível encontrá-lo chamai por ele, agora que está perto. 7 Que o malvado abandone o mau caminho, que o perverso mude seus planos, cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão, retorne para o nosso Deus, imenso no perdoar. 8 Pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus – oráculo do Senhor. 9 Pois tanto quanto o céu acima da terra, assim estão os meus caminhos acima dos vossos e meus pensamentos distantes dos vossos. 10 E como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, 11 assim também acontece com a minha palavra: Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão.
Palavra do Senhor.
SALMO Is 12
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo;
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor,
invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,
entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.
Louvai, cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos,
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião,
porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!”
ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, única esperança do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam. Aumentai o fervor do vosso povo, pois nenhum dos vossos filhos conseguirá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.
SEXTA LEITURA - Baruc 3,9-15.32-4,4
Leitura do livro do profeta Baruc.
9 Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10 Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11 Envelheceste num país estrangeiro e te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que desce à mansão dos mortos. 12 Abandonaste a fonte da sabedoria! 13 Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14 Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15 Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32 Aquele que tudo sabe conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; Aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; 33 Aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece, tremendo. 34 As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35 Ele chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as fez. 36 Este é o nosso Deus e nenhum outro pode comparar-se com Ele. 37 Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado. 38 Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4, 1 A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a Lei que permanece para sempre. Todos os que a seguem têm a vida, e os que a abandonam têm a morte. 2 Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3 Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4 Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO 18B/19
Senhor, tens palavras de vida eterna.
A lei do Senhor Deus é perfeita,
conforto para a alma!
O testemunho do Senhor é fiel,
sabedoria dos humildes.
Os preceitos do Senhor são precisos,
alegria ao coração.
O mandamento do Senhor é brilhante,
para os olhos é uma luz.
É puro o temor do Senhor,
imutável para sempre.
Os julgamentos do Senhor são corretos
e justos igualmente.
Mais desejáveis do que o ouro são eles,
do que o ouro refinado.
Suas palavras são mais doces que o mel,
que o mel que sai dos favos.
ORAÇÃO
Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais, chamando todos os povos ao Evangelho, guardai sob a vossa contínua proteção os que purificais na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
SÉTIMA LEITURA Ezequiel 36,16-28
Leitura da profecia de Ezequiel.
16 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17 “Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18 Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam. 19 Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20 Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: ‘Este é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país’. 21 Então eu tive pena do meu santo nome, que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22 Por isso, dize à casa de Israel: ‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa de meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23 Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24 Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países e vos conduzirei para a vossa terra. 25 Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26 Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27 porei o meu espírito dentro vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28 Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus’”.
Palavra do Senhor.
SALMO 41/42
A minha alma tem sede de Deus.
A minha alma tem se de Deus
e deseja o Deus vivo.
Quando terei a alegria de ver
a face de Deus?
Peregrino e feliz caminhando
para a casa de Deus,
entre gritos, louvor e alegria
da multidão jubilosa.
Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso monte santo,
até a vossa morada!
Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei, ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!
ORAÇÃO
Ó Deus, força imutável e luz inextinguível, olhai com bondade o mistério de toda a vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da paz a obra da salvação que concebestes desde toda a eternidade. Que o mundo todo veja e reconheça que se levanta o que estava caído, que o velho se torna novo e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é princípio de todas as coisas. Por Cristo, nosso Senhor.
CANTO DO GLÓRIA
Carta (Romanos 6,3-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
Irmãos, 6 3 ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.
5 Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição.
6 Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado.
7 (Pois quem morreu, libertado está do pecado.)
8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele,
9 pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele.
10 Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus!
11 Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
SALMO 117/118
Aleluia, aleluia, aleluia.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
Eterna é a sua misericórdia!
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou,
a mão direita do Senhor fez maravilhas!
Não morrerei, mas, ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!
A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
24 1 No primeiro dia da semana, muito cedo, dirigiram-se ao sepulcro com os aromas que haviam preparado.
2 Acharam a pedra removida longe da abertura do sepulcro.
3 Entraram, mas não encontraram o corpo do Senhor Jesus.
4 Não sabiam elas o que pensar, quando apareceram em frente delas dois personagens com vestes resplandecentes.
5 Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, disseram-lhes eles: “Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo?”
6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como ele vos disse, quando ainda estava na Galileia:
7 “O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores e crucificado, mas ressuscitará ao terceiro dia”.
8 Então elas se lembraram das palavras de Jesus.
9 Voltando do sepulcro, contaram tudo isso aos Onze e a todos os demais.
10 Eram elas Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; as outras suas amigas relataram aos apóstolos a mesma coisa.
11 Mas essas notícias pareciam-lhes como um delírio, e não lhes deram crédito.
12 Contudo, Pedro correu ao sepulcro; inclinando-se para olhar, viu só os panos de linho na terra. Depois, retirou-se para a sua casa, admirado do que acontecera.
Palavra da Salvação.
Após a homilia, faz-se a liturgia batismal, conforme se segue:
Iniciemos a liturgia batismal, por meio da qual renovamos nosso compromisso batismal (e acolhemos os novos membros da comunidade). O batizado assume o compromisso com uma vida nova, trazida por Cristo ressuscitado.
(Se houver batismo, apresenta-se os catecúmenos à assembleia e o presidente começa com as seguintes palavras:)
PR: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces a alegre esperança dos nossos irmãos e irmãs (...), para que Deus todo-poderoso acompanhe com sua misericórdia os que se aproximam da fonte do novo nascimento.
(Se não houver batismo, mas somente a bênção da água batismal:)
PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos sobre estas águas a graça de Deus Pai onipotente, para que em Cristo sejam reunidos aos filhos adotivos aqueles que renascerem pelo batismo.
(A seguir, entoa-se a ladainha (pode ser dispensada se não houver batismo nem bênção da água batismal. Após a ladainha, se houver batismo, o presidente reza:)
PR: Ó Deus de bondade, manifestai o vosso poder nos sacramentos que revelam vosso amor. Enviai o espírito de adoção para criar um novo povo, nascido para vós nas águas do batismo. E assim possamos ser, em nossa fraqueza, instrumentos do vosso poder. Por Cristo, nosso Senhor.
AS: Amém.
BÊNÇÃO DA ÁGUA BATISMAL
(Se houver batismo, o presidente profere a seguinte oração sobre a água:)
PR: Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos, realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos e batizai-os em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo”. Olhai, agora, ó Pai, a vossa Igreja e fazei brotar para ela a água do batismo. Que o espírito Santo dê, por esta água, a graça de Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova.
(O presidente pode mergulhar o círio pascal na água)
Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso Filho desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. E todos os que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com ele para a Vidal. Por Cristo, nosso Senhor.
AS: Amém.
BÊNÇÃO DA ÁGUA
(Se não houver batismo nem bênção da água batismal, o presidente benze a água para a aspersão e para ser levada aos lares)
PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos fiéis ao Espírito que recebemos.
Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e, nesta noite santa em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança, que era vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada por Cristo no Jordão, renovastes, pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos que foram batizados na Páscoa.
AS: Amém.
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO
(Após a benção da água, todos de pé e com as velas acesas renovam as promessas do batismo)
PR: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos, no batismo, sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, terminados os exercícios da Quaresma, renovemos as promessas do nosso batismo, pelas quais já renunciamos a satanás e suas obras e prometemos servir a Deus na santa Igreja católica. Portanto:
Pra viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado?
AS: Renuncio.
Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós?
AS: Renuncio.
Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado?
AS: Renuncio.
Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
AS: Creio.
Credes em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor, que nasceu da virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?
AS: Creio.
Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
AS: Creio.
O Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
AS: Amém.
(O presidente asperge a assembleia com a água benta)
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. Por Cristo, nosso Senhor.
O mistério pascal (Missal,, páginas 421/469)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, em todo tempo e lugar, mas sobretudo nesta noite em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Ele é o verdadeiro Cordeiro, que tida o pecado do mundo. Morrendo, destruiu a morte e, ressurgindo, deu-nos a vida. Transbordando de alegria pascal, nos nos unimos aos anjos e a todos os santos para celebrar a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz...
Cristo, nossa páscoa, foi imolado; celebremos a festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia! (1cor 5,7s).
Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 17 de Abril - Domingo
PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO (Branco, Glória, Sequência, Creio, Prefácio da Páscoa I I Semana do Saltério)
Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia! (Sl 138,18.5s)
Ó Deus, por vosso filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concede que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 10 34 Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele.
39 E nós somos testemunhas de tudo o que fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o num madeiro.
40 Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia e permitiu que aparecesse,
41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia predestinado, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou.
42 Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que é ele quem foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
43 Dele todos os profetas dão testemunho, anunciando que todos os que nele crêem recebem o perdão dos pecados por meio de seu nome”.
Palavra do Senhor.
Este é o dia que o Senhor fez para nós:
alegremo-nos e nele exultemos!
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou.
Não morrerei, mas, ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!
A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
3 1 Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.
2 Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra.
3 Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória.
Palavra do Senhor.
Cantai, cristãos, afinal: Salve ó vítima Pascal! Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco. Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte. O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo! Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia? Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol... O Cristo, que leva aos céus, caminha à frente dos seus! Ressuscitou de verdade. Ó rei, ó Cristo, piedade!
Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!”
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
9 Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Transbordando de alegria pascal, nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício pelo qual a vossa Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta. Por Cristo, nosso Senhor.
O Cristo, nossa Páscoa, foi imolado; celebremos a festa com pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia (1Cor 5,7s).
Guardai, ó Deus, a vossa Igreja sob a vossa constante proteção para que, renovados pelos sacramentos pascais, cheguemos à luz da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
São Galdino
Nascido em Milão (Itália) no ano de 1096, São Galdino foi um religioso com uma rápida ascensão diretamente de auxiliar para bispo de sua cidade. São Galdino ficou conhecido por enfrentar o antipapa Vítor IV, que era apoiado pelo Frederico, o Barbaroxa, que arrasou a cidade de Milão no ano de 1162 por sua oposição.
Missão e caridade
São Galdino não decepcionou o Papa nem sua diocese católica. Praticou amplamente a caridade, inclusive instigando todos a fazê-lo, realizou pregações contra os hereges e converteu multidões. Mas além de todos os seus trabalhos, São Galdino ficou conhecido por seu socorro aos pobres que se encontravam presos por conta de dívidas.
Defendeu a fé
São Galdino defendia seu povo e sua terra com todas as forças, porém após concluir um sermão contra os inimigos da Igreja e da cidade, com grande emoção, acabou caindo morto de repente em frente a milhares de fiéis.
Servir os pobres é servir Jesus
A esses serviu tanto que suas visitas de apoio recebem até um apelido: “o pão de são Galdino”. Uma espécie de “cesta básica” material e espiritual, pois dava pão para o corpo e orações, que eram o pão para o espírito. Foi uma fonte de força e fé para lutar contra os opressores.
Força no anúncio do Evangelho
Morreu em 18 de abril de 1176, justamente no instante em que fazia, no púlpito, um sermão inflamado contra os pecadores, os hereges, inimigos da Igreja e os políticos, inimigos da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, diante de um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.
A minha oração
“Ó Deus que concedestes inumeráveis graças ao vosso servo São Galdino, fazendo-o firme instrumento de vossa caridade e fidelidade à santa doutrina, permita-me, a mim também, ser mais fiel a vós e a igreja, enchendo meu coração de amor para com os pobres e necessitados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.”
São Galdino, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 18 de abril:
- Santos Hermógenes e Elpídio, mártires, na Turquia. († data inc.)
- São Pusício, mártir, trespassado no pescoço, morreu no Sábado Santo, alcançando um lugar insigne entre a multidão dos mártires trucidados depois de São Simeão, no Iraque. († 341)
- Santo Eusébio, bispo, que acompanhou o papa São João I, enviado pelo rei Teodorico a Constantinopla, seguindo-o também, depois do regressso, no cárcere em que foram encerrados. († c. 526)
- São Lariano ou Molássio, abade que difundiu pacificamente na ilha a celebração da Páscoa segundo o costume romano na Irlanda. († 638)
- Santo Usmaro, bispo e abade, que propagou a regra de São Bento e conduziu o povo da região à fé cristã na Bélgica. († 713)
- Santa Antusa, virgem, filha do imperador Constantino Coprónimo, que empregou todos os seus bens para ajudar os pobres, redimir os escravos, restaurar igrejas e construir mosteiros na Turquia. († fin. s. VIII)
- Santa Atanásia, viúva, depois eremita e hegúmena, ilustre pela sua observância da disciplina monástica e grandes virtudes, na Grécia. († s. IX)
- São João Isauro, monge, que foi discípulo de São Gregório Decapolita e, no tempo do imperador Leão o Arménio, combateu valorosamente em defesa das sagradas imagens. († d. 842)
- São Perfeito, presbítero e mártir, que, por ter combatido a doutrina de Maomé e professado firmemente a fé em Cristo, foi encerrado no cárcere e depois passado ao fio da espada pelos Mouros, na Espanha. († 850)
- Beato Idesbaldo, abade que, depois de ter ficado viúvo e ter exercido funções no palácio condal durante trinta anos, ingressou no mosteiro de Dune, que dirigiu santamente como terceiro abade durante doze anos, na Bélgica. († 1167)
- Beato André, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que se dedicou à pregação na Itália e na França.
- Beato André Hibernon, religioso da Ordem dos Frades Menores, que, tendo sido na sua juventude espoliado de todo os bens pelos ladrões, cultivou de modo admirável a pobreza, na Espanha. († 1602)
- Beata Maria da Encarnação (Bárbara Avrillot), exemplar mãe de família e mulher de admirável piedade, que introduziu o Carmelo na França e fundou cinco mosteiros, até que, após a morte do esposo, ela própria professou a vida religiosa, na França. († 1618)
- Beato José Moreau, presbítero e mártir que, durante a Revolução Francesa, foi degolado em ódio à fé cristã na Sexta-Feira da Paixão do Senhor, na França. († 1794)
- Beato Lucas Passi, presbítero e fundador da Congregação das Irmãs Mesras de Santa Doroteia na Itália. († 1866)
- Beata Sabina Petrílli, virgem que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina de Sena para socorrer as jovens indigentes e os pobres mais necessitados na Itália. († 1923)
- Beato Romano Archutowski, presbítero e mártir que, por causa da fé cristã, foi encerrado no cárcere pelos soldados estrangeiros e, exausto pela fome e pela enfermidade, alcançou a glória eterna na Polônia. († 1943)
Fontes:
- SANTO DO DIA – Vatican News
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- VIDA CRISTÃ – Franciscanos – franciscanos.org.br
– Pesquisa: Willamys Fernandes – candidato às ordens sacras – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 18 de Abril - Segunda-feira
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
O Senhor vos introduziu na terra onde correm leite e mel; que sua lei esteja sempre em vossos lábios! (Ex 13,5.9)
Ó Deus, que fazeis crescer a vossa Igreja, dando-lhe sempre novos filhos e filhas, concedei que, por toda a sua vida, estes vossos servos e servas sejam fiéis ao sacramento do batismo que receberam, professando a fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
2 14 Pedro então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: “Homens da Judéia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras.
15 Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia.
16 Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel:
17 ‘Acontecerá nos últimos dias’ - é Deus quem fala -, ‘que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão.
18 Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão.
19 Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue fogo e vapor de fumaça.
20 O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor.
21 E então todo o que invocar o nome do Senhor será salvo’.
22 Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis.
32 A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas”.
Palavra do Senhor.
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Digo ao Senhor: somente vós sois meu Senhor.
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha
e até de noite me adverte o coração.
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte
nem vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 28 8 as mulheres se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos.
9 Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: “Salve!” Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés.
10 Disse-lhes Jesus: “Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão”.
11 Enquanto elas voltavam, alguns homens da guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos sacerdotes.
12 Reuniram-se estes em conselho com os anciãos. Deram aos soldados uma importante soma de dinheiro, ordenando-lhes:
13 “Vós direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis.
14 Se o governador vier a sabê-lo, nós o acalmaremos e vos tiraremos de dificuldades”.
15 Os soldados receberam o dinheiro e seguiram suas instruções. E esta versão é ainda hoje espalhada entre os judeus.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo para que, renovados pela profissão da fé e pelo santo batismo, consigamos a felicidade eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
O Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não tem mais poder sobre ele, aleluia! (Rm 6,9)
Transborde, ó Deus, em nossas almas a graça dos sacramentos pascais, para que, tendo-nos introduzido no caminho da salvação, nos torneis dignos dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 19 de Abril - Terça-feira
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
Deu-lhes a água da sabedoria, tornou-se a sua força, e não vacilam; vai exaltá-los para sempre, aleluia! (Eclo 15,3s)
Ó Deus, que nos concedestes a salvação pascal, acompanhais o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegrar-se no céu, como exulta agora na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos Apóstolos.
2 36 “Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo”.
37 Ao ouvirem essas coisas, ficaram compungidos no íntimo do coração e indagaram de Pedro e dos demais apóstolos: “Que devemos fazer, irmãos?”
38 Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39 Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.
40 Ainda com muitas outras palavras exortava-os, dizendo: “Salvai-vos do meio dessa geração perversa!”
4l Os que receberam a sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número dos adeptos.
Palavra do Senhor.
Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.
Reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
pra da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.
No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 20 11 entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro.
12 Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13 Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”.
14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu.
15 Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?” Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”.
16 Disse-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre).
17 Disse-lhe Jesus: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.
18 Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, com bondade, as oferendas da vossa família e concedei-nos, com o auxílio da vossa proteção, sem perder o que nos destes, alcançar os bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus: tende gosto pelas coisas do alto, aleluia! (Cl 3,1s)
Ouvi-nos, ó Deus todo-poderoso, e preparai os corações de vossos filhos e filhas que enriquecestes com a graça do batismo, para que possa merecer a felicidade eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 20 de Abril - Quarta-feira
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
Vinde, benditos de meu Pai: tomai posse do reino preparado para vós desde o princípio do mundo, aleluia! (Mt 25,34)
Ó Deus, que nos alegrais todos os anos com a solenidade da ressurreição do Senhor, concedei-nos, pelas festas que celebramos nesta vida, chegar às eternas alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 3 1 Pedro e João iam subindo ao templo para rezar à hora nona.
2 Nisto levavam um homem que era coxo de nascença e que punham todos os dias à porta do templo, chamada Formosa, para que pedisse esmolas aos que entravam no templo.
3 Quando ele viu que Pedro e João iam entrando no templo, implorou a eles uma esmola.
4 Pedro fitou nele os olhos, como também João, e disse:" Olha para nós".
5 Ele os olhou com atenção esperando receber deles alguma coisa.
6 Pedro, porém, disse: "Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!"
7 E tomando-o pela mão direita, levantou-o. Imediatamente os pés e os tornozelos se lhe firmaram. De um salto pôs-se de pé e andava.
8 Entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.
9 Todo o povo o viu andar e louvar a Deus.
10 Reconheceram ser o mesmo coxo que se sentava para mendigar à porta Formosa do templo, e encheram-se de espanto e pasmo pelo que lhe tinha acontecido.
Palavra do Senhor.
Exulte o coração dos que buscam o Senhor.
Dai graças ao Senhor, gritai seu nome,
anunciai entre as nações seus grandes feitos!
Cantai, entoai salmos para ele,
publicai todas as suas maravilhas!
Gloriai-vos em seu nome que é santo,
exulte o coração que busca a Deus!
Procurai o Senhor Deus e seu poder,
buscai constantemente a sua face!
Descendentes de Abraão, seu servidor,
e filhos de Jacó, seu escolhido,
ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus,
vigoram suas leis em toda a terra.
Ele sempre se recorda da aliança,
promulgada a incontáveis gerações;
da aliança que ele fez com Abraão
e do seu santo juramento a Isaac.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
24 13 Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14 Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.
15 Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles.
16 Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.
17 Perguntou-lhes, então: "De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?"
18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: "És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?"
19 Perguntou-lhes ele: "Que foi?" Disseram: "A respeito de Jesus de Nazaré. Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.
20 Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21 Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.
22 É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol;
23 e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.
24 Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram".
25 Jesus lhes disse: "Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!
26 Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?"
27 E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.
28 Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.
29 Mas eles forçaram-no a parar: "Fica conosco, já é tarde e já declina o dia". Entrou então com eles.
30 Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho.
31 Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram mas ele desapareceu.
32 Diziam então um para o outro: "Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?"
33 Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam.
34 Todos diziam: "O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão".
35 Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício da redenção humana, para que ele nos reconcilie convosco e nos conceda salvação nesta vida e na outra. Por Cristo, nosso Senhor.
Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus ao partir o pão, aleluia! (Lc 24,35)
Purificados da antiga culpa, nós vos pedimos, ó Deus, que a comunhão no sacramento do vosso Filho nos transforme em nova criatura. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 21 de Abril - Quinta-feira
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
Senhor, todos louvaram, unânimes, a vossa mão vitoriosa, pois a vossa sabedoria abriu os lábios dos mudos e tornou eloquente a língua das crianças, aleluia! (Sb 10,20s)
Ó Deus, que reunistes povos tão diversos no louvor do vosso nome, concedei aos que renasceram nas águas do batismo ter no coração a mesma fé e na vida a mesma caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
3 11 Como ele se conservava perto de Pedro e João, uma multidão de curiosos afluiu a eles no pórtico chamado Salomão.
12 À vista disso, falou Pedro ao povo: “Homens de Israel, por que vos admirais assim? Ou por que fitais os olhos em nós, como se por nossa própria virtude ou piedade tivéssemos feito este homem andar?
13 O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos pais glorificou seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes perante Pilatos, quando este resolvera soltá-lo.
14 Mas vós renegastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homicida.
15 Matastes o Príncipe da vida, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos: disso nós somos testemunhas.
16 Em virtude da fé em seu nome foi que esse mesmo nome consolidou este homem, que vedes e conheceis. Foi a fé em Jesus que lhe deu essa cura perfeita, à vista de todos vós.
17 Agora, irmãos, sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos chefes.
18 Deus, porém, assim cumpriu o que já antes anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo devia padecer.
19 Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados.
20 Virão, assim, da parte do Senhor os tempos de refrigério, e ele enviará aquele que vos é destinado: Cristo Jesus.
21 É necessário, porém, que o céu o receba até os tempos da restauração universal, da qual falou Deus outrora pela boca dos seus santos profetas.
22 Já dissera Moisés: ‘O Senhor, nosso Deus, vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim: a este ouvireis em tudo o que ele vos disser.
23 Todo aquele que não ouvir esse profeta será exterminado do meio do povo’.
24 Todos os profetas, que têm falado sucessivamente desde Samuel, anunciaram estes dias.
25 Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com os nossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’.
26 Foi em primeiro lugar para vós que Deus suscitou o seu servo, para vos abençoar, a fim de que cada um se aparte da sua iniquidade”.
Palavra do Senhor.
Ó Senhor, nosso Deus, como é grande
vosso nome por todo o universo!
Ó Senhor, nosso Deus, como é grande
vosso nome por todo o universo!
Perguntamos: “Senhor, que é o homem,
para dele assim vos lembrardes
e o tratardes com tanto carinho?”
Pouco abaixo de Deus o fizestes,
coroando-os de glória e esplendor;
vós lhe destes poder sobre tudo,
vossas obras aos pés lhe pusestes.
As ovelhas, os bois, os rebanhos,
todo o gado e as feras da mata;
passarinhos e peixes dos mares,
todo ser que se move nas águas.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 24 35 Os discípulos, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
36 Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco!”
37 Perturbados e espantados, pensaram estar vendo um espírito.
38 Mas ele lhes disse: “Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações?
39 Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho”.
40 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.
41 Mas, vacilando eles ainda e estando transportados de alegria, perguntou: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”
42 Então ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado.
43 Ele tomou e comeu à vista deles.
44 Depois lhes disse: “Isto é o que vos dizia quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”.
45 Abriu-lhes então o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo:
46 “Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia.
47 E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48 Vós sois as testemunhas de tudo isso”.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas que vos apresentamos com alegria. Que elas sejam úteis aos que foram batizados e apressem o vosso auxílio para nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas à sua luz admirável, aleluia (1Pd 2,9)
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que este convívio redentor nos seja um auxílio na vida presente e penhor da eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 22 de Abril - Sexta-feira
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
O Senhor conduziu o seu povo na esperança e recobriu com o mar seus inimigos, aleluia! (Sl 77,53)
Deus eterno e todo-poderoso, que no sacramento pascal restaurastes vossa aliança, reconciliando convosco a humanidade, concedei-nos realizar em nossa vida o mistério que celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
4 1 Enquanto eles falavam ao povo, vieram os sacerdotes, o chefe do templo e os saduceus,
2 contrariados porque ensinavam ao povo e anunciavam, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos.
3 Prenderam-nos e os meteram no cárcere até o outro dia, pois já era tarde.
4 Muitos, porém, dos que tinham ouvido a pregação creram; e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil.
5 No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém os chefes do povo, os anciãos, os escribas,
6 com Anás, sumo sacerdote, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem pontifical.
7 Colocando-os no meio, perguntaram: “Com que poder ou em que nome fizestes isso?”
8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: “Chefes do povo e anciãos, ouvi-me:
9 se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado,
10 ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós.
11 Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular.
12 Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos”.
Palavra do Senhor.
A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se a pedra angular.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”
Os que temem o Senhor agora o digam:
“Eterna é a sua misericórdia!”
“A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Este é o dia que o Senhor fez para nós,
alegremo-nos e nele exultemos!
Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação;
ó Senhor, dai-nos também prosperidade!”
Bendito seja, em nome do Senhor,
aquele que em seus átrios vai entrando!
Desta casa do Senhor vos bendizemos
Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 21 1 tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo:
2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galileia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: "Vou pescar". Responderam-lhe eles: "Também nós vamos contigo". Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam.
4 Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.
5 Perguntou-lhes Jesus: "Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?" "Não", responderam-lhe.
6 Disse-lhes ele: "Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis". Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.
7 Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: "É o Senhor!" Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.
8 Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).
9 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.
10 Disse-lhes Jesus: "Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes".
11 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
12 Disse-lhes Jesus: "Vinde, comei". Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: "Quem és tu?", pois bem sabiam que era o Senhor.
13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe.
14 Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus de bondade, aperfeiçoai em nós o sublime diálogo simbolizado em nossas oferendas pascais, para que passemos dos afetos terrenos aos desejos do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
Disse Jesus aos seus discípulos: Vinde, comei! E tomou o pão e lhes deu, aleluia! (Jo 21,12s)
Pai celeste, guardai no vosso constante amor aqueles que salvastes, para que, redimidos pela paixão do vosso Filho, gozemos também de sua ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Curiosidade
Entre os cristão do oriente, sejam católicos latinos ou de outros ritos, assim como os ortodoxos, a devoção a São Jorge é bem expressiva. Comparando com os cristãos do ocidente, é invocado na mesma proporção que São Miguel Arcanjo.
Padroeiro
São Jorge é considerado Padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ele é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas. O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta”.
As lendas do Santo
São inúmeras as narrações fantasiosas, que nasceram em torno da figura de São Jorge. Um dos seus episódios mais conhecidos é o do dragão e a jovem, salva pelo santo, que remonta ao período das Cruzadas. Narra-se que na cidade de Selém, Líbia, havia um grande pântano, onde vivia um terrível dragão. Para aplacá-lo, os habitantes ofereceram-lhe dois cabritos, por dia e, vez por outra, um cabrito e um jovem tirado à sorte. Certa vez, a sorte coube à filha do rei. Enquanto a princesa se dirigia ao pântano, Jorge passou por ali e matou o dragão com a sua espada. Este seu gesto tornou-se símbolo da fé que triunfa sobre o mal.
Resumo de sua vida
Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado.
Validação Histórica
No lugar da sua sepultura, em Lida, – um tempo capital da Palestina, agora cidade israelense, situada perto de Telavive, – foi construída uma Basílica, cujas ruínas ainda são visíveis. Até aqui, a Passio Georgii classificada, pelo Decreto Gelasianum, no ano 496, entre as obras hagiográficas é definida Passio lendária. Entre os documentos mais antigos, que atestam a existência de São Jorge, uma epígrafe grega, do ano 368, – descoberta em Eraclea de Betânia, – fala da “casa ou igreja dos santos e triunfantes mártires, Jorge e companheiros”. Foram muitas, ao longo dos anos, as narrações posteriores à Passio.
De mártir a Santo guerreiro
Os cruzados contribuíram muito para a transformação da figura de São Jorge de mártir em Santo guerreiro, comparando a morte do dragão com a derrota do Islamismo. Com os Normandos, seu culto arraigou-se profundamente na Inglaterra, onde, em 1348, o rei Eduardo III instituiu a “Ordem dos Cavaleiros de São Jorge”. Durante toda a Idade Média, a sua figura tornou-se objeto de uma literatura épica, que concorria com os ciclos bretão e carolíngio.
Devoção a São Jorge
Na falta de notícias sobre a sua vida, em 1969, a Igreja mudou a sua celebração: de festa litúrgica passou a ser memória facultativa, sem, porém, alterar seu culto. As relíquias de São Jorge encontram-se em diversos lugares do mundo. Em Roma, na igreja de São Jorge em Velabro é conservado seu crânio, por desejo do Papa Zacarias. Como acontece com outros santos, envolvidos por lendas, poder-se-ia concluir que também a função histórica de São Jorge é recordar ao mundo uma única ideia fundamental: que o bem, com o passar do tempo, vence sempre o mal. A luta contra o mal é uma dimensão sempre presente na história humana, mas esta batalha não se vence sozinhos: São Jorge matou o dragão porque Deus agiu por meio dele. Com Cristo, o mal jamais terá a última palavra!
Oração
Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro, invencível na fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abre meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei vosso escudo e vossas poderosas armas, defendendo-me com vossa força e grandeza. Ajudai-me a superar todo desânimo e a alcançar a graça que vos peço (fazer o seu pedido). Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé e auxiliai-me nesta necessidade. Amém.
A minha oração
“Poderoso guerreiro, defendei-nos do mal e da tentação assim como ensinai-nos a defender a nossa fé e os mais necessitados, tudo por amor a Cristo. Amém”
São Jorge, rogai por nós!
______________________________________________________________________________________________________
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 23 de abril:
Santo Adalberto (Vojtech), bispo de Praga e mártir. († 997)
Santo Eulógio, bispo em Edessa, na Síria, hoje Sanliurfa, na Turquia. († 387)
São Marolo, bispo em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália. († s. V)
São Gerardo, bispo em Toul, na Lotaríngia, atualmente na França.(† 994)
São Jorge, bispo em Suélli, na Sardenha. († 1117)
Beato Gil de Assis, religioso da Ordem dos Menores em Perúgia na Úmbria, região da Itália. († 1262)
Beata Helena Valentíni, viúva, que, decidida a viver só para Deus, teve grande actividade na Ordem secular de Santo Agostinho em Údine, na Venécia, hoje em Friuli-Venezia Giúlia, região da Itália.(† 1458)
Beata Teresa Maria da Cruz (Teresa Manétti), virgem, fundadora da Congregação das Carmelitas de Santa Teresa. Em Campi Bisênzio, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 1910)
Beata Maria Gabriela Saghéddu, virgem no mosteiro cisterciense de Grottaferrata, no território de Frascáti, próximo de Roma. († 1939)
Fontes:
vaticannews.va
Martirológio Romano
Liturgia das Horas
Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 23 de Abril - Sábado
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)
Ó Deus, que pela riqueza da vossa graça multiplicais os povos que crêem em vós, contemplai solícito aqueles que escolhestes e dai aos que renasceram pelo batismo a veste da imortalidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 4 13 vendo eles a coragem de Pedro e de João, e considerando que eram homens sem estudo e sem instrução, admiravam-se. Reconheciam-nos como companheiros de Jesus.
14 Mas vendo com eles o homem que tinha sido curado, não puderam replicar.
15 Mandaram que se retirassem da sala do conselho, e conferenciaram entre si:
16 "Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar.
17 Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos com ameaças, que no futuro falem a alguém nesse nome".
18 Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus.
19 Responderam-lhes Pedro e João: "Julgai-o vós mesmos se é justo diante de Deus obedecermos a vós mais do que a Deus.
20 Não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido".
21 Eles então, ameaçando-os de novo, soltaram-nos, não achando pretexto para os castigar por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido.
Palavra do Senhor.
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
O Senhor é minha força e o meu canto
e tornou-se para mim o salvador.
“Clamores de alegria e de vitória
ressoem pelas tendas dos fiéis.
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou,
a mão direita do Senhor fez maravilhas!”
O Senhor severamente me provou,
mas não me abandonou às mãos da morte.
Abri-me vós, abri-me as portas da justiça;
quero entrar para dar graças ao Senhor!
“Sim, esta é a porta do Senhor,
por ela só os justos entrarão!”
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes,
e vos tornastes para mim o salvador!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 9 Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios.
10 Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos.
11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar.
12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.
13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram.
14 Por fim apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado.
15 E disse-lhes: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo, aleluia! (GL 3,27)
Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Curiosidade
Entre os cristão do oriente, sejam católicos latinos ou de outros ritos, assim como os ortodoxos, a devoção a São Jorge é bem expressiva. Comparando com os cristãos do ocidente, é invocado na mesma proporção que São Miguel Arcanjo.
Padroeiro
São Jorge é considerado Padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ele é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas. O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta”.
As lendas do Santo
São inúmeras as narrações fantasiosas, que nasceram em torno da figura de São Jorge. Um dos seus episódios mais conhecidos é o do dragão e a jovem, salva pelo santo, que remonta ao período das Cruzadas. Narra-se que na cidade de Selém, Líbia, havia um grande pântano, onde vivia um terrível dragão. Para aplacá-lo, os habitantes ofereceram-lhe dois cabritos, por dia e, vez por outra, um cabrito e um jovem tirado à sorte. Certa vez, a sorte coube à filha do rei. Enquanto a princesa se dirigia ao pântano, Jorge passou por ali e matou o dragão com a sua espada. Este seu gesto tornou-se símbolo da fé que triunfa sobre o mal.
Resumo de sua vida
Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado.
Validação Histórica
No lugar da sua sepultura, em Lida, – um tempo capital da Palestina, agora cidade israelense, situada perto de Telavive, – foi construída uma Basílica, cujas ruínas ainda são visíveis. Até aqui, a Passio Georgii classificada, pelo Decreto Gelasianum, no ano 496, entre as obras hagiográficas é definida Passio lendária. Entre os documentos mais antigos, que atestam a existência de São Jorge, uma epígrafe grega, do ano 368, – descoberta em Eraclea de Betânia, – fala da “casa ou igreja dos santos e triunfantes mártires, Jorge e companheiros”. Foram muitas, ao longo dos anos, as narrações posteriores à Passio.
De mártir a Santo guerreiro
Os cruzados contribuíram muito para a transformação da figura de São Jorge de mártir em Santo guerreiro, comparando a morte do dragão com a derrota do Islamismo. Com os Normandos, seu culto arraigou-se profundamente na Inglaterra, onde, em 1348, o rei Eduardo III instituiu a “Ordem dos Cavaleiros de São Jorge”. Durante toda a Idade Média, a sua figura tornou-se objeto de uma literatura épica, que concorria com os ciclos bretão e carolíngio.
Devoção a São Jorge
Na falta de notícias sobre a sua vida, em 1969, a Igreja mudou a sua celebração: de festa litúrgica passou a ser memória facultativa, sem, porém, alterar seu culto. As relíquias de São Jorge encontram-se em diversos lugares do mundo. Em Roma, na igreja de São Jorge em Velabro é conservado seu crânio, por desejo do Papa Zacarias. Como acontece com outros santos, envolvidos por lendas, poder-se-ia concluir que também a função histórica de São Jorge é recordar ao mundo uma única ideia fundamental: que o bem, com o passar do tempo, vence sempre o mal. A luta contra o mal é uma dimensão sempre presente na história humana, mas esta batalha não se vence sozinhos: São Jorge matou o dragão porque Deus agiu por meio dele. Com Cristo, o mal jamais terá a última palavra!
Oração
Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro, invencível na fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abre meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei vosso escudo e vossas poderosas armas, defendendo-me com vossa força e grandeza. Ajudai-me a superar todo desânimo e a alcançar a graça que vos peço (fazer o seu pedido). Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé e auxiliai-me nesta necessidade. Amém.
A minha oração
“Poderoso guerreiro, defendei-nos do mal e da tentação assim como ensinai-nos a defender a nossa fé e os mais necessitados, tudo por amor a Cristo. Amém”
São Jorge, rogai por nós!
______________________________________________________________________________________________________
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 23 de abril:
Santo Adalberto (Vojtech), bispo de Praga e mártir. († 997)
Santo Eulógio, bispo em Edessa, na Síria, hoje Sanliurfa, na Turquia. († 387)
São Marolo, bispo em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália. († s. V)
São Gerardo, bispo em Toul, na Lotaríngia, atualmente na França.(† 994)
São Jorge, bispo em Suélli, na Sardenha. († 1117)
Beato Gil de Assis, religioso da Ordem dos Menores em Perúgia na Úmbria, região da Itália. († 1262)
Beata Helena Valentíni, viúva, que, decidida a viver só para Deus, teve grande actividade na Ordem secular de Santo Agostinho em Údine, na Venécia, hoje em Friuli-Venezia Giúlia, região da Itália.(† 1458)
Beata Teresa Maria da Cruz (Teresa Manétti), virgem, fundadora da Congregação das Carmelitas de Santa Teresa. Em Campi Bisênzio, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 1910)
Beata Maria Gabriela Saghéddu, virgem no mosteiro cisterciense de Grottaferrata, no território de Frascáti, próximo de Roma. († 1939)
Fontes:
vaticannews.va
Martirológio Romano
Liturgia das Horas
Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 23 de Abril - Sábado
OITAVA DA PÁSCOA (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio)
O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)
Ó Deus, que pela riqueza da vossa graça multiplicais os povos que crêem em vós, contemplai solícito aqueles que escolhestes e dai aos que renasceram pelo batismo a veste da imortalidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 4 13 vendo eles a coragem de Pedro e de João, e considerando que eram homens sem estudo e sem instrução, admiravam-se. Reconheciam-nos como companheiros de Jesus.
14 Mas vendo com eles o homem que tinha sido curado, não puderam replicar.
15 Mandaram que se retirassem da sala do conselho, e conferenciaram entre si:
16 "Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar.
17 Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos com ameaças, que no futuro falem a alguém nesse nome".
18 Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus.
19 Responderam-lhes Pedro e João: "Julgai-o vós mesmos se é justo diante de Deus obedecermos a vós mais do que a Deus.
20 Não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido".
21 Eles então, ameaçando-os de novo, soltaram-nos, não achando pretexto para os castigar por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido.
Palavra do Senhor.
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
“Eterna é a sua misericórdia!”
O Senhor é minha força e o meu canto
e tornou-se para mim o salvador.
“Clamores de alegria e de vitória
ressoem pelas tendas dos fiéis.
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou,
a mão direita do Senhor fez maravilhas!”
O Senhor severamente me provou,
mas não me abandonou às mãos da morte.
Abri-me vós, abri-me as portas da justiça;
quero entrar para dar graças ao Senhor!
“Sim, esta é a porta do Senhor,
por ela só os justos entrarão!”
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes,
e vos tornastes para mim o salvador!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 9 Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios.
10 Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos.
11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar.
12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.
13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram.
14 Por fim apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado.
15 E disse-lhes: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo, aleluia! (GL 3,27)
Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 24 de Abril - Domingo
II DOMINGO DA PÁSCOA (Branco, Glória, Creio, Prefácio da Páscoa I Ofício Próprio, 2ª Semana do Saltério)
Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2)
Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
5 12 Enquanto isso, realizavam-se entre o povo pelas mãos dos apóstolos muitos milagres e prodígios. Reuniam-se eles todos unânimes no pórtico de Salomão.
13 Dos outros ninguém ousava juntar-se a eles, mas o povo lhes tributava grandes louvores.
14 Cada vez mais aumentava a multidão dos homens e mulheres que acreditavam no Senhor.
15 De maneira que traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles.
16 Também das cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente, trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos imundos, e todos eles eram curados.
Palavra do Senhor.
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom;
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Aarão agora o diga:
“Eterna é a sua misericórdia!”
Os que temem o Senhor agora o digam:
“Eterna é a sua misericórdia!”
Empurraram-me, tentando derrubar,
mas veio o Senhor em meu socorro.
O Senhor é minha força e o meu canto
e tornou-se para mim o salvador.
“Clamores de alegria e de vitória
Ressoem pelas tendas dos fiéis”.
“A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular”.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Este é o dia que o Senhor fez para nós,
alegremo-nos e nele exultemos!
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
1 9 Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e na paciência em união com Jesus, estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10 Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta,
11 que dizia: “O que vês, escreve-o num livro e manda-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia”.
12 Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro
13 e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro.
17 Ao vê-lo, caí como morto aos seus pés. Ele, porém, pôs sobre mim sua mão direita e disse: “Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive.
18 Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves da morte e da região dos mortos.
19 Escreve, pois, o que viste, tanto as coisas atuais como as futuras”.
Palavra do Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que creram sem ter visto! (Jo 20,29).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco"!
20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.
21 Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós".
22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo.
23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Os outros discípulos disseram-lhe: "Vimos o Senhor". Mas ele replicou-lhes: "Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei"!
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco"!
27 Depois disse a Tomé: "Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé".
28 Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"
29 Disse-lhe Jesus: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!"
30 Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro.
31 Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo (e dos que renasceram nesta Páscoa), para que, renovados pela profissão de fé e pelo batismo, consigamos a eterna felicidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Estende a tua mão, toca o lugar dos cravos e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia! (Jo 20,27)
Concedei, ó Deus onipotente, que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Origem e realidade familiar
Marcos era de família judaica, também conhecido no livro dos Atos do Apóstolos com o nome de João Marcos (cf. At 12, 12). Era filho de Maria, que, segundo a tradição, seria uma viúva de boas condições financeiras naquela época. Sua mãe, possivelmente, foi quem colaborou com os primeiros cristãos, abrigando-os em sua casa no início do cristianismo.
Interessante
Alguns biblistas cogitam a possibilidade de ter sido a casa da família de Marcos usada por Jesus e pelos Apóstolos durante a última ceia.
Vida
Mesmo Marcos não sendo um dos doze Apóstolos, é provável que ele tenha conhecido Jesus. Muitos estudiosos da área bíblica acreditam que Marcos foi o rapaz que largou o lençol, única roupa em que estava coberto, fugindo nu no momento em que Jesus era preso no Getsêmani (Mc 14, 51-52).
Primeiras famílias cristãs
O que se sabe com precisão é que São Marcos era primo de Barnabé, figura importante na difusão do cristianismo. Marcos foi grande companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária, além de permanecer ao seu lado hora de sua morte.
Discípulo de Pedro
Marcos foi fiel discípulo de São Pedro, em Roma. Pedro demonstrou tal afeição por Marcos que o chamou carinhosamente de “meu filho” (cf. 1Pd 5, 13). Foi sob a inspiração do Espírito Santo que Marcos escreveu em seu evangelho os ensinamentos do grande Apóstolo Pedro, tornando-se assim o seu intérprete, registrando as pregações do grande Apóstolo.
Os registros do primeiro evangelho
A principal missão do evangelista Marcos foi descrever e transmitir as principais pregações de Pedro sobre Jesus. São Marcos tornou-se um grande modelo, pois seguiu com fidelidade a ordem de ir pelo mundo inteiro pregando o evangelho a toda criatura. Seu evangelho é o menor entre os quatro evangelistas, porém é considerado o primeiro a ser escrito, servido de base para os evangelistas Mateus e Lucas. Seu conteúdo é um urgente convite para conhecermos com profundidade quem é Jesus.
Sua morte
Após os martírios de São Pedro e São Paulo, Marcos dirigiu-se para Alexandria, sendo reconhecido como evangelizador e primeiro Bispo desta parcela da Igreja. Marcos morreu entre os anos 68 e 72, acredita-se que foi martirizado em Alexandria, no Egito. No ano de 825, suas relíquias foram transportadas para a cidade de Veneza, onde até hoje é venerado como Padroeiro.
A minha oração
“Que ao exemplo de São Marcos, sejamos fiéis, amigos e companheiros uns dos outros no serviço da evangelização, levando com coragem a Palavra de Deus ao mundo inteiro, despertando nos corações o desejo de conhecer quem é Jesus Cristo.”
São Marcos evangelista, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 25 de abril:
- Beatos mártires André Solá y Molist, presbítero Claretiano, José Trindade Rangel Montano, presbítero, e Leonardo Pérez Lários, no México. († 1927)
- Santo Aniano, bispo de Alexandria, no Egito, foi o primeiro bispo desta cidade depois de São Marcos e a dirigiu durante vinte e dois anos. († c. 67)
- Santos Pasícrates e Valenciano, mártires, que, pela confissão da fé em Cristo como único Deus, submeteram corajosamente a cabeça à espada, na Bulgária. († c. 302)
- São Febádio, bispo, que escreveu um livro contra os arianos e protegeu o seu povo da heresia, na França. († c. 393)
- Santo Estêvão, bispo e mártir, que sofreu muitos ataques dos hereges que se opunham ao Concílio de Calcedónia e, no tempo do imperador Zenão, foi precipitado no rio Orontes, onde morreu afogado, na Turquia. († 479)
- São Clarêncio, bispo, na França. († s. VII)
- Santo Ermino, abade e bispo, intensamente aplicado à oração e dotado do espírito de profecia, que sucedeu a Santo Usmaro, na atual Bélgica. († 737)
- Santa Franca, abadessa, que decidiu entrar na Ordem Cisterciense e passava frequentemente toda a noite em oração na presença de Deus, na Itália. († 1218)
- Beato Bonifácio Valperga, bispo, insigne pela sua caridade e humildade, na Itália. († 1243)
- Beatos Roberto Anderton e Guilherme Marsden, presbíteros e mártires, que foram condenados à morte por terem entrado, embora por naufrágio, como sacerdotes na Inglaterra e aceitaram com firmeza e paz de alma o martírio, na Inglaterra. († 1586)
- São Pedro de São José Betancur, irmão da Ordem Terceira de São Francisco, que, sob o patrocínio de Nossa Senhora de Belém, se dedicou arduamente a socorrer os órfãos, os mendigos, os jovens incultos e rejeitados, os emigrantes e os condenados a trabalhos forçados, na América Central. († 1667)
- São João Piamarta, presbítero, que, enfrentando graves adversidades, fundou em Bréscia (Itália) o Instituto dos Pequenos Artesãos e, nas proximidades de uma colónia agrícola, para que os jovens recebessem uma educação religiosa e a aprendizagem de um ofício, fundou também a Congregação da Sagrada Família de Nazaré. († 1913)
Fontes:
- Liturgia das horas – Volume II
- Missal Cotidiano da Assembleia Cristã – Paulus Editora
- Livro “Falar com Deus” – Volume VI. Autor: Francisco Fernández-Carvajal – Editora Quadrante Editora.
- Bíblia TEB
- Bíblia CNBB
- vaticannews.va
– Pesquisa: Diácono Bruno Antonio – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 25 de Abril - Segunda-feira
SÃO MARCOS EVANGELISTA (Vermelho, Glória, Prefácio dos Apóstolos II Ofício da Festa)
Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas, aleluia! (Mc 16,15)
Ó Deus, que concedestes a são Marcos, vosso evangelista, a glória de proclamar a boa nova, dai-nos assimilar de tal modo seus ensinamentos, que sigamos fielmente os caminhos de Cristo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura da primeira carta de são Pedro.
5 4 E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória.
5 Semelhantemente, vós outros que sois mais jovens, sede submissos aos anciãos. Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes.
6 Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.
7 Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.
8 Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar.
9 Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.
10 O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará.
11 A ele o poder na eternidade! Amém.
12 Por meio de Silvano, que estimo como a um irmão fiel, vos escrevi essas poucas palavras. Minha intenção é de admoestar-vos e assegurar-vos que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.
13 A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho.
14 Saudai-vos uns aos outros com o ósculo afetuoso. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo.
Palavra do Senhor.
Ó Senhor, eu cantarei, eternamente, o vosso amor.
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”
E a vossa lealdade é tão firma como os céus.
Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas,
e o vosso amor fiel, a assembleia dos eleitos,
pois quem pode, lá nas nuvens, ao Senhor se comparar
e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante?
Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria;
seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face!
Exultará de alegria em vosso nome dia a dia
e, com grande entusiasmo, exaltará vossa justiça.
Aleluia, aleluia, aleluia.
É Cristo que anunciamos, Jesus Cristo, o crucificado, poder e sabedoria de Deus (1Cor 1,23s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 16 15 disse Jesus aos seus onze discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas,
18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados”.
19 Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus.
20 Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Nós vos oferecemos, ó Deus, este sacrifício de louvor ao celebrarmos a glória de são Marcos, pedindo que sempre floresça em vossa Igreja a pregação do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, diz o Senhor, aleluia! (Mt 28,20)
Ó Deus todo-poderoso, o vosso dom que recebemos no altar nos santifique e nos faça crer mais firmemente no Evangelho anunciado por são Marcos. Por Cristo, nosso Senhor.
O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança. Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho. Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado. Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas. Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos. Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram. Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 26 de Abril - Terça-feira
II SEMANA DA PÁSCOA * (Branco Ofício do dia)
Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Fazei-nos, ó Deus todo-poderoso, proclamar o poder de Cristo ressuscitado, e, tendo recebido as primícias dos seus dons, consigamos possuí-los em plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum.
33 Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça.
34 Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas,
35 e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.
36 Assim José (a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé que quer dizer Filho da Consolação), levita natural de Chipre, possuía um campo.
37 Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos.
Palavra do Senhor.
Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.
Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor!
Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis!
Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa
pelos séculos dos séculos, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, para que quem crer possua a vida eterna (Jo 3,14s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
7 Disse Jesus a Nicodemos: Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.
9 Replicou Nicodemos: Como se pode fazer isso?
10 Disse Jesus: És doutor em Israel e ignoras estas coisas!...
11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Berço
Nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, perto da cidade de Lucca (Itália). Era de uma família pobre, numerosa e camponesa, mas recebeu a riqueza da vida em Deus em seus ensinamentos.
Serva desde a infância
Aos 12 anos, Zita foi trabalhar em uma casa de família para não se tornar um peso, visto que era de uma família pobre e numerosa. Ela não teria um salário, mas, em troca de seu trabalho, receberia comida, roupas e o necessário para seu sustento. Ela foi servir a uma família que não costumava tratar bem os seus criados. Sofreu muito, mas aguentou tudo seguindo uma vida de oração e humildade, rezando e praticando a caridade. O Papa Pio XII a proclamou padroeira das empregadas domésticas.
Intensa na caridade cristã
Costumava dividir tudo o que recebia e tinha (dinheiro, comida e roupa) com o próximo. Era uma criada de um coração tão bom que, aos poucos, foi conquistando a confiança e admiração dos seus patrões. Em contrapartida, os funcionários que conviviam com ela tinham inveja e ainda zombavam muito de suas atitudes, a ponto de acusa-la.
Chuva de rosas e manto do anjo
Certa vez, foi surpreendida pela patroa, após ser acusada de estar tirando os alimentos da despensa e dando aos pobres. Na ocasião, a patroa perguntou o que ela estava escondendo no avental, e ela respondeu que eram flores. E, ao levantar o avental, uma chuva de flores caiu e cobriu seus pés.
Em outra situação, na véspera de Natal, ela encontrou um homem na rua com frio, na entrada da Igreja de São Frediano. Para aquecê-lo, pegou um manto caro emprestado do seu patrão. No dia seguinte, foi recriminada por tal ato, mas, nesse mesmo dia, um idoso desconhecido chegou no povoado e devolveu o manto. Todos os cidadãos acharam que essa atitude foi tomada por um anjo. A partir daí, a porta da famosa igreja ficou conhecida como “Porta do Anjo”.
Vida de doação
A sua vida sempre foi marcada por sua obra de dedicação total aos pobres, doentes e necessitados. Até hoje, a santa intercede em favor do próximo. O local de seu túmulo se tornou um local de graças e de muitos milagres comprovados.
Espiritualidade
Ela se dedicou com toda sua força ao trabalho e se mantinha firme na vida de oração, participando das missas pela manhã na comunidade e se consagrando a Deus. Ela sempre buscava questionar a Deus se a sua atitude estava correta ou não.
Morte e canonização
Santa Zita faleceu no dia 27 de abril de 1278 e, rapidamente, a sua fama de santidade se espalhou por toda a Itália, chegando até a Inglaterra. Seus restos mortais repousam na capela de Santa Zita da Igreja de São Frediano, em Lucca (Itália). Em 1652, foi feita exumação do corpo e constatado que repousa intacto. Esse acontecimento serviu para confirmar sua canonização em 1696, pelo Papa Inocêncio XII.
Oração a Santa Zita
“Ó Santa Zita, que, no humilde trabalho doméstico, soube ser solícita como foi Marta, quando servia Jesus, ajudai-me a suportar com ânimo e paciência todos os sacrifícios que me impõe os meus trabalhos domésticos. Peço ainda, que os suporte com amor, zelo e fidelidade a família que sirvo.”
A minha oração
“Ó Deus, recebei o meu trabalho, o meu cansaço e as minhas tribulações e, pela intercessão de Santa Zita, dai-me forças para cumprir sempre meus deveres, Santa Zita, ajudai-me. Amém.”
Santa Zita, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 27 de abril:
- São Simeão, bispo e mártir, ordenado bispo de Jerusalém como sucessor de Tiago, em Jerusalém. († 107)
- São Polião, leitor e mártir, que, preso na perseguição, foi lançado às chamas e queimado fora dos muros da cidade, na Croácia. († c. 303)
- São Teodoro, abade, que foi discípulo de São Pacômio e pai da «Congregação» de mosteiros nesta região, no Egito. († s. IV)
- São Liberal, eremita, na Itália. († c. 400)
- São Magão ou Magaldo, bispo, aureolado com a fama de grande santidade. († s. VI)
- São João, hegúmeno, que, no tempo do imperador Leão o Arménio, combateu tenazmente a favor do culto das sagradas imagens, na Turquia. († s. IX)
- São Pedro Ermengol, da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, na Espanha. († 1304)
- Beato Tiago de Ládere Varinger, religioso da Ordem dos Menores, na Itália. († c. 1485)
- Beata Catarina, virgem, que, batizada na Igreja Ortodoxa, ingressou na Ordem da Penitência de São Domingos, tomando o nome de Hossana, e viveu em clausura cinquenta e um anos, dedicada à contemplação divina e à piedosa súplica pelo povo cristão durante a invasão dos Turcos. (1565)
- Beato Nicolau Roland, presbítero, que, solícito pela formação cristã das crianças, construiu escolas para as meninas pobres, e fundou a Congregação das Irmãs do Menino Jesus, na França. (1678)
- São Lourenço Nguyen Van Huong, presbítero e mártir, que foi preso numa noite em que visitava um moribundo e, porque recusou calcar a cruz, foi flagelado e depois degolado no tempo do imperador Tu Duc, no Vietnam. (1856)
- Beata Maria Antónia Bandrés y Elósegui, virgem da Congregação das Filhas de Jesus, que seguiu com paciente serenidade, mesmo na desolação, a sua vida consagrada a Deus, que em breve tempo foi consumada, na Espanha. († 1919)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- cleofas.com.br
- Site da Arquidiocese de São Paulo – arquisp.org.br
- Convento da Penha – conventodapenha.org.br
- Aleteia – pt.aleteia.org
- ACI digital
– Pesquisa: Larissa Cunha – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 27 de Abril - Quarta-feira
II SEMANA DA PÁSCOA (Branco Ofício do dia)
Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl 17, 50; 21,23)
Imploramos, Ó Deus, a vossa clemência, ao recordar cada ano o mistério pascal que renova a dignidade humana e nos traz a esperança da ressurreição; concedei-nos acolher sempre com amor o que celebramos com fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido – isto é, o partido dos saduceus – cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o sinédrio e o conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram, dizendo: 23“Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”. 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!” 26Então o chefe da guarda do templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.
Palavra do Senhor.
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
Seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
Que ouçam os humildes e se alegrem!
Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
Exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu
E de todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e alegrai-vos,
E vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda angústia.
O anjo do Senhor vem acampar
Ao redor dos que o temem e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Deus o mundo tanto amou, / que lhe deu seu próprio Filho, / para que todo o que nele crer / encontre vida eterna (Jo 3,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da salvação.
Sobre as Oferendas
Ó Deus, que pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade, lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo nosso Senhor.
Diz o Senhor: fui eu que vos escolhi do mundo e enviei para produzirdes fruto, e o vosso fruto permaneça, aleluia! (Jo 15,16.19).
Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Dia 28 de Abril - Quinta-feira
II SEMANA DA PÁSCOA - MEMÓRIA FACULTATIVA SÃO PEDRO CHANEL
Antífona da entrada: Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia! (Sl 67,8s.20)
Ó Deus, que, para expandir a vossa Igreja, coroastes são Pedro Chanel com o martírio, concedei-nos, neste tempo de alegria pascal, celebrar de tal modo a morte e ressurreição de Cristo, que nos tornemos testemunhas de uma nova vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
27 Trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
28 Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem!
29 Pedro e os apóstolos replicaram: Importa obedecer antes a Deus do que aos homens.
30 O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes, suspendendo-o num madeiro.
31 Deus elevou-o pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
32 Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que lhe obedecem.
33 Ao ouvirem essas palavras, enfureceram-se e resolveram matá-los.
Palavra do Senhor.
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Ma ele volta a sua face contra os maus
para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditastes, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
31 Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos.
32 Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.
33 Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro.
34 Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas.
35 O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas.
36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Atendei, ó Deus, as nossas preces e livrai-nos de toda a culpa, para que vossa graça nos purifique pelos mistérios que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, aleluia! (Mt 28,20)
Que os sacramentos que recebemos, Senhor nosso Deus, alimentem em nós a mesma fé transmitida pela pregação dos apóstolos e conservada pela solicitude de são Pedro Chanel. Por Cristo, nosso Senhor.
Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote. Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio. Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido. Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841. Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso. A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor. E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Padroeira
Santa Catarina de Sena é padroeira da Itália e da Europa.
Origens
Catarina nasceu em Siena, Itália, em 25 de março de 1347. Ela foi a 24ª filha de um tintureiro chamado Giacomo de Benincasa. Desde pequena, dedicou a sua infância a Deus. Fez parte da Ordem Terceira de São Domingos.
Chamado de Deus
Aos 7 anos, consagrou a Deus a sua virgindade, juntamente a presença espiritual da Virgem Maria. Nessa época, ela já relatava visões nos seus momentos de oração.
Por volta dos 15 anos, por meio de um sonho, São Domingos apareceu-lhe, resultando na sua entrada para a Ordem Terceira Dominicana. A partir disso, ela intensificou as suas orações, além da prática de jejuns e mortificações corporais constantes.
Atuando nos caminhos da Igreja
Por ser de uma família simples, Catarina aprendeu a ler e escrever já adulta, ainda assim com dificuldades. Não obstante, seus ensinamentos são encontrados na obra “O diálogo”, no qual é tratado a busca de Deus e do conhecimento da Verdade.
Ademais, escreveu mais de 380 cartas destinadas aos anônimos, reis e papas, evangelizando por todo o território romano. Naquele momento, havia o cisma católico e, com isso, a Igreja era influenciada pela política francesa. Graças a essas cartas, ela conseguiu que o verdadeiro Papa, Urbano VI, assumisse o governo da Igreja e regressasse à Roma.
Amparo na Peste Negra
Nesse período, a Peste Negra assolou a Europa, fazendo um terço da população desse continente como vítimas. Diante dessa situação, Catarina saiu de sua clausura e se dedicou a cuidar dos doentes, também por meio de orações. Seu exemplo gerou a conversão de várias pessoas.
Passagem para a vida eterna
Ao final de sua vida, ela teve a graça de receber os estigmas de Cristo, ela uniu-se inteiramente a Ele. Seus últimos dias contaram com diversas provações. Instantes antes de sua morte falou: “Partindo do corpo eu, na verdade, consumi e entreguei a minha vida na Igreja e pela Igreja, que é para mim uma graça extremamente singular”. Catarina morreu em 29 de abril de 1380.
Oração oficial
“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que, por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade, fostes aclamada e abençoada por todos, volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede, com todo o ardor da afeição e suplica a ti, que obtenha pelas tuas preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).
Com a tua imensa caridade, recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós, que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.
Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade; e o seu nome será novamente exaltado e abençoado; e consiga para nós a graça suplicada, com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus, e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.”
A minha oração
“Santa Catarina de Sena, vós que fostes instrumento de Deus para a Igreja e o povo, sendo admirada e um exemplo de vida dedicada a Deus, dai-nos a graça de nos mantermos perseverantes na fé transmitida pela Igreja e a buscar uma maior intimidade diária com nosso Amado; a fim de que um dia possamos contemplar a face Divina. Amém.”
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 29 de abril:
- Santo António Kim Song-u, mártir, que costumava reunir em sua casa muitos fiéis e, degolado no cárcere, morreu por Cristo, na Coreia. († 1841)
- São Tíquico, discípulo do apóstolo São Paulo, a quem o Apóstolo nas epístolas chama irmão caríssimo, ministro fiel e seu companheiro no serviço do Senhor.
- São Torpes, mártir, na Toscana, região da Itália. († data inc.)
- São Severo, bispo, amado por Santo Ambrósio como irmão e pela sua Igreja como pai, na Campânia, região da Itália. († c. 409)
- Santo Hugo, abade, que durante sessenta e um anos governou santamente o mosteiro deste lugar, sempre dedicado à esmola e à oração, guardião e protector eminente da disciplina monástica, administrador e promotor zeloso da santa Igreja, na atual França. († 1109)
- Santo Acardo, bispo de Avranches, que escreveu vários tratados sobre a vida espiritual, destinados a conduzir a alma cristã ao mais alto grau de perfeição, na França. († 1172)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- ecclesiae.com.br
- padrepauloricardo.org
- arqbrasilia.com.br
- pt.aleteia.org
– Pesquisa: Dilce Rafaela Rocha da Silva – filha de membros da Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 29 de Abril - Sexta-feira
SANTA CATARINA DE SENA Virgem e Doutora (Branco, Prefácio Pascal ou das Virgens Ofício da Memória)
Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!
Ó Deus, que infamastes de amor santa Catarina de Sena na contemplação da paixão do Senhor e no serviço da igreja, concedei-nos, por sua intercessão, participar do mistério de Cristo e exultar em sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
34 Levantou-se, porém, um membro do Grande Conselho. Era Gamaliel, um fariseu, doutor da lei, respeitado por todo o povo.
35 Mandou que se retirassem aqueles homens por um momento, e então lhes disse: Homens de Israel, considerai bem o que ides fazer com estes homens.
36 Faz algum tempo apareceu um certo Teudas, que se considerava um grande homem. A ele se associaram cerca de quatrocentos homens: foi morto e todos os seus partidários foram dispersados e reduzidos a nada.
37 Depois deste, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo consigo, mas também ele pereceu e todos quantos o seguiam foram dispersados.
38 Agora, pois, eu vos aconselho: não vos metais com estes homens. Deixai-os! Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá;
39 mas se provier de Deus, não podereis desfazê-la. Vós vos arriscaríeis a entrar em luta contra o próprio Deus. Aceitaram o seu conselho.
40 Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram.
41 Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus.
42 E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas.
Palavra do Senhor.
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa:
habitar no santuário do Senhor.
O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor
e contemplá-lo no seu templo.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
espera no Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia.
O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da toda de Deus (Mt 4,4)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galiléia (que é o de Tiberíades.)
2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em beneficio dos enfermos.
3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos.
4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.
5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?
6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer.
7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço.
8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente?
10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil.
11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam.
12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.
14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.
15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Recebei, ó Pai, o sacrifício da salvação que vos apresentamos na festa de santa Catarina, para que, instruídos por seus ensinamentos, possamos render-vos graças com maior fervor, ó Deus vivo e verdadeiro. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Deus é luz. Se andamos na luz, estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado, aleluia! (1Jo 1,7)
Ó Deus, que a participação na vossa mesa, onde santa Catarina encontrava alimento até mesmo para a vida do corpo, conceda ao vosso povo a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Catarina de Sena nasceu em 1347 na Itália e lá faleceu em 1380. Aos 16 anos, foi admitida na Ordem Terceira Dominicana, conciliando a vida contemplativa com intensa atividade junto aos doentes e encarcerados. Exerceu importante papel diplomático a favor da unidade da Igreja. Ditou inúmeras cartas, repletas de sabedoria espiritual. A seu exemplo, apliquemos nossas energias a serviço do Reino de Deus.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
Carreira e má fama
Miguel Ghisleri, eleito Papa, em 1566, com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos, ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, Papa. O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade, Pio V foi Papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do Papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.
Contexto de Guerra
Em um período de guerras e instabilidades, houve a batalha de Lepanto. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto com trezentos navios que aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas. Essa vitória teve importância central no cristianismo, já que corria o risco de a Europa tornar-se muçulmana após o ataque e tomada das terras. O Papa Pio V convocou o povo a pedir a intercessão de Nossa Senhora rezando o terço pelo combate. Com a notícia da conquista naval, o Papa mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna em comemoração dos méritos da guerra. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro.
Importância doutrinária
A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à figura de Pio V, no civil Antônio Michele Ghislieri. Resolvido e inflexível, a sua figura é recordada, de modo particular, pela Contra Reforma, por ter combatido a heresia, e pela Liga Santa, a coalizão militar, que constituiu com os Estados europeus, para deter o avanço dos turcos na Europa. No entanto, foram importantes e numerosas também as suas decisões em matéria teológica e litúrgica. Publicou novos textos do Breviário (1568), do Missal (1570) e do Catecismo Romano. Como pessoa inflexível, tomou uma série de medidas, entre as quais a bula In Coena Domini, com a qual tomava providências sobre a custódia da fé e a luta contra as heresias. Reduziu os gastos da corte papal, impôs a obrigação de residência aos Bispos e confirmou a importância do cerimonial; opôs-se a todo tipo de nepotismo e procurou melhorar, de todas as formas, os usos e costumes da população.
Pio V e as monarquias europeias
São Pio V deu prova de grandes capacidades, também em relação às monarquias europeias. Conseguiu fazer prevalecer as decisões do Concílio de Trento, na Itália, Alemanha, Polônia e Portugal. Entre os monarcas católicos, somente o rei da França se opôs juntamente com a excomunhão da rainha Inglesa Isabel I, pois era anglicana e procurou fortalecer a posição católica perante o protestantismo.
Atenção aos pobres
Durante o seu Pontificado, Pio V dedicou-se à assistência dos pobres e necessitados, criando estruturas assistenciais como o “Monte de Piedade” e os hospitais de São Pedro e de Santo Espírito. Durante a escassez de 1566, suprimiu todo e qualquer gasto supérfluo, distribuiu alimentos e promoveu serviços sanitários.
Morte e Canonização
Debilitado por uma longa enfermidade, Pio V faleceu no dia 1° de maio de 1572. Seus restos mortais descansam, ainda hoje, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cem anos após a sua morte, São Pio V foi beatificado pelo Papa Clemente X, no dia 27 de abril de 1672, e canonizado em 22 de maio de 1712.
A minha oração
“Ao nosso papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade. Amém”
São Pio V, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 30 de abril:
- Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santa Sofia, virgem e mártir. († data inc.)
- Em Roma, no cemitério de Pretextato, junto à Via Ápia, São Quirino, mártir. († c. s. III)
- Em Saintes, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eutrópio, primeiro bispo desta cidade. († s. III)
- Em Afrodísia, na Cária, na hodierna Turquia, os santos Diodoro e Rodopiano, mártires. († s. IV)
- Em Euria, no Epiro, hoje Paramythia, na Grécia, São Donato, bispo. († s. IV)
- Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Lourenço, presbítero e mártir. († s. IV)
- Em Forli, na Emília-Romanha, também região da Itália, São Mercurial, bispo. († s. IV)
- Em Nápoles, na Campânia, igualmente região da Itália, São Pompónio, bispo. († s. VI)
- Em Roma, o Beato Pedro Levita, diácono e monge. († 605)
- Em Viviers-sur-Rhône, na Nêustria, na hodierna França, Santo Augulo, bispo. († s. VII)
- Em Barking, na Inglaterra, o passamento de Santo Erconvaldo, bispo, que fundou dois mosteiros. († 693)
- Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Amador, presbítero, Pedro, monge, e Luís. († 855)
- Em Verona, no Véneto, região da Itália, São Gualfardo, monge. († 1127)
- Em Vernon-sur-Seine, na França, Santo Adjutor. († c. 1131)
- Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Guilherme Southerne, presbítero e mártir. († 1618)
- Em Fossombrone, nas Marcas, região da Itália, o Beato Bento de Urbino, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1625)
- No Québec, província do Canadá, Santa Maria da Encarnação (Maria Guyart Martin), mãe de família, que, depois da morte do esposo, confiou o filho ainda pequeno aos cuidados da sua irmã e, professando a vida religiosa entre as Irmãs Ursulinas, fundou a casa destas Religiosas no Canadá e realizou obras admiráveis.
- († 1672)
- Em Chiéri, perto de Aosta, no Piemonte, região da Itália, São José Bento Cottolengo, presbítero. († 1842)
- Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Tuan, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1861)
- Em Paderborn, na Alemanha, a Beata Paulina von Mallinckrodt, virgem, fundadora das Irmãs da Caridade Cristã. († 1881)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]
- Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
Por: CN
Dia 30 de Abril - Sábado
II SEMANA DA PÁSCOA - MEMÓRIA FACULTATIVA SÃO PIO V (Branco Ofício da Memória)
Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas á sua luz admirável, aleluia! (1Pd 2,9).
Ó Deus, que suscitastes na Igreja o papa são Pio V para defender a fé e restaurar a liturgia, concedei-nos, por sua intercessão, participar dos vossos mistérios com fé ardente e fecunda caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
1 Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária.
2 Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar.
3 Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício.
4 Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra.
5 Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6 Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos.
7 Divulgou-se sempre mais a palavra de Deus. Multiplicava-se consideravelmente o número dos discípulos em Jerusalém. Também grande número de sacerdotes aderia à fé.
Palavra do Senhor.
Sobre nós, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!
Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Aos retos fica bem glorifica-lo.
Daí graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o!
Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.
O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vida
e alimenta-los quando é tempo de penúria.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ressurgiu Cristo, o Senhor, que criou tudo; ele teve compaixão da humanidade.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 Chegada a tarde, os discípulos de Jesus desceram à margem do lago.
17 Subindo a uma barca, atravessaram o lago rumo a Cafarnaum. Era já escuro, e Jesus ainda não se tinha reunido a eles.
18 O mar, entretanto, se agitava, porque soprava um vento rijo.
19 Tendo eles remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus que se aproximava da barca, andando sobre as águas, e ficaram atemorizados.
20 Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais.
21 Quiseram recebê-lo na barca, mas pouco depois a barca chegou ao seu destino.
Palavra da Salvação.
Sobre as Oferendas
Nós vos oferecemos, ó Dês, este sacrifício de louvor ao comemorarmos os vossos santos; e confiamos que, por sua intercessão, nos liberteis dos males presentes e futuros. Por Cristo, nosso Senhor.
Senhor nosso Deus, o sacramento que acabamos de receber alimente em nós aquela caridade ardente que inflamava são Pio V na dedicação constante à vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Antonio Miguel Ghislieri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria, e, aos quatorze anos, já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V. A melhor definição para o seu governo é a palavra incômodo, aliás, como é o governo de todos os grandes reformadores dos costumes. Assim que assumiu, foi procurado, em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando, ainda, que um parente do papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Dessa maneira, acabou com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Implantou, ainda, outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem material doutrinário não aprovado pela Igreja. Depois de conseguir a união dos países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos muçulmanos invasores, e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da Inglaterra, Elisabeth I, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu no dia primeiro de maio de 1572, sendo canonizado em 1712. Sua memória, antes venerada em 5 de maio, a partir da reforma do calendário litúrgico, passou a ser festejada nesta data, 30 de abril.
Reflexão por: Pe. João Manoel Lopes
Reflexão sobre o Evangelho do dia com Dom Cesar Teixeira, bispo diocesano de São José dos Campos, e padres da diocese.
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